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Emile Durkheim

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Por:   •  8/3/2015  •  3.505 Palavras (15 Páginas)  •  468 Visualizações

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Introdução

Emile Durkheim nasceu em Épinal, departamento do Voges, que fica exatamente entre a Alsácia e a Lorena, no dia 15 de abril de 1858 e morreu em 1917. De família judia, seu pai era rabino e ele próprio teve seu período de misticismo, tornando-se, porém, agnóstico após a ida a Paris. Aqui em pleno coração do Quartier Latin, (entre a Sorbonne, o Collége de France e a Faculte de Droit), preparou-se para o bacharelado, que lhe permitiu entrar para École Normale Supérieure. Bastou-lhe, pois, atravessar a Praça do Panthéon para atingir a formosa Rue d’UIN, sem sair, portanto, do mesmo quarteir, para completar sua formação.

Emile Durkheim foi um dos pensadores que mais contribuiu para a consolidação da sociologia como ciência empírica e para instauração no meio acadêmico, tornando-se o primeiro professor universitário dessa disciplina. Durkheim era na ciência social uma expressão da consciência racional das sociedades modernas, mas não excluía o diálogo com a história, a economia e a psicologia, embora apontasse os limites de cada uma dessas disciplinas na explicação dos fatos sociais.

Para ele a sociologia pode ser definida como a ciência “das instituições, da sua gênese e de seu funcionamento”, ou seja, de “toda crença, todo comportamento instituído pela coletividade”. Na fase positivista que marca o início de sua produção, considera que para tornar-se uma ciência autônoma, essa esfera do conhecimento precisava seu objeto próprio: Os Fatos Sociais.

Fato Social: É algo dotado de vida própria, externo aos membros da sociedade e que exerce sobre seus corações e mentes uma autoridade que os leva a agir, a pensar e a sentir de determinadas maneiras.

A especificidade do objeto sociológico

A Sociologia para Durkheim era a uma ciência, instituída pelo comportamento da coletividade e acreditava que esta ciência necessitava delimitar seu objeto: os fatos sociais.

Émile Durkheim defende que os fatos sociais são dotados de vida própria, externo aos membros da sociedade e que exerce sobre seus corações e mentes uma autoridade que os leva a se comportarem de determinadas maneiras, sendo assim acabam seguindo padrões impostos, pois a sociedade é uma síntese da coletividade e suas formas de pensar e agir. Durkheim analisa a origem dos fenômenos sociais no âmbito da coletividade e não na individualidade.

Os fatos sociais podem ser menos consolidados, como manifestações populares, correntes sociais, ou ser cristalizados na sociedade, como as leis, a imposição moral, religiosa.

Durkheim enxergava os fatos sociais de forma exterior ao indivíduo. Para comprovar a exterioridades dos fatos sociais, Durkheim faz referencia à educação dada as crianças, desde ao fato de educá-las a seguir horários até o momento de mostrá-las o mercado de trabalho e sua importância. Até os pais ao educar estão seguindo padrões da sociedade, não acabam educando da forma que realmente gostariam, pois existe uma imperatividade social no que se refere ao comportamento que deve ser adotado por um indivíduo. A educação prepara um indivíduo e o insere na sociedade, segundo Durkheim.

Émile Durkheim defende duas expressões do fato social: as representações coletivas e os valores. As representações coletivas agregam sabedoria e experiência, sendo uma síntese da intelectualidade, infinitamente mais rica e complexa do que a de um indivíduo poderia transmitir enquanto sozinho. Os valores são por si só possuem uma realidade objetiva, independente da vontade tem um peso muito grande sobre a sociedade. Explica-se pela pressão que sofre alguém que se aventure a não atender a qualquer convenção mundana ou a uma lei, por exemplo.

Porém todas as instituições sociais são suscetíveis a mudanças, contanto que seja a expressão da vontade da coletividade. Em sociedades modernas, o aborto, por exemplo, pode ser colocado em questão, mesmo configurando um valor tradicional, já nas sociedades conservadoras há uma grande barreira, uma intensa resistência para se tratar de determinados assuntos que tem peso social. Este fato explica o porquê de um crime em um determinado momento não ser considerado crime em outro: Sócrates na sociedade ateniense era criminoso por desenvolver uma nova forma de pensar, hoje a liberdade de pensamento não seria repudiada com a pena de morte. Trata-se de uma conquista feita por notáveis indivíduos na Idade Média e que reflete até hoje suas mudanças e benefícios à sociedade e sua forma de pensar. Foram vidas em prol de novas concepções, vidas que transformaram outras. Sócrates é um grande exemplo.

Método de estudo da sociologia segundo Durkheim

Para Durkheim, o cientista social deve buscar um método que supere o senso comum, tem de buscar a semelhança nos métodos das ciências naturais, mas distinguindo-os por suas peculiaridades pertencentes ao reino social.

Durkheim expõe regras as quais o sociólogo tem de seguir, e a mais importante é tratar os fatos sociais como coisas, sendo essas coisas externas ao cientista. Após trata-los dessa forma é necessário afastar as prenoções, ou seja, as paixões, sentimentos e valores do estudioso para que ele ao analisar o fato veja como realmente é e não como ele quer que seja.

O sociólogo, como cientista, tem de visualizar os fatos sociais de forma a desconhecê-los. Não pode julgar o fato como verdade ou mentira, mesmo que isso lhe seja incômodo, deve expressar a realidade sem preconceitos.

O cientista se utiliza também da observação, descrição, comparação e estatística, para chegar à conclusão da realidade social totalmente isento de influências, tanto das suas quanto dos envolvidos em seu estudo.

A dualidade dos fatos morais

Durkheim afirma que as regras morais são fatos sociais. Sabe-se, como já abordado, que o Fato Social é aquele que possui caráter geral e repetitivo na grande maioria dos indivíduos. Então, o que são Fatos Morais? Por que Durkheim propõe uma bipartição dos Fatos Morais?

Para responder estas questões, precisamos ter em mente que a moral é um ente essencial da Ética. A moral nos faz confluir para a ideia de bem, e bem é tudo aquilo eleva a pessoa de forma plena, completa e integral. Munidos dessa definição sintética, é necessário salientar aqui, ainda que isto seja redundante, que os fatos sociais possuem três características fundamentais segundo o eminente sociólogo. São elas: coerção, exterioridade e generalidade.

Com essa rápida inferência

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