Etnocentrismo
Tese: Etnocentrismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tuliovpereira • 10/9/2014 • Tese • 464 Palavras (2 Páginas) • 401 Visualizações
O etnocentrismo é uma visão que coloca o individuo como centro, julgando o próximo a partir de si mesmo. Considera sua cultura, costumes, postura, linguagem, melhores que a dos outros. No etnocentrismo a cultura do “outro” é julgada a partir do “eu”.
No terceiro capitulo, O passaporte, o autor expõe as idéias de Franz Boas (antropólogo teuto-americano), do século XX, desligando o etnocentrismo da antropologia, uma vez que Boas colocava que os estudos das culturas humanas deveria ser separadas, e não a partir da nossa própria cultura (como coloca a ideologia etnocêntrica).
Segundo Boas cada gruo produzia e vivia de acordo com suas condições históricas, climáticas, lingüísticas, etc. Em seus estudos Boas não deixou um conceito claro de cultura, mas conhecimentos esparsos que a partir deles podem se formularem talvez um conceito concreto. O autor compara os estudos de Franz Boas como uma bola de conhecimento que foi explodida e deixou estilhaços de conhecimentos.
A fuga do etnocentrismo pode ser encarada como a fuga de um pensamento egoísta, para um pensamento repleto de idéias novas, ainda inexploradas.
A título de exemplo podemos citar, o futebol, como sendo um esporte não exclusivo mas tipicamente brasileiro, em época de copa do mundo de futebol, nos dias de jogos do Brasil geralmente em nosso país é considerado feriado, algo inimaginável talvez em outro país que não tem o futebol como cultura, para o entendimento etnocêntrico partindo do ponto de vista que nós seriamos o centro, seria julgado por nós ridículo não ter feriado em todos os países nos horários de jogos. Mas as idéias de Boas vêm justamente contrapor com esse tipo de pensamento, colocando assim que o futebol pode naturalmente não ter o mesmo status que tem no Brasil, por uma questão de costume, história, etc.
Ao final do terceiro capitulo o autor deixa clara a fuga do pensamento centralizado em si e coloca a importância do “outro”.
Assim, o “outro” começa a deixar de ser um simples retrato dos momentos primitivos do “eu” e passa a ocupar um lugar mais destacado como algo que transforma a teoria antropológica e pode, de muitas maneiras, servir para dimensionar a própria sociedade do “eu”
Neste capitulo o autor portanto coloca que a antropologia desfaz o elo com o etnocentrismo, e o enfoque que o etnocentrismo dava ao “eu” passa a se dar ao “outro”, o que de certa forma engrandece o “eu”.
Em meio a tantas divergências atuais, guerras, violência, causadas pelos mais diversos motivos (religião, território, dinheiro, etc.) acredito que a sociedade deveria parar de pensar no “eu”, parar com hipocrisia, egoísmo, pensamentos etnocêntricos, e dar valor no “outro”, no próximo. O mundo não gira em torno de uma pessoa, ele gira em torno do sol, que nasce não só para um determinado povo, uma determinada cultura, seu brilho é para todos.
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