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Esclarecimento filosofia

Por:   •  9/11/2015  •  Dissertação  •  731 Palavras (3 Páginas)  •  579 Visualizações

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- Relação do filme Lucy com o texto de Kant sobre o que é Esclarecimento.

Ao analisar atitudes e hábitos humanos, pergunta-se: Por que o ser humano não expõe a sua opinião sem que seja apresentada e aceita por outro indivíduo? O que o faz viver sob o domínio dos outros? Por que não buscar o esclarecimento e ser autônomo a ponto de servir-se de seu próprio entendimento? Essas são algumas de muitas questões que nos levam ao questionamento.

O homem está sujeito a um esclarecimento processual, a conhecer a si mesmo e o mundo em que vive. Segundo Kant, esse esclarecimento é um processo de emancipação intelectual e só é bem sucedido se o homem superar a ignorância e sair da condição de menoridade auto-imposta, ou seja, incapacidade de usufruir de seu próprio entendimento, ousando de sua autonomia, sem intervenção de outros. Como ele diz: “Ousa saber, atreve-te a saber.”.

        A preguiça e a covardia são fatores que levam o indivíduo a viver na ignorância, a não se esforçar na busca da própria razão e viver sob domínio dos outros. Não é difícil ser tutelado quando se trata de um ser que se julga incapaz; que tem preguiça de buscar o conhecimento; é covarde a ponto de ter medo de romper seus próprios limites sendo que tem capacidade para tal; é cômodo o bastante para ver a menoridade como algo natural e confortável, isso porque os outros podem fazer o que deveria ser feito por ele, ou seja, os outros assumem suas responsabilidades e compromissos, manipulando-o e intimidando-o caso esse indivíduo queira andar por conta própria. Mas por que não ser livre? Por que não se auto-conhecer e ser tutor de seus próprios pensamentos e ações? A liberdade é um ponto culminante para o alcance da maioridade!

        Lucy é um filme de ação que conta a história de uma jovem que através de uma droga (CPH4) consegue atingir 100% de sua capacidade mental impressionando a todos com as suas grandes habilidades cognitivas e funções cerebrais desenvolvidas nesse processo. O filme exemplifica perfeitamente o que seria do homem se buscasse o conhecimento e atingisse o potencial máximo de seu cérebro, ao mesmo tempo em que o Dr. Norman (professor neurocientista) fala das incríveis realizações humanas usando apenas 10% da sua capacidade cerebral e sobre o poder ainda inexplorado do cérebro humano. Até que ponto o conhecimento é poder?

No início do filme, Lucy é retratada como uma pessoa normal e é manipulada pelo seu namorado para que leve uma mala de drogas até uma máfia asiática. A droga foi implantada em seu abdômen para que fosse levada a outro país, mas o inesperado acontece e o pacote é rompido quando Lucy é agredida por capangas do Sr. Jang. A partir disso o seu corpo passa a sofrer inesperados efeitos colaterais levando-a a atingir partes profundas do cérebro (20%, 30%, 40% e assim por diante). Nesse contexto, Lucy vai atingindo o conhecimento e se tornando independente, autônoma, dona de seus próprios pensamentos e ações, aprendendo assim a manipular a si própria e o mundo ao seu redor.

Prevendo a sua morte a qualquer momento, Lucy vai ao encontro do Dr. Norman acreditando que ele tenha uma resposta para o que ela deva fazer com todo aquele conhecimento. Dr. Norman diz que o melhor a se fazer é repassá-los, mas que acredita que uma sociedade que é impulsionada pelo poder e lucro não esteja preparada para tal. Partindo disso, à beira da morte, ela consegue passar todo o seu conhecimento para um pen drive e entregá-lo ao professor. O filme se acaba com uma frase de Lucy transmitida para um policial através do seu celular quando ele pergunta ao professor onde ela está: “I am everywhere” - “Eu estou em toda parte”.

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