Freud- Além da Alma
Por: Bethania Araujo • 25/2/2019 • Resenha • 660 Palavras (3 Páginas) • 123 Visualizações
Freud Além da alma é um longa-metragem em preto e branco sob direção de John Huston nos EUA, que nos conta em uma biografia dramática a vida e descobertas de Sigmund Freud (1856-1939) neurologista e importante psicólogo austríaco, que influiu sobre a Psicologia Social contemporânea.
Com seus mais de 40 livros publicados, Freud não ficou tão famoso em suas primeiras obras. Apenas anos mais tarde em 1909 teve seu sucesso iniciado quando suas ideias começaram a ser aceitas no meio acadêmico, sendo então convidado a dar palestras nos EUA. Nos dias atuais seus livros ainda fazem sucesso e suas ideias ainda são estudadas pelos amantes de sua teoria.
Freud foi indicado para o prêmio Nobel de Medicina 12 vezes entre os anos de 1915-1938 e suas ideias foram implantadas em vários países, abrindo uma nova era na medicina, onde começou-se a buscar uma solução para o enigma da loucura humana. Em 1939 em Londres, Freud faleceu.
O longa-metragem Freud -Além da Alma se enquadra na escola literária modernista. Esta cinebiografia se concentra nos cinco anos iniciais da carreira de Sigmund Freud, a partir de 1885, quando entra em contato com os primeiros casos de histeria e, ao contrário do que diziam seus colegas da época, ele passa a investigar as causas deste mal através de questionamentos psicológicos, e não físicos. A ida para França, o casamento e a formulação das primeiras teorias a respeito do Complexo de Édipo e da influência da sexualidade no histórico mental de uma pessoa são questões que o filme aborda, tendo como ponto de partida a relação especial que o doutor desenvolve com uma de suas pacientes, vítima de profundos transtornos. E a partir daí, começa a demonstrar o funcionamento de outra parte da mente, chamada de inconsciente.
Há quem diga, que o filme não ajuda a compreender de forma total as teorias de Freud, devido o condensamento dos fatos e do período em que tudo ocorreu, mas, seguindo a linha de que é uma obra ficcional, e não um documentário, não se pode negar o mérito da obra, pois o autor conseguiu tornar o filme menos cansativo e menos didático.
Há quem diga também que o filme conta com uma abordagem onírica e uma linguagem repleta de metáforas mas, que cinematograficamente, é edificante, pois a direção conseguiu nos guiar por uma história pouco palatável e sem o estilo popular de outras produções do cineasta. No quesito didático, é bastante utilizado em cursos de Psicologia e afins, mas, que se depender das ultimas gerações fast- food a narrativa pode encontrar alguns obstáculos para ser aceita e compreendida.
Prefiro ver a obra como uma forma que o diretor encontrou de mostrar como Freud foi um homem dedicado em sua área, nos revelando não apenas a vida pessoal do protagonista mas também a respeito das maiores descobertas e teorias, que até hoje repercutem no meio medico e psicologico, e que conseguiu mudar os conceitos do seu tempo criando a psicanálise.
O filme é uma obra muito importante, porque é possível assisti-la depois de décadas, e ver como seu trabalho e dedicação influenciou outras pessoas importantes que continuaram os estudos se baseando nas descobertas de Freud, como Gregory Bateson, Jay Haley, Virginia Satir, que teve papel fundamental dentro do que Bert Hellinger mais tarde sistematizou como “Constelações
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