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HERÁCLITO X PARMÊNIDES SOBRE A IMULTABILIDADE DO SER

Trabalho Escolar: HERÁCLITO X PARMÊNIDES SOBRE A IMULTABILIDADE DO SER. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  22/10/2013  •  792 Palavras (4 Páginas)  •  6.891 Visualizações

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DIVERGÊNCIA ENTRE HERÁCLITO E PARMÊNIDES QUANTO AO PROBLEMA DA IMUTABILIDADE DO SER

A questão da mutabilidade e da imutabilidade dos seres vem sendo questionada desde os primórdios da filosofia grega. Parmênides e Heráclito já teciam reflexões profundas sobre o tema, sendo o mesmo também alvo da reflexão dos socráticos Platão e Aristóteles.

Afinal, os seres são mutáveis ou imutáveis? O que é algo, em sua essência? Os seres mudam ou apenas sua aparência é modificada? Estas questões ainda permeiam debates atualmente e necessário se faz seu entendimento e disseminação

Parmênides de Eléia foi o primeiro filósofo a afirmar que o mundo percebido por nós é ilusório e sobre o qual formulamos nossas opiniões (doxas). Essa é a Via da Verdade (aletheia) na qual o Ser é, ou seja, é sempre idêntico a si mesmo, imutável, eterno, sendo apenas visível para nossos pensamentos. Já o não-ser é a aparência, visível aos sentidos.

Os argumentos da Escola Eleata eram rigorosos. Diziam: Admitamos que o Ser não seja uno, mas múltiplo. Nesse caso, cada ser é ele mesmo e não é os outros seres; portanto, cada ser é e não é ao mesmo tempo, o que é impensável ou absurdo. O Ser é uno e não pode ser múltiplo; Admitamos que o Ser não seja eterno, mas teve um começo e terá um fim. Antes dele, o que havia? Outro Ser? Não, pois o Ser é uno. O Não-Ser? Não, pois o Não-Ser é o nada. Portanto, o Ser não pode ter tido um começo. Terá um fim? Se tiver, que virá depois dele? Outro Ser? Não, pois o Ser é uno. O Não-Ser? Não, pois o Não-Ser é o nada. Portanto, o Ser não pode acabar. Sem começo e sem fim, o Ser é eterno; Admitamos que o Ser não seja imutável, mas mutável. No que o Ser mudaria? Noutro Ser? Não, pois o Ser é uno. No Não-Ser? Não, pois o Não-Ser é o nada. Portanto, se o Ser mudasse, tornar-se-ia Não-Ser e desapareceria. O Ser é imutável e o devir é uma ilusão de nossos sentidos.

O que Parmênides afirmava era a diferença entre pensar e perceber. Percebemos a Natureza na multiplicidade e na mutabilidade das coisas que se transformam umas nas outras e se tornam contrárias a si mesmas. Mas pensamos o Ser, isto é, a imutabilidade e a eternidade daquilo que é em si mesmo. Perceber é ver aparências.

Pensar é contemplar a realidade como idêntica a si mesma. Pensar é contemplar, o Ser Multiplicidade, mudança, nascimento e perecimento são aparências, ilusões dos sentidos. Ao abandoná-las, a Filosofia passou da cosmologia à ontologia.

Para Heráclito, filósofo pré-socrático, afirmava que tudo está em constante movimento, em constante devir, sendo este o resultado do conflito dos opostos. O mundo vive em constante movimento. Escreveu “Sobre a Natureza”, obra na qual trata sobre a Verdade e a Opinião.

Afirma que toda mutação é ilusória, "O ser é tão pouco como o não-ser; o devir é e também não é". Seu pensamento é oposto ao de Parmênides. Em [EC] encontramos uma boa síntese e influência de Heráclito no pensamento ocidental contemporâneo: Se Anaxímandro explica as coisas a partir de sua transformação e de seu movimento; se ele se utiliza do conceito de apeiron como o movimento eterno, ilimitado, reservatório de forças e formas, Heráclito ampliará essa proposição a partir do conflito, da eterna mutabilidade e da “superação”

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