Filosofia política por Platão
Por: ivananselmo7 • 22/3/2016 • Trabalho acadêmico • 1.707 Palavras (7 Páginas) • 381 Visualizações
Introdução
No presente trabalho abordaremos a questão da Filosofia Política na antiguidade especificamente na perspectiva de Platão, pois, esta questão foi discutida pelo filosofo Aristóteles, sendo que nos ocuparemos pelo filósofo Platão.
Para a abordagem deste tema pelas ideias do filosofo Platão, recorremos à diversas obras e após analisarmos a informação contida nas mesmas, retiramos os aspectos relevantes delas, e que são estes que estão patentes no trabalho.
Apenas para uma breve apresentação, destacar que Platão era um indivíduo ateniense, provinha de uma família aristocrática, sendo que pertenceu a escola Jônica; este filósofo era fanático pela política.
Nas obras dele destacamos A Republica e O Político e as Leis, em que efectivamente são descrevidos os ideais dele sobre a política.
Platão aborda 4 perspectivas da política, respectivamente:
Origem do estado
Comunismo/idealismo
Classes sociais
Formas de governo
Estes temas e várias ideias de Platão sobre aquilo que deveria ser a Política efectivamente, serão apresentadas no presente trabalho.
Filosofia Política, segundo os pensamentos de Platão
O Platão é um filósofo que pertence à época da antiguidade que colocou ideias sobre a política através da manifestação filosófica no âmbito da filosofia política. O pensamento filosófico de Platão relativamente à política, está contido com relevância nas obras dele: a Republica e a outra designada o Político e as Leis.
A República, é uma utopia, significativamente a nenhum lugar, sendo que Platão imaginava uma cidade “inexistente”, que deve ser o padrão de todas as cidades terrenas, sendo a “cidade ideal”. Platão discordava com as ideias que diziam que a política era dados absolutos e inquestionáveis, portanto sem crítica; por consequente, concordava com a filosofia política que a conceituava como sendo um exercício da liberdade.
Segundo Platão, a política deveria ser feita filosoficamente, porque esta era a via segura de acesso aos valores de justiça e de bem. Definia a Republica como precisamente a coincidência da verdadeira Filosofia com a verdadeira Política, apenas na condição de o político se tornar filósofo, ou filósofo político. Portanto claramente para Platão, o bom governo politicamente era aquele que tem finalidade o bem do homem na sua plenitude.
Para além das suas grandiosas ideias para Republica, o Platão sustentava a ideia da origem do Estado estar no facto dos homens não se absterem a si mesmo. “Ninguém pode ocupar ao mesmo tempo diversas profissões (um homem professor, arquiteto advogado, medico, contabilista), daí a necessidade de cada um associar-se aos outros, cada um com tarefas sociais especificas”.
Portanto Platão possuía várias ideias mas os aspectos fundamentais do pensamento político de Platão podem ser sintetizadas em duas questões fundamentais:
Um projecto de organização de uma sociedade perfeita
A formulação de uma tipologia de formas de governo
Um Projecto De Organização De Uma Sociedade Perfeita
O projecto de Platão para a construção de uma sociedade prefeita foi apresentado em A República. Tem na sua base uma concepção particular da justiça, baseada no interesse geral e não no interesse individual. Este filósofo formulou ideias de como a política deveria ser executada, partindo do idealismo até às classes sociais.
Comunismo/idealismo
Em A Republica, Platão imagina que todas as crianças devem ser criadas pelo Estado e que até aos vinte anos todos devem receber a mesma educação. Nessa fase, ocorre o primeiro rompimento e definem-se as pessoas, que por possuírem «alma de bronze», têm uma sensibilidade grosseira e por isso devem dedicar-se a trabalhos rurais como a agricultura, o artesanato e a pesca, sendo que os outros que prosseguem os estudos durante mais 10 anos, acontece o segundo rompimento, em que nesta fase constituem-se os que possuem «alma de prata» os que se dedicarão à proteção da cidade. Os mais notáveis, por terem «alma de ouro», serão instruídos na arte de pensar a dois (dialogar), sendo que estes conhecerão, então, a filosofia, que leva a alma até ao conhecimento mais puro e que é a fonte da verdade.
Na idade dos 50 anos, os que passaram com sucesso por essa série de provas, estarão aptos a ser admitidos no corpo supremo dos magistrados. Caberá a estes, o exercício do poder, pois apenas eles tem a ciência da política, e como sendo os mais sábios, também serão os mais justos, pois apenas eles tem a ciência da política e, portanto, caberá a eles o exercício do poder. “A justiça constitui a principal virtude, a condição das outras virtudes”.
Classes sociais
Como já havíamos destacado anteriormente, os citadinos segundo Platão estariam deste modo divididos em 3 grupos sociais seguindo a concepção das suas «almas-metal», ou seja, o comunismo, segurando-se sobre ele a ideia de que os homens são diferentes e que, portanto, deverão ocupar diferentes lugares e relativamente diferentes funções político-social mantendo desta forma a cidade equilibrada e coesa.
Assim sendo, teríamos: os magistrados (governantes), os guardas (militares) e os trabalhadores (camponeses, artesãos e comerciantes).
Podemos observar no quadro seguinte, as classes sociais segundo Platão:
Classe
Características
Os Magistrados ou Governantes
Os citadinos desta classe devem amar mais a pátria em relação a todas as restantes classes; conhecer e comtemplar o bem neles.
Predomina neles a alma nacional e a sua virtude especifica é a sabedoria.
Os Guardas ou Militares
Domínio da força de alma composta por homens que à semelhança dos cães de raça, dotados de mansidão e ferocidade, tem com virtude a força e a coragem. Deve impedir que a classe baixa produza mais riquezas e garantir que esta tenha vida mínima e decente.
Trabalhadores
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