Fichamento Do Cap. VI, A Metafísica
Trabalho Escolar: Fichamento Do Cap. VI, A Metafísica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 0101f • 10/7/2014 • 2.442 Palavras (10 Páginas) • 1.076 Visualizações
Introdução
As indagações metafísicas
Por que há seres em vez do nada?
A Metafísica surge para indagar o porque das coisas, como por exemplo o nada e o ser.
O principal objetivo da Metafísica é perguntar pelos porquês e responde-los por meio daquilo que é.
A pergunta pelo que é.
A metafísica é uma investigação filosófica que procura respostas pra o que existe e a natureza das coisas.
A metafísica se destaca em três períodos, Platão e Aristóteles, Kant, e com a ontologia contemporânea.
Características da metafísica em seus períodos.
Investiga aquilo que é ou existe, a realidade em si;
É um conhecimento racional apriorístico, isto é, não se baseia nos dados conhecidos diretamente pela experiência sensível ou sensorial (nos dados empíricos), mas nos puros conceitos formulados pelo pensamento puro ou pelo intelecto;
É um conhecimento sistemático, isto é, cada conceito depende de outros e se relaciona com outros, formando um sistema coerente de idéias ligadas entre si;
Investiga os diferentes modos como os entes ou os seres existem;
● Investiga a essência ou o sentido (a significação) e a estrutura desses entes ou seres;
● Investiga a relação necessária entre a existência e a essência dos entes e o modo como aparecem para nossa consciência, manifestação que se dá nas várias formas em que a consciência se realiza (percepção, imaginação, memória, linguagem, intersubjetividade, reflexão, ação moral e política, prática artística, técnicas);
● Alguns consideram que a metafísica ou ontologia contemporânea deveria ser chamada de descritiva, porque, em vez de oferecer uma explicação apriorística da realidade, é uma interpretação racional da lógica da realidade, descrevendo as estruturas do mundo e as do nosso pensamento.
Capítulo 1
O nascimento da metafísica
O realismo da Filosofia nascente
A Metafísica não se inicia pelo conhecimento, mais sim por indagações sobre a realidade.
Costuma-se dizer que a metafísica surge do realismo.
Da cosmologia à metafísica
A filosofia para os gregos surge pelo espanto, ou seja, porque o mundo existe e porque ele é o que é.
O cosmos é a principal explicação racional dada pelos gregos para explicar a origem do mundo e de todas as coisas, através da ordem, ou seja, o cosmo é a ordenação do mundo.
A busca do princípio que causa e ordena tudo quanto existe na Natureza (minerais, vegetais, animais, humanos, astros, qualidades como úmido, seco, quente, frio) e tudo quanto nela acontece (dia e noite, estações do ano, nascimento, transformação e morte, crescimento e diminuição, saúde e doença, bem e mal, belo e feio, etc.) foi à busca de uma força natural perene e imortal, subjacente às mudanças, denominada pelos primeiros filósofos com o nome de physis. A cosmologia era uma explicação racional sobre a physis do Universo e, portanto, uma física.
Metafísica ou ontologia
A palavra metafísica quer dizer depois das obras aristotélicas de física.
A palavra ontologia é o estudo do ser, da existência do ser e de sua verdade.
O surgimento da ontologia: Parmênides de Eléia
Parmênides dá sentido à metafísica com sua posição do ser: o ser é, e o ser não é.
A impossibilidade de uma ontologia já que Parmênides vê que existe um pensamento verdadeiro e não a contradição do ser.
A ontologia buscava o porque do devir.
Platão e o mundo das essências
Para platão a matéria é por natureza e por essência algo imperfeito.
Platão vê nas idéias de Parmênides uma forma de pensar: o verdadeiro é o Ser, uno, imutável, idêntico a si mesmo, eterno, imperecível, puramente inteligível.
Daí surge a divisão da ontologia platônica entre o mundo sensível e o mundo inteligível.
O mundo sensível é o da mudança, da aparência, do devir dos contrários, o mundo inteligível é o da identidade, da permanência, da verdade, conhecido pelo intelecto puro, sem qualquer interferência dos sentidos e das opiniões. Sendo o primeiro o mundo das coisas e o segundo o mundo das idéias.
Platão distinguiu dois sentidos para a palavra Ser: o sentido forte, em que Ser significa realidade ou existência (o Ser é), e o sentido mais fraco, em que Ser é o verbo ser como verbo de ligação, isto é, o verbo que permite ligar um sujeito a um predicado (por exemplo: O homem é mortal). Distinguiu, assim, dois sentidos para o verbo ser: o sentido existencial e o sentido predicativo. Por exemplo: “O homem é” (existe) e “O homem é mortal”.
As idéias ou formas imateriais (ou essências inteligíveis), diz Platão, são seres perfeitos e, por sua perfeição, tornam-se modelos inteligíveis ou paradigmas inteligíveis perfeitos que as coisas sensíveis materiais tentam imitar imperfeitamente. O sensível é, pois, uma imitação imperfeita do inteligível: as coisas sensíveis são imagens das idéias, são não-seres tentando inutilmente imitar a perfeição dos seres inteligíveis.
O que é a essência ou a idéia do amor? O amor é o desejo da perfeição imperecível das formas belas, daquilo que permanece sempre idêntico a si mesmo, daquilo que pode ser contemplado plenamente pelo intelecto e conhecido plenamente pela inteligência. Sendo amor intelectual pelo inteligível ou pelas idéias, o amor é o desejo de saber: philo sophia, amor da sabedoria. Pelo amor, o intelecto humano participa do inteligível, toma parte no mundo das idéias ou das essências, conhecendo o ser verdadeiro.
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