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Etnocentrismo

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Por:   •  9/4/2014  •  520 Palavras (3 Páginas)  •  1.318 Visualizações

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Etnocentrismo

Segundo Everardo Rocha, em O que é Etnocentrismo, trata-se da “visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc. “. Esse autor nos alerta, ao analisar o etnocentrismo, para a questão do choque cultural. Como ele afirma, de um lado conhecemos o "nosso" grupo, que come igual, veste igual, gosta de coisas parecidas, conhece problemas do mesmo tipo, acredita nos mesmos deuses, casa igual, mora no mesmo estilo, distribui o poder da mesma forma, empresta à vida significados em comum e procede, por muitas maneiras, semelhantemente. Aí então de repente, nos deparamos com um "outro", o grupo do "diferente" que, às vezes, nem sequer faz coisas como as nossas ou quando as faz é de forma tal que não reconhecemos como possíveis. E, mais grave ainda, este “outro" também sobrevive à sua maneira, gosta dela, também está no mundo e, ainda que diferente, também existe. Roberto da Matta, no texto Você tem cultura? demonstra que essa é a experiência antropológica, buscar compreender a lógica da vida do outro. Antes de cogitar se aceitamos ou não esta outra forma de ver o mundo, a antropologia nos convida a compreendê-la, e verificar que ao seu jeito uma outra vida é vivida, segundo outros modelos de pensamento e de costumes. O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. O conceito de cultura, ou, a cultura como conceito, então, permite uma perspectiva mais consciente de nós mesmos. Precisamente diz que não há homens sem cultura e permite comparar culturas e configurações culturais como entidades iguais, deixando de estabelecer hierarquias em que inevitavelmente existiriam sociedades superiores e inferiores. Por isso, como nos ensina Roberto da Matta, no supracitado texto, deve-se analisar as práticas culturais no contexto em que são praticadas, permitindo-se, assim, traduzir melhor a diferença entre nós e os outros e, assim fazendo, resgatar a nossa humanidade no outro e a do outro em nós mesmos.

3- Relativismo cultural

É a postura, privilegiada pela Antropologia contemporânea, de buscar compreender a lógica da vida do outro. Ainda segundo Roberto da Matta, antes de cogitar se aceitamos ou não esta outra forma de ver o mundo, a antropologia nos convida a compreendê-la, e verificar que ao seu jeito outra vida é vivida, segundo outros modelos de pensamento e de costumes (...) pois cada sociedade humana conhecida é um espelho onde nossa própria existência se reflete. A postura relativista pode ser sintetizada nas palavras de uma das mais notáveis antropólogas conhecidas, a americana Margaret Mead, que no prefácio de Sexo e Temperamento afirmou: toda diferença é preciosa e precisa ser tratada com muito carinho.

Bibliografia básica:

COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 3ª ed. ampliada e revista. São Paulo, Moderna, 2005. Introdução (p. 11-26);

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