Filosofia
Por: Guilherme_braz • 28/11/2015 • Trabalho acadêmico • 11.121 Palavras (45 Páginas) • 741 Visualizações
Aula 49
1-A filosofia, como termo ou conceito, é considerada pela quase totalidade dos estudiosos como criação própria do gênio dos gregos. No que se refere à filosofia encontramo-nos, ao invés, diante de um fenômeno tão novo que não só não encontra correspondência precisa junto a esses povos, mas tampouco nada tem de estreita e especificamente análogo. Dessa forma, a superioridade dos gregos em relação aos outros povos nesse ponto especifico é de caráter não puramente quantitativo, mas qualitativo, pois o que eles criaram:
C- Instituindo a filosofia, constitui novidade absoluta.
2-Antes de Alexandre, não resulta que tenham chegado à Grécia doutrinas dos hindus ou de outros povos da Ásia, como também que, na época em que surgiu a filosofia na Grécia, houvesse gregos em condições de compreender o discurso de um sacerdote egípcio ou de traduzir livros egípcios. Admitindo que algumas ideias dos filósofos gregos possam ter antecedentes precisos na sabedoria oriental, podendo assim dela derivar, isso não mudaria a substância da questão que estamos discutindo. Com efeito, a partir do momento em que nasceu na Grécia, a filosofia representou nova forma de expressão espiritual, de tal modo que, ao acolher conteúdos que eram fruto de outras formas de vida espiritual, ela os transformava estruturalmente, dando-lhes forma:
D- Rigorosamente lógica.
3-A partir de fins do século dezenove, a crítica rigorosa produziu uma série de provas verdadeiramente esmagadoras contra a tese de que a filosofia dos gregos tivesse derivado do Oriente. Na época clássica, nenhum dos filósofos ou dos historiadores gregos acena minimamente a pretensa origem oriental da filosofia. Está historicamente demonstrado que os povos orientais, com os quais os gregos tiveram contato, possuíam de fato uma forma de "sabedoria" feita de convicções religiosas, mitos teológicos e:
B- Cosmogônicos, mas não uma ciência filosófica baseada na razão pura.
4- Os estudiosos estão de acordo ao afirmar que, para poder compreender a filosofia de um povo e de uma civilização, é necessário fazer referência: a arte; a religião; as condições sociopolíticas do povo em questão. A grande arte, de modo mítico e fantástico, ou seja, mediante a intuição e a imaginação, tende a alcançar objetivos que também são próprios da filosofia. Analogamente, por meio da fé, a religião tende a alcançar:
A-Certos objetivos que a filosofia procura atingir com os conceitos e com a razão.
5- Antes do nascimento da filosofia, os poetas tinham importância extraordinária na educação e na formação espiritual do homem grego, muito mais do que tiveram entre outros povos. Os poemas homéricos apresentam algumas peculiaridades que os diferenciam de poemas que se encontram na origem da civilização de outros povos, pois já contêm algumas das características do espirito grego que:
C- Resultarão essenciais para a criação da filosofia.
Aula 50
1- O Orfismo e os Órficos derivam seu nome do poeta trácio Orfeu, seu suposto fundador, cujos traços históricos são inteiramente cobertos pela névoa do mito. O Orfismo é particularmente importante porque, como os estudiosos modernos reconheceram, introduz na civilização grega novo esquema de crenças e nova interpretação da existência humana. Efetivamente, enquanto a concepção grega tradicional, a partir de Homero, considerava o homem como mortal, pondo na morte o fim total de sua existência, o Orfismo proclama a:
D- Imortalidade da alma e concebe o homem conforme o esquema dualista que contrapõe o corpo à alma.
2- Inexistência de dogmas e de guardiões dos mesmos deixou ampla liberdade para o pensamento filosófico, que não se deparou com obstáculos que teria encontrado em países orientais, onde a livre especulação enfrentaria resistência e restrições dificilmente superáveis. Por esse motivo, os estudiosos destacam com razão essa circunstância favorável ao nascimento da filosofia que se verificou entre os gregos, a qual não tem paralelos na antiguidade. Já no século passado, mas, sobretudo em nosso século. Os estudiosos acentuaram igualmente a:
B- Liberdade politica de que os gregos se beneficiaram em relação aos povos orientais.
3- Nos séculos VII e VI a.C., a Grécia sofreu uma transformação socioeconômica considerável. Deixou de ser pais predominantemente agrícola, desenvolvendo de forma sempre crescente o artesanato e o comércio. Assim, tornou-se necessário fundar centros de distribuição comercial, que surgiram inicialmente nas colônias jônicas, particularmente em Mileto, e depois também em outros lugares. As cidades tornaram-se florescentes centros comerciais, acarretando forte crescimento demográfico. O novo segmento de comerciantes e artesãos alcançou pouco a pouco notável força econômica e se opôs à:
C- Concentração do poder politico, que estava nas mãos da nobreza fundiária.
4- O Surgimento da Vida Urbana, com predomínio do comércio e do artesanato, dando desenvolvimento a técnicas de fabricação e de troca, e diminuindo o prestígio das famílias da aristocracia proprietária de terras, por quem e para quem os mitos foram criados. Além disso, o surgimento de uma classe de comerciantes ricos, que precisava encontrar pontos de poder e de prestígio para suplantar o velho poderio da aristocracia de terras e de sangue (as linhagens constituídas pelas famílias), fez com que se procurasse o prestígio através do:
A- Patrocínio e estímulo às artes, às técnicas e aos conhecimentos, favorecendo um ambiente onde a filosofia poderia surgir.
5- A Invenção da Escrita Alfabética, que como a do calendário e a da moeda, revela o crescimento da capacidade de abstração e de generalização, uma vez que a escrita alfabética ou fonética, diferentemente de outras escritas — como, por exemplo, os hieróglifos dos egípcios ou os ideogramas dos chineses — supõe que não se represente uma imagem da coisa que está sendo dita, mas a ideia dela, o que dela se pensa e se transcreve. E a Invenção da Política, que introduz três aspectos novos e decisivos para o nascimento da filosofia: A ideia da lei como expressão da vontade de uma coletividade humana, o surgimento de um espaço público e por fim a:
C- A cidade política.
Aula 51
1- Os chamados “filósofos pré-socráticos” são os primeiros filósofos que viveram antes de Sócrates, e alguns foram contemporâneos deste. Sócrates é considerado um:
D- Marco por sua influencia e por introduzir as questões humanas e sociais na discussão filosófica.
2- O pensamento de Sócrates deve ser entendido dentro do contexto histórico e sociopolítico de sua época, pois tem um compromisso bastante direto e explicito com essa realidade. A sociedade grega está estabilizada, com a consolidação de várias cidades-estados. Surgem os chamados sofistas, que foram contemporâneos de Sócrates e compartilharam assim da mesma realidade histórica e, apesar das visões diferentes, tiveram o mesmo interesse pela:
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