TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Filosofia

Por:   •  1/6/2015  •  Seminário  •  1.255 Palavras (6 Páginas)  •  232 Visualizações

Página 1 de 6

Evolução Ereta

Mudanças hormonais modificaram radicalmente a reprodução humana, atribuindo cada vez maior importância à sexualidade no jogo das relações afetivas e reprodutivas. Provavelmente em razão do bipedalismo e da postura ereta, as crias humanas passaram a nascer mais imaturas, demandando cada vez mais cuidados por parte dos adultos, A dependência dos filhos em reação aos adultos foi se acentuando, fazendo com que as primeiras formas de parentesco se afirmassem. Conciliar a vida econômica, e as atribuições provenientes da divisão do trabalho com a criação de filhos que deviam ser alimentados passou a fazer parte do cotidiano desses bandos em que se desenvolveram nossos ancestrais.

Por outro lado, no bojo das transformações fisiológicas, a perda dos pelos nos quais se seguravam os filhos dos primatas superiores dificultou a locomoção das fêmeas, que aprendiam a carregar suas crias nos braços.

De qualquer modo, é importante perceber que a vida em bando se tornava mais complexa, exigindo cada vez mais muita criatividade e improvisação dos nossos antepassados, além de, como veremos, a capacidade de reorganizar e renomear o mundo.

Mudança de Hábitos

Para gerir tantas modificações capazes de garantir a sobrevivência aos ascendentes do Homo sapiens, eles desenvolveram uma forma muito peculiar de vida grupal - uma associação baseada nas reações consanguíneas e de parentesco, mas flexíveis a ponto de incluir reações estabelecidas com base na troca e na cooperação. Esses bandos ou hordas, que deram origem às tribos, exigiam grande dose de criatividade e altruísmo, assim como a capacidade de discernir as bases de compromisso estabelecidas com cada membro do grupo.

As relações sociais se diversificavam, afastavam-se de sua origem genética, e as regras de convivência e tolerância se tornavam mais importantes para a manutenção e reprodução do grupo. Muito tempo deve ter sido gasto na elaboração desses laços novos que se criavam no interior das hordas humanas, fazendo conviver a divisão de trabalho com as regras de exogamia e parentesco.

Esse arranjo complexo, bastante inovador, que fundia comportamentos instintivos ordenadores da reprodução sexual com formas de trabalho cooperativo, tornou-se ainda mais complicado quando, inventando a agricultura, nossos antepassados puderam fixar-se em um sítio e nele estabelecer princípios de propriedade.

Floresta, Savana...

Mudanças exigiam que o homem deixasse características típicas de sua espécie e adotasse outro tipo de sensibilidade, percepção e comportamento, o que acarretou transformações internas também drásticas em relação à aquisição de conhecimento, às formas de expressão e à comunicação com seus pares.

Essas transformações implicaram o abandono do que chamamos de "estado de natureza", no qual o homem integrava-se ao ambiente natural e agia guiado por seus instintos e pelo conhecimento genético herdado dos antepassados. Esse conhecimento e as formas de comportamento instintivo, que o faziam reagir de forma padronizada aos estímulos exteriores, foram substituídos por novas ações e atitudes que caracterizam o "estado de cultura". Esse comportamento, estabelecido por convenção, foi sendo organizado pelos grupos humanos a partir do momento que perceberam que as condições inusitadas em que se viam obrigados a viver e a interagir exigiam respostas diferentes das geneticamente condicionadas,

Clifford Geertz é um dos autores que procuram associar natureza e cultura, afirmando que as modificações que aqui descrevo só foram possíveis porque foram impulsionadas pela cultura. Segundo o autor, a cultura foi o ingrediente essencial e orientador na produção desse animal.

Evoluindo o Social

Simbolismo

Simbolismo é a capacidade mental e linguística do ser humano que lhe permite referir-se a determinado elemento da realidade objetiva, ou subjetiva, por intermédio de um signo (palavra, gesto ou grafismo) que o substitui por convenção, permitindo a reflexão sobre ele e sobre as ideias que essa experiência suscita.

Simbolismo, é também, o nome dado ao movimento artístico surgido na França, no século XIX, em reação ao realismo e ao naturalismo. Por seu intermédio, os artistas pretendiam expressar não a realidade objetiva, mas o mundo dos sonhos e das imagens místicas.

No Homem

É preciso lembrar, que essa transformação radical se dava durante processo no qual os nossos antepassados passavam a viver em grupos maiores e mais complexos, com parentes, vizinhos e rivais. As decisões, inovações e criações no estilo de vida deveriam ser compartilhadas e comunicadas aos membros desses grupos e a todos que quisessem a eles pertencer. Nesse processo, o simbolismo e a linguagem foram as ferramentas mais importantes. Foram eles que possibilitaram renomear o mundo e atribuía ao meio circundante novos significados, ideias, conceitos e conteúdos. Cada palavra, gesto ou som significava um coisa, uma ideia, um sentimento ou um valor novo que deveria ser compartilhado

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8.4 Kb)   pdf (49.8 Kb)   docx (14.7 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com