Ensaio filosófico organismos geneticamente modificados
Por: Beatriz Ferreira • 17/5/2022 • Ensaio • 807 Palavras (4 Páginas) • 1.129 Visualizações
Organismos geneticamente modificados: impacto ambiental e na saúde humana.
Com este ensaio procurarei discutir o problema “Serão os organismos geneticamente modificados prejudiciais para o ambiente e para a saúde humana?”.
Nos últimos anos este tema tem sido altamente discutido por ser alvo de bastante controvérsia e haver opiniões completamente díspares por envolver questões políticas, económicas e sociais, daí a importância da análise do assunto para perceber se serão mais as vantagens ou desvantagens que o mesmo acarreta.
Os OGMs (organismos geneticamente modificados) são definidos como organismos (animais ou vegetais) manipulados geneticamente, de modo que não acontece na natureza seja por reprodução ou recombinação natural, com o objetivo de alterar características tais como a cor, o tamanho e o valor nutricional de forma a tornar esses mesmo organismos mais promissores. Estes organismos podem ser designados transgênicos se o material genético tiver origem numa espécie diferente que não a sua. A tecnologia usada para estes processos designa-se por biotecnologia moderna ou engenharia genética.
Na minha opinião a abordagem deste tema é essencial pois os OGMs já fazem parte do nosso quotidiano sem que se tenha percebido com clareza o impacto dos mesmos tanto a nível ambiental como na saúde humana, a longo prazo.
Contudo, pretendo defender a ideia de que estas técnicas de produção ainda se mostram duvidosas e mesmo defendendo um propósito promissor, se não é possível assegurar a segurança ambiental e humana, as mesmas não devem ser colocadas no mercado.
Para defender a minha tese irei me fundamentar em quatro argumentos que considero serem completamente plausíveis:
Danos involuntários a outros organismos:
O pólen de plantas geneticamente modificadas pode conter toxinas que coloquem em causa a vida de insetos essenciais para outras culturas.
Eficácia reduzida de pesticidas:
Os apoiantes deste tipo de culturas argumenta que o uso de OGMs nomeadamente transgênicos são usados com o objetivo de aumentar a produtividade e reduzir o uso de agrotóxicos, no entanto o que se tem observado é precisamente o contrário, os insetos ficarão resistentes às plantas GM (geneticamente modificadas) e aos pesticidas criados especificamente para estas plantas, o que levou a um aumento exponencial do uso de herbicidas.
Transmissão de genes para espécies não previstas:
Uma outra preocupação deste tipo de cultura é a transmissão de genes tolerantes aos herbicidas de plantas GM para ervas indesejáveis como por exemplo ervas daninhas, potenciando o seu supercrescimento de forma anormal.
Impacto na saúde Humana:
A disparidade de opiniões quanto à tecnologia não é em vão, sobretudo quando conhecidos perigos para a saúde humana. Essas preocupações incluem a potencial alergenicidade e o cruzamento de genes do nosso organismos e os geneticamente modificados.
A bioética surge no contexto do progresso científico e tecnológico que se faz sentir no interior das ciências biomédicas, motivada pela experimentação em seres humanos no período da dominação nazi. Estuda especialmente a ética humana e ecológica. Debate-se sobre os “limites” da evolução científica em determinados ramos, e questiona-nos se a evolução científica não está a extrapolar a ética quer humana ou ambiental.
Posto isto, a bioética relaciona-se também com os OGMs, no sentido em que, se não conhecemos a longo prazo as consequências destes organismos, e já se ter conhecido inúmeros perigos, poderemos estar a abdicar da saúde humana e ambiental. Será o progresso científico mais importante do que a saúde? A resposta é bem simples, mas o uso de OGMs também tem propósitos, mas quando equacionado com as desvantagens esta evolução científica não se torna tão pertinente.
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