Filosofia da Educação
Por: fabru • 28/5/2016 • Trabalho acadêmico • 7.574 Palavras (31 Páginas) • 250 Visualizações
[pic 2] | FACULDADE INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ ATIVIDADES E ORIENTAÇÕES PARA O DOSSIÊ Curso de Pedagogia |
MÓDULO:
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO – 80h
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O objetivo do dossiê é auxiliar o estudante na dinâmica de estudo e aprofundamento do conteúdo. Portanto, sugerimos que reflitam profundamente sobre as questões propostas, respondendo-as com zelo e autonomia, ou seja, redigindo as respostas com as próprias palavras. A cópia de trechos da apostila ou de outras fontes pesquisadas é plágio (crime previsto no Código Penal Brasileiro, artigo 184, que trata dos delitos contra a propriedade intelectual). Ao constatar tais irregularidades, o professor atribuirá nota zero ao aluno infrator. Em caso de dúvida, entre em contato com o professor (Moodle, e-mail, telefone) ou compareça às tutorias presenciais. Organize-se!
UNIDADE 1
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
☞ Questões obrigatórias para o dossiê
- O que é filosofia e como ela pode ser utilizada no contexto escolar?
É o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem. Ao abordar esses problemas, a filosofia se distingue da mitologia e da religião por sua ênfase em argumentos racionais; por outro lado, diferencia-se das pesquisas científicas por geralmente não recorrer a procedimentos empíricos em suas investigações. Entre seus métodos, estão a argumentação lógica, a análise conceptual, as experiências de pensamento e outros métodos a priori. A Filosofia é o saber mais abrangente. A partir dela, são fundamentados e desenvolvidos os projetos educacionais e as pesquisas, bem como embasa-se, inclusive, a consultoria a instituições científicas, artísticas e culturais. Hoje a busca é por um novo ensino que assuma o fracasso escolar e a falta de qualidade, que defenda e ajude a construir um sistema de ensino público capaz de revelar a inteligência e os talentos das crianças, nunca descobertos e incentivados na escola, assim neste contexto entra a Filosofia nas escolas. A Filosofia requer que estejamos abertos ao novo procurando demarcar espaços que têm especial relevância para da Educação. Ficamos então desafiados: como ensinar Filosofia nas escolas! Mais do que isso: como ensinar de maneira significativa Filosofia para jovens e crianças em nossos dias. Buscar um ensino filosófico, condizente com a idade, dentro das experiências de cada um, aberto ao questionamento, a angustia, e ao novo . Oferecer um amplo panorama, com abordagens sobre a história do ensino da Filosofia, que interrogam os sentidos e as práticas. Para isto temos que organizar um ensino de Filosofia que passe pela etapa da sensibilização e da problematização. Mas, para que o estudante possa fazer parte desta experiência, o professor precisa de ferramentas para mediar esse processo. O professor tem que colocar em prática o sentido crítico e investigador da Filosofia, instigando os alunos a produzirem questões a partir do tema abordado. Quanto mais intensa e múltipla for essa problematização, mais elementos a classe e cada estudante terão para produzir sua própria experiência de pensamento. A história da Filosofia e os filósofos, tomados como ferramentas para compreender melhor aquele tema e o problema que está sendo investigado, ganham um sentido e um significado especial, não sendo apenas mais um conteúdo a ser decorado pelos estudantes. De qualquer forma, os conteúdos devem ser apresentados de forma temática, numa tentativa de torná-los mais próximos da realidade vivida pelos alunos.
- Explique o exercício filosófico de Luckesi (mínimo de 10 linhas).
Para iniciar o exercício de filosofar, a primeira coisa a fazer é admitir que vivemos e vivenciamos valores e que é precisosaber quais são eles, inventariando valores que explicam e orientam a nossa vida, e a vida da sociedade, e quedimensionam as finalidades da prática humana.Feito esse inventário, passa-se para um segundo momento – momento da crítica.E então, o terceiro momento: aconstrução crítica dos valores.Resumindo: inventariar, criticá-los e reconstruí-los.
- Em que consiste o método socrático, pautado na ironia, na refutação e na maiêutica?
Sócrates criou um método que muitos confundem ainda hoje apenas com uma figura de linguagem. A ironia socrática era, antes de tudo, o método de perguntar sobre uma coisa em discussão, de delimitar um conceito e, contradizendo-o, refutá-lo. O verbo que originou a palavra (eirein) significa mesmo perguntar. Logo, não era para constranger o seu interlocutor, mas antes para purificar seu pensamento, desfazendo ilusões. Não tinha o intuito de ridicularizar, mas de fazer irromper da aporia (isto é, do impasse sobre o conceito de alguma coisa) o entendimento.
Porém, sair do estado aporético exigia que o interlocutor abandonasse os seus pré-conceitos e a relatividade das opiniões alheias que coordenavam um modo de ver e agir e passasse a pensar, a refletir por si mesmo. Esse exercício era o que ficou conhecido como maiêutica, que significa a arte de parturejar. Como sua mãe, que era parteira, Sócrates julgava ser destinado a não produzir um conhecimento, mas a parturejar as ideias provindas dos seus interlocutores, julgando de seu valor (a parteira grega era uma mulher que não podia procriar, era estéril, e por isso, dava a luz aos corpos de outra fonte, avaliando se eram belos ou não). Significa que ele, Sócrates, não tinha saber algum, apenas sabia perguntar mostrando as contradições de seus interlocutores, levando-os a produzirem um juízo segundo uma reflexão e não mais a tradição, os costumes, as opiniões alheias, etc. E quando o juízo era exprimido, cabia a Sócrates somente verificar se era um belo discurso ou se se tratava de uma ideia que deveria ser abortada (discurso falso, errôneo).
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