Educação Cidadã em Diferentes Meios Sociais

O documentário explicita a necessidade de uma educação não somente voltada à provas, vestibulares e concursos, como muitas escolas nesse país fazem, mas também uma educação que desenvolva o lado humano do aluno, a sua consciência de cidadão, de responsabilidade com a comunidade na qual ele está inserido, como a preocupação com o ambiente da comunidade, a poluição do ar e dos rios. Desse modo, o aluno começa a perceber que ele faz parte do mundo, se identifica, que ele é um dos muitos tijolos que formam a parede da sociedade, e que não se pode esperar a iniciativa das outras pessoas: o próprio aluno é quem deve ter essa tomada de decisão, quem tem que agir, ter essa vontade de cuidar do lugar em que vive. O aluno toma os problemas da sociedade como seus, e na verdade são realmente seus, pois ele é parte da sociedade. Ao cuidar do ambiente e enfrentar esses problemas, o aluno proporciona melhor qualidade de vida para a sua sociedade e consequentemente à ele mesmo.

O aluno, através dessa educação, também desenvolve seu lado caridoso. Ele começa a pensa mais no outro, a se colocar no lugar de outro que passa por dificuldades que ele talvez nunca tenha nem imaginado. Ele percebe valores diferentes, que podem ser refletidos e compreendidos, com respeito às diferenças do outro.

Ele também pode perceber que as coisas que ele considera como naturais podem não ser. Coisas que vê todos os dias passam a se tornar normais, e não percebe que elas são de fato um problema. E ao despertar, ao enxergar as mesmas coisas, porém com outros olhos, o aluno passa a perceber que há algo que ele pode fazer para ajudar, para trazer melhorias para a comunidade. Isso propicia o desenvolvimento humano do aluno, a formação de seres humanos com senso crítico, que não olhem apenas a aparência das coisas ao seu redor, mas também a sua essência, o que a torna desse jeito, o que fez com que essa coisa seja assim.

O aluno é educado para a vida, para ser, de fato, humano, justo, autônomo, digno, respeitoso, uma pessoa que se preocupa com o próximo, que colabora com o desenvolvimento da sua sociedade. E para que esta educação seja realizada, é preciso que o professor, o educador, traga novas propostas, novos projetos que façam com que o aluno se sinta inserido, trabalhe valores diferentes dos já conhecidos, de modo a “abrir a mente” dos alunos para novas possibilidades de comportamento e relação social, a quebrar paradigmas e pré-conceitos, a refletir sobre o modo como vivem e se esse modo é realmente o mais adequado,

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