Diversas Maneiras De Conhecer
Monografias: Diversas Maneiras De Conhecer. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: suenealcantara18 • 27/11/2014 • 1.740 Palavras (7 Páginas) • 426 Visualizações
INTRODUÇÃO
Ter conhecimento é uma regalia que concerne apenas à raça humana, o homem quando nasce conhecimento, mas nasce com a capacidade de adquiri-lo; capacidade essa que logo nos primeiros anos de vida é desenvolvida no ambiente familiar quando a criança é estimulada a entender o mundo à sua volta.
Segundo Ruiz (1996) entre todos os animais, os seres humanos são os únicos capazes de criar e transformar o conhecimento, os únicos capazes de aprender o que aprender por diversos meios numa situação de mudança do conhecimento. Ou seja, ao buscar entender as diversas coisas ao seu redor, as pessoas formaram um extenso quadro de informações, modos de conhecer e desenvolver algo que lhe cerca.
O presente artigo trata essencialmente dessa questão histórica: a epistemologia, da história por trás das formas de conhecer humanas e suas aplicações especialmente no âmbito científico, em particular, na química. Partindo dos pensamentos de filósofos e cientistas que contribuíram para o conhecimento humano, tais qual Galileu Galilei, René Descartes, Immanuel Kant, August Comte e Roger Bacon são indispensáveis.
Ao tentar explicar a formação do conhecimento humano, pode-se perceber o surgimento de diferentes pontos de vista para fundamentar a compreensão desse fenômeno que se opera na relação entre o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido. A questão tem sido alvo de discussão nos meios filosóficos os quais teceremos algumas considerações.
O ato de conhecer é a relação que se estabelece entre a consciência de quem conhece o objeto a ser conhecido (ARANHA; MARTINS, 2009).
As diversas maneiras de conhecer
O conhecimento passa a existir quando o indivíduo traduz, pela linguagem e pelo pensamento, a experiência vivenciada. Pode ser motivado pela necessidade de saber algo ou de identificar o processo, o histórico, as características e o funcionamento do fenômeno em questão (LAVILLE; DIONE, 1999). Conhecer é uma necessidade que se estabelece a partir do momento que o ser humano busca desvendar o mundo, as relações e os fatos.
De acordo com Charlot (2000) o saber são aquelas informações e aqueles conhecimentos que ele, o humano, mobiliza para relacionar-se com o mundo, interagir com os semelhantes, com a sociedade, com o universo e com a vida.
Ao procurar por uma representação da realidade a relação sujeito-objeto torna-se o fundamento para o alcance do verdadeiro conhecimento. Nessa perspectiva, sujeito é o indivíduo que se propõe a pesquisar e objeto é tudo que pode ser conhecido, estudado. São muitas as variáveis por trás da relação do sujeito-objeto no processo de construção do conhecimento, isso por que para conhecer o sujeito apropria-se de referenciais presentes no seu cotidiano (SOUZA, 1995). A partir desses referenciais pode-se perceber as diferentes visões de mundo do indivíduo, visões que influenciarão o processo de criação de um pensamento que formulará um determinado conhecimento.
Pelas diferenças nesses referenciais usados pelo sujeito para a construção do conhecimento faz-se necessário uma divisão entre os tipos de conhecer, o que será abordado adiante.
Mito, do grego mythos, significa, etimologicamente, “fábula”. É uma narrativa na qual a palavra é usada para transmitir coletivamente e tradição oral, preservando a memória e continuidade da cultura. Antigamente, principalmente entre os gregos, mito era usado com frequência para explicar o início da história humana e do universo (LAVILLE; DIONE, 1999). O conhecimento mítico foi então o primeiro a buscar explicações para os fenômenos, muitas vezes os atribuindo às divindades mitológicas.
O conhecimento empírico, também conhecido como vulgar, popular ou senso comum, considerou a necessidade de explicar os fatos com um olhar diferente, uma visão mais real. Originou-se do enfrentamento diário dos problemas que atingiam o homem que para confrontar a realidade procurou por um saber de direção, não-sistemático, obtido sem nenhuma comprovação experimental e transmitido de geração para geração.
(LAKATOS; MARCONI, 2005). Esse conhecimento é adquirido sem estudos ou aplicações metodológicas. Entretanto, pode tornar-se científico desde que seja submetido à metodologia científica.
O conhecimento filosófico é fundamentado por um intuito racional, lógico e sistemático que busca conhecer sem experimentação. Para Gonçalves (2005) o conhecimento filosófico possui as seguintes características: valorativo (suas hipóteses não são submetidas à observação); não verificável (suas hipóteses não podem ser confirmadas e nem rejeitadas); sistemático (suas hipóteses e enunciados visam uma representação coerente da realidade estudada); reflexivo (busca a reflexão sobre a origem, o presente e o futuro da humanidade). Pode-se dizer que ele conduz a uma reflexão crítica sobre os fenômenos.
A próxima forma de conhecer é a ciência que por ser mais complexa e ter um maior destaque atualmente necessita de uma maior abordagem.
A natureza do conhecimento científico
A ciência é uma das formas de conhecimento que o homem produziu ao decorrer de sua história com o objetivo de entender e explicar racionalmente o mundo para nele poder intervir. Esse permanente acréscimo de conhecimentos racionais e verificáveis da realidade denomina-se ciência (FACHIN, 2003). O conhecimento científico mostra-se como mediador entre o verdadeiro e o ser humano, isto é, obtendo-se respostas para suas indagações cada vez mais próximas do verídico. De acordo com Dultra (2003) a teoria científica é um relato aproximadamente verdadeiro de como o mundo é.
O conhecimento científico surge para comprovar os fatos não explicados precisamente pelo senso comum. Isto é, não basta dizer somente que o leite ou a batata são bons para prevenir os efeitos da gastrite, mostra-se o porquê disto, deixando claro que isso acontece por que o estômago é um meio ácido e com tais alimentos essa acidez é amenizada, através de pesquisas e experimentos obteve-se que ácidos são neutralizados por uma base.
Chizzotti (1995) enfatiza, ainda que, a pesquisa investiga o mundo em que o homem vive e o próprio homem. Para esta atividade, o investigador recorre à observação e reflexão que faz sobre os problemas que enfrenta, e à experiência passada e atual dos homens na solução destes problemas, a fim de munir-se dos instrumentos mais adequados à sua ação e intervir no seu mundo para construí-lo adequado à sua vida.
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