Estudos Filosóficos Sobre A Moral
Exames: Estudos Filosóficos Sobre A Moral. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marijansen • 31/3/2014 • 1.593 Palavras (7 Páginas) • 378 Visualizações
ESTUDOS FILOSÓFICOS SOBRE A MORAL
INTRODUÇÃO
Neste trabalho apresentaremos de forma sucinta e resumida algumas das escolas filosóficas que se propuseram a analisar a moral. Visto que há uma imensa variedade e complexidade entre estas, está fora de nossa capacidade explicá-las com grande exatidão.
Levando isso em consideração, esse será um trabalho expositivo com o objetivo de mostrar a diversidade dentro dos estudos sobreuma questão que permeia nossa vida cotidiana e que possui imensa relevância.
Além disso, ao final, dissertaremos sobre uma corrente filosófica que acredita na ausência da moral e, consequentemente, na importância desta nas relações interpessoais.
AS MORAIS
Utilitarismo
Essa moral baseia-se na busca da felicidade como principal objetivo da vida, o homem procurando satisfazer-se alcançará a felicidade. Através do Materialismo, acredita não haver nada acima do ser humano, portanto, não há por que levar em conta algo que está fora ou acima, mas sim somente a si. O grande sistema utilitarista da Antigüidade é o de Epicuro (341-270 a.C.). Para ele, o mundo só se explica pelo acaso. Mas devemos fazer a vida passar agradavelmente e para o mesmo acontecer, somente através do prazer.
Durante a Idade Média, o utilitarismo sofreu um sumiço devido à influência dominante do Cristianismo, mas renasce no século XVI e domina grande parte da Filosofia Moral até o século XIX. A Inglaterra torna-se então pátria, por excelência, do utilitarismo moderno, tendo sido introduzida por Thomas Hobbes, no qual há conciliação com a prática do anglicanismo.
A cordialidade e generosidade com os demais, a simpatia, o cumprimento da palavra tornam-se fundamentais à felicidade não somente nossa, como a de todos. Isso traz a convicção de que o respeito às exigências da regra moral e, principalmente, da boa harmonia, é condição fundamental a felicidade de todos como a de um, logo deve-se respeitar a moral. Mas isso não o impedirá de agir com imoralidade brutal desde que seja exigência de um interesse suficientemente grave.
O utilitarista explica a simpatia pelo interesse, pois nossa simpatia se volta para quem serve nossos interesses, não há bem, se não houver interesse, e orienta toda ação para o bem e felicidade do próximo, já que assim o benfeitor se mostra superior a seu protegido, e o sentimento de superioridade é uma das maiores fontes de gozo.
Jeremy Bentham, mestre do utilitarismo moderno, se preocupa não somente com o bem comum, mas também com o individual, fazendo grande apologia ao egoísmo. Assim, só há utilidade no que aumenta o prazer e diminui a pena. Porém, nesse egoísmo fica explicitada a necessidade de se viver em harmonia com seu semelhante, pois a benevolência e a simpatia são fontes de inúmeros prazeres.
Para ele, a tarefa do moralista esclarecido é mostrar que um ato imoral não é nada mais que um falso cálculo de interesse pessoal, já que todo problema moral consiste em calcular seu interesse.
A Moral Segundo Kant(a moral do dever)
A doutrina moral de Kant é independente de qualquer sentido religioso. Sua moral exclui a noção de intenção como elemento de uma alma pura, e o dever não é uma obrigação a ser seguida em virtude de um ente superior. Intenção e dever dependem do sujeito epistemológico (eu transcendental) e não do indivíduo. Para Kant, o sujeito transcendental trata-se de uma maquinaria subjetiva, universal e necessária. Assim, todo ser saudável possui tal aparato, formado por três campos: a razão, o entendimento e a sensibilidade.
Altruísmo
As morais altruístas surgiram na Idade Moderna, originadas do cristianismo que pregava o amor ao próximo.
A partir de tal pensamento, surge o autor mais representativo da moral da simpatia, Adam Smith, o qual acredita ser essencialmente necessária a simpatia, devido à sociabilidade humana, pois nada nos pesa mais que a solidão, a moral ainda mais que a física; temos necessidade da amizade, da companhia, e para tal, é preciso sentir simpatia e recebê-la. Portanto, cada indivíduo deve ser imparcial ao analisar seus próprios atos, para que este aplique a si mesmo a mesma regra que aplica aos outros.
Observa-se a fundamental importância de certas aparências exteriores no despertar da simpatia alheia, portanto, a simpatia não é uma certeza de bondade, já que há pessoas ruins que são simpáticos e santos antipáticos, evidenciando a grande possibilidade de falha quando se confia em aparências.
Segundo as morais altruístas, o homem é dependente da comunidade onde está inserido, portanto, deve se exprimir por uma fórmula de colaboração, e não por uma fórmula de isolamento.
A Moral Cristã
Essa moral é de grande popularidade por todo o mundo, causando, assim, interpretações errôneas e divergência entre as Igrejas. Tal fato é a principal crítica focada pelos seus opositores.
A visão do homem como criação é de suma importância, já que a partir da mesma, ele deve ao ser divino não só seu comportamento ou personalidade, como também a sua existência.
Deus torna-se fundamento na justificação da existência do mundo. Para conhecer tudo a respeito da humanidade, deve-se conhecer Deus, o que em sua totalidade não é possível.
Além disso, a teoria criacionista funda uma confiança irrestrita no destino, já que o mesmo advém de Deus. Tudo que acontece deriva de sua ação e governo. A confiança não está nos fatos em si, mas na onipresença e garantia de sabedoria absoluta divina.
Entretanto, ao homem é dada a liberdade para agir, sendo, posteriormente, punido ou recompensado por sua ação.
A moral cristã é moral de amor, mas amor divino, pela qual Deus se faz providência por sua precisa noção de perfeição e amor incondicional. Cristo introduz-se na idéia de materialização do amor divino, cujo fim imediato é buscar a salvação dos homens.
A Moral Estóica
Na moral estóica a dicotomia Bem-Mal
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