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Filosofia

Por:   •  1/10/2015  •  Projeto de pesquisa  •  734 Palavras (3 Páginas)  •  728 Visualizações

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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO

UNIDADE 2: EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA

1.CRISTIANISMO E O NOVO MODELO PEDAGÓGICO

O cristianismo opera uma profunda alteração nos paradigmas do mundo antigo, e sua influência também será sentida nos modelos educacionais devido à nova concepção de homem por ele difundida. O modelo principal da nova educação cristã moldava-se na figura do Cristo e em seus ensinamentos.

Santo Agostinho

Patrística é o nome do período em que o cristianismo incorporou a herança helênica da filosofia clássica, e Santo Agostinho foi seu principal colaborador. Em sua obra Confissões, ele afirma que o caminho ascendente a Deus era o mesmo da autoformação e que a alma devia tornar-se apta para a sua iluminação. O conhecimento adormecido deve ser despertado no discípulo através dos questionamentos do mestre (reminiscência platônica). Para Agostinho, e Platão, aprender significa recordar o que já se sabe, o que já é depositado no nosso espírito pela veracidade divina.

O mosteiro e a família

O mosteiro apresentava a forma organizada da nova educação. Ali, no isolamento, os monges buscavam a perfeição através do crescimento espiritual.

Em virtude do novo ideal de renovação espiritual, as estruturas da família sofreram mudanças e a figura do pai não se associava mais com aquele “tirano”, que dispunha da vida de seus filhos, mas com amor e misericórdia. A mulher também teve seu significado alterado e passou a ter um papel importante na criação dos filhos.

Nova mentalidade

Não devemos reduzir nossa visão do medievo a uma impressão do “escuro”, pois a Idade Média foi um período que marcou profundamente a cultura ocidental. Entretanto, não devemos nos esquecer do caráter opressivo e punitivo da igreja, que acabou por inspirar a inquisição cristã. Nesse período, todas as atividades humanas passavam pela avaliação rigorosa da igreja, e novas ideias eram demonizadas.

2. ALTA IDADE MÉDIA: EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE FEUDAL

A expansão do cristianismo levou a igreja ao poder absoluto em detrimento do Estado, e, justamente por isso, cabia a ela o papel de promover a educação. Basicamente, o ensino clerical consistia no estudo de trivium (gramática, retórica e dialética) e quadrivium (aritmética, geometria, astronomia e música), e as escolas tinham suas sedes nas catedrais.

A educação mística e educação racional

A educação medieval revelou, como ideal de formação, a Paideia cristã, que tomou inspiração na figura do Cristo. Essa ênfase à interioridade é uma herança mística cristã, introduzida na religião por Pseudo-Dionísio. Segundo sua teologia, Deus só pode ser alcançado por meio da meditação e experiência mística, dispensando qualquer tentativa de racionalidade.

Paralelamente e como contraponto à tradição mística, nasceu a visão racionalista de educação, que considerava a razão como parte fundamental da formação do homem cristão. Foi com Boécio que o modelo antigo racional entrou na Paideia cristã. Boécio retomou a tradição clássica na sua

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