Ilustre Artista

Ilustre Artista – Jean Baptiste Debret

Uma das coisas mais belas da humanidade é a capacidade de expressar sentimentos e contar histórias. A representação da arte e da pintura antiga, por exemplo, deixaram espólio de cultura de povos diferentes e permitiram que estudiosos pudessem identificar características de um povo e suas crenças.

O pintor, desenhista e professor, francês Jean-Baptiste Debret, nasceu em (18 de Abril de 1768) morou em terras brasileiras durante 15 anos, (1816-1831) e durante o período que esteve por aqui construiu uma profunda relação pessoal e emocional com as nossas terras brasileiras e foi um dos fundadores da Academia Imperial de Belas Artes, onde lecionou pintura para se manter. Faleceu em 28 de junho de 1848.

Debret ao chegar ao Brasil, se impressionou com a beleza da natureza, pois possuía uma riqueza histórica, principalmente relacionada a uma nação em formação. Na academia de Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro, onde ensinou à pintura, uma de suas obras serviu como base para definir as cores e formas geométricas, da atual bandeira republicana, adotada em novembro de 1889.

Bandeira Republicana desenhada por Debret

A obra não é considerada tão importante apenas por aspectos artísticos, mas justamente pela combinação de interesses em retratar o dia a dia, dos portugueses que já moravam no Brasil e dos que já estavam vindos em busca de uma nova vida, do cotidiano dos escravos, e das particularidades da cultura indígena. A preocupação em definir etnia e caracteres, suas diferenças e similaridades entre as várias nações, deixa de ser central.

Debret com suas ferramentas e habilidades desenhou pessoas importantes da burguesia como: Dom João VI no seu trono, com suas vestes reais, Carlota Joaquina a qual gostava muito de se apresentar. Relatou as histórias dos escravos nas telas trabalhando em condições sub-humanas, sua moradia sem condições básica de sobrevivência, sendo castigadas nos troncos e acorrentadas, suas alegrias no momento de suas dança folclores, suas diferenças entre eles como sua pintura corporal cortes de cabelos e seus adornos. Em relação aos índios relatou também a resistência ao trabalho escravo e ao cativeiro que eram protegidos pelos padres jesuítas.