Estoicismo
Tese: Estoicismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 24/5/2014 • Tese • 772 Palavras (4 Páginas) • 819 Visualizações
Estoicismo:
A escola estóica recebe esse nome baseado no local onde foi fundada (Stoàpoikíle), isto é, a escola do “Pórtico Pintado” , em Atenas, por Zenão, por volta de 300 a.C. Zenão era fenício e oriundo da Ilha de Chipre, viveu entre 335 a 263, e deu mais ênfase à parte ética.
O estoicismo durou cerca de 500 anos e grande foi a sua influência entre gregos e romanos. É uma doutrina eclética, e incorpora muitos conceitos dos filósofos anteriores e contemporâneos: Heráclito, Platão e Aristóteles, os cínicos.
O estoicismodividia a filosofia em três partes:
Ética, Física e Logica:
A Ética Estoica:
A mais significativa produção filosófica dos estóicos está no campo da ética. Por mais de quinhentos anos o mundo soube ouvir a mensagem eficaz do estoicismo.Osestóicos sublinharam que todos os processos naturais - por exemplo, a vida e a morte - seguiam as leis constantes da natureza. Por isso, o homem tem de se reconciliar com o seu destino. Segundo eles, nada acontece por acaso. Tudo acontece por necessidade, e de pouco serve lamentarmo-nos quando o destino nos bate à porta. Mesmo as situações felizes da vida devem ser aceitas com uma grande serenidade. Esta posição é semelhante à dos cínicos, para quem todas as coisas exteriores do mundo eram indiferentes. Ainda hoje falamos de uma "serenidade estóica", quando alguém não se deixa arrebatar pelos seus sentimentos.
Apesar dos estóicos acreditarem que o ser humano deve viver de acordo com a natureza, a maioria dos líderes estóicos inclusive Zenão, suicidaram-se, o que prova a inconsistência da ética estóica, porque se vivessem de acordo coma a natureza deixariam os seus dias transcorrer até ao fim. Se por um lado os estóicos diziam que o ser humano deveria viver segundo a natureza, por outro lado o seu racionalismo era tão exacerbado, fanático e exagerado que a noção de dever ético racional estava acima da própria natureza.
A Física Estoica:
A física estóica tem a preocupação de nos fazer representar, pela imaginação, um mundo totalmente dominado pela razão, sem nenhum resíduo irracional; nada depende do azar ou da desordem, como em Aristóteles ou em Platão, tudo está incluído na ordem universal. O movimento, a mudança, o tempo, não são o índice da imperfeição e do ser inacabado, como para o geômetra Platão ou o biólogo Aristóteles; o mundo sempre em mudança e movimento tem, a cada instante, a plenitude de sua perfeição. "O movimento é, em cada um de seus instantes, um ato, e não uma passagem ao ato", e o tempo é, como o espaço, um incorpóreo sem substância nem realidade, já que um ser muda ou permanece somente porque, graças à sua força interna, é agente ou paciente. Não há, consequentemente, tendência alguma - como em Aristóteles e nos sucessores de Platão - a proclamar eterno o mundo para salvar sua perfeição. O mundo estóico é um mundo que nasce e se dissolve sem que sua perfeição seja atingida. A racionalidade do mundo já não consiste na imagem de uma ordem imutável que se reflita nele tanto quanto a matéria permite, mas na atividade de uma razão que tudo submete a seu poder.
A Lógica Estoica:
A Lógica dos estóicos assume duas categorias: a Retórica, que era a ciência do discurso contínuo e sem contraditório, e a Dialética, que era ciência do discurso exercido através do contraditório. A Dialética estóica prevê um esboço da teoria da linguagem (de Carnap e Wittgenstein) quando define a Gramática como a ciência das palavras e a Lógica Gramátical como a ciência que se ocupa do significado das palavras. Foi aqui que começou o desconstrucionismo ideológico moderno.
O estoicismo esteve também na origem do existencialismo
Principais Representantes do Estoicismo:
Zênão: fundador da Escola: viveu entre 335 a 263, e na doutrina deu mais ênfase à parte ética.
Cleantes de Asso: viveu entre 331 e 232, e deu mais ênfase à parte religiosa;
Crisipo de Solunte: viveu entre 280 e 206, desenvolveu a parte lógica e sistematizou a doutrina estóica tal como a conhecemos.
Panécio de Rodes: viveu de 185 a 110, e foi o principal introdutor do estoicismona sociedade romana;
Posidônio de Apaméia: viveu de 135 a 50, contemporâneo de Cícero, reuniu ecleticamente a doutrina dos estóicos "antigos" ao pensamento de Platão e Aristóteles e fez contribuições às ciências naturais, à matemática e à astronomia.
Sêneca de Córdoba: político, filósofo, poeta e tragediógrafo romano, viveu ente 4 e 65 e foi preceptor do Imperador Nero;
Epicteto: ex-escravo nascido na Frígia (ásia Menor), viveu entre os romanos de 55 a 135, e foi mestre do historiador Arriano. É dele a frase "suporta e abstém-te";
Marco Aurélio: da dinastia dos Antoninos, viveu entre 121 e 180 e foi Imperador Romano de 161 a 180
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