Filosofia da educação
Por: Débora Nava • 3/9/2017 • Resenha • 1.583 Palavras (7 Páginas) • 218 Visualizações
Escola de Educação Básica Nossa Senhora da Salete.
Professora: Janimara Rocha.
Disciplina: Filosofia da Educação.
Aluna: Débora Nava.
Série: 302-Magistério.
Data: 12/04/2016.
ASPECTOS HISTÓRICOS DA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO COMO DISCIPLINA ACADÊMICA E CAMPO DE INVSTIGAÇÃO
A filosofia da educação tem sido um alvo de discussão para pesquisadores, autores e entre outros profissionais desta área, com a tentativa de consolidar a filosofia da educação como um campo de saber legitimado pela teoria e a pratica.
Neste estudo pretendemos construir uma base de conhecimentos que contribuam significativamente com os estudos da filosofia. Dentre tanto também abordaremos um pouco sobre a história da filosofia.
A relação entre a Educação e Filosofia está ligada ao ensino da filosofia da educação, que a constituição e consolidação do campo filosófico-educacional são registradas historicamente, entre temas educacionais e pensamentos filosóficos.
Entre os séculos XVIII até o século XX, os conteúdos em âmbito internacional eram como se fosse trabalhado os manuais da historia da pedagogia. Neste período, não era utilizado o terno “Filosofia da Educação”, mas sim como Filosofia, Pedagogia Geral, Princípios da Educação, entre muitos outros nomes que eram utilizados.
A filosofia foi perdendo a sua força com os seus conceitos, desta forma os pensamentos científicos começaram a ganhar força. Assim trazendo outras demandas de ensino para o âmbito acadêmico. A filosofia é uma disciplina pré-científica, constituída por diversas ideias, cujo seu objeto de estudo seria os universais.
Na Lei dos Três Estados, Comte defende a ideia evolucionista, que é classificada em três classes distintas: a teológica, a metafisica e a positiva. No estado teológico, predomina a relação de crenças e superstições. No estado metafisico, as explicações anteriores cedem lugar para elucidações. Já o estado positivo, é considerado como o desenvolvimento intelectual do ser humano (Comte, 1983).
A filosofia da educação foi meramente prejudicada, pelo simples fato de que o que não se encaixava na ciência era totalmente destinado para a filosofia da educação.
Para Durkheim, a filosofia educacional não deveria ter como finalidade da educação em razão de seu caráter gativista e utópico, por esse modo, deveria se dedicar a sociologia e da psicologia, pois elas eram consideradas as disciplinas com melhor preparação para a formação de um professor.
Durkheim tem a como referencia a ciência da educação dos saberes positivos, preparados para a pratica educativa, mas não a filosofia, ela por si é considerada um saber negativo que ainda necessita se encontrar, por não estar apto para ser trabalhado, deste modo com o passar do tempo ela passou a ser uma disciplina erudita.
Os termos educação e pedagogia devem ser diferencias pela visão de Durkheim, como a educação deve se referir as ações e a pedagogia às teorias.
Assim a historia da educação passou a ser orientada por novas concepções, concorrendo o distanciamento do campo histórico da educação e o campo filosófico da educação.
Já no Brasil os conteúdos retomam desde o inicio da natureza, que é estudada na Pedagogia Geral. E vale ressaltar que a inclusão da filosofia da educação se tornou importante nas universidades pelo fato de ser um auxilio na formação dos professores.
Anísio Teixeira queria trazer as ideias de John Dewey para se trabalhada nas universidades brasileiras, que suas ideias eram reformistas. Dewey propôs a reaproximação da filosofia e a educação. Anísio Teixeira dizia que era possível abordar os temas da sociedade e serem trabalhados no campo educacional e cultural.
Para São Tomaz de Aquino a dois fatores que foram decisivos para a disciplina de filosofia da educação. O primeiro foi que a filosofia da educação cristã vinculou os valores morais, tradicionais e os costumes. Já em segundo, as suas ideias foram disseminadas maciçamente em períodos educacionais da época e em manuais de filosofia da educação.
Para os autores católicos como Leonardo Van Acker, Maria Izabel Pitombo e Dom Geraldo de Proença Sigaud, apenas serviria para não definir os fins e valores da educação em sociedade, mas os defini-los para as ideias cristãs, cuja essas orientações estavam referidas em manuais de ensino da filosofia da educação.
Muito antes da filosofia da educação ser instaurada no Brasil, no período colonial já havia sido marcada dogmatismo, pelo autoritarismo e ideologização do molde escolástico. Assim, a filosofia não foi caracterizada pelos estímulos de pensamento critico e questionador, mas pelo pensamento subserviente que se limita a legitimar e referendar as posições impostas pelo poder vigente (SEVERINO, 2000).
As propostas curriculares da disciplina de filosofia da educação eram baseadas nas orientações tomistas, onde criou uma identidade ao filosófico-teológica para a filosofia da educação. Nas universidades católicas não se tinha essa concepção, mas nas demais universidades públicas havia essa forma de se trabalhar.
Em virtude do surgimento da filosofia da educação foram criadas as primeiras pós-graduações em educação, e nelas eram trabalhadas determinados assuntos de sua especialização, mas com condições curriculares para investigação da filosofia da educação.
Saviani produziu dois estudos que eram relevantes à pesquisa de filosofia da educação. O primeiro estudo defende uma concepção de filosofia da educação que, foi bastante propaganda, de um tipo de principio norteado aos estudiosos e professores desta área. A tarefa da educação não seria apenas reflexiva e critica na pratica educacional.
Já o segundo estudo elabora uma classificação de principais tendências e correntes da educação brasileira, dentre a sua pesquisa ele distingue quatro correntes ou tendências filosófico-educacional predominante na historia da educação brasileira que eram a humanista tradicional, a humanista moderna, a analítica e a dialética.
O caráter processual da filosofia da educação remota à sua conceituação como uma reflexão radical, rigorosa e de conjunto sobre os problemas suscitados na realidade educacional brasileira. A filosofia da educação não pode ser considerada isoladamente, pois seus dois significados estão intimamente relacionados e apenas a tendência dialética proporciona harmonia de ambos (SAVIANI, 2002a).
Não é possível conceituar a filosofia da educação ou delimitar a sua pratica a partir de apenas uma vertente filosófica. Na filosofia da educação do Brasil, o pensamento sistemático sobre a educação este sempre vinculado a pressupostos teóricos emprestados de paradigmas filosóficos universais (SEVERINO, 2000).
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