Justiça em Aristótoles
Por: Alexandre Junior • 27/8/2017 • Ensaio • 5.649 Palavras (23 Páginas) • 195 Visualizações
JUSTIÇA EM ARISTÓTELES
Acadêmico: Alvaro Alexandre Junior.
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
Filosofia (FIL – 5611) – Ética I
01/07/13
- 1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho pretendo identificar a concepção da Justiça em Aristóteles, apresentada na obra Ética a Nicômaco. O livro V da obra do filósofo é dedicado inteiramente a concepção de justiça, a justiça como a excelência moral, como sendo a maior das virtudes.
Partindo do conceito de que a justiça seria a virtude perfeita, a injustiça pro outro lado seria o seu vício. Será analisado o justo e o injusto, nessa concepção, na forma particular e universal.
Será abordado os conceitos e as subdivisões que Aristóteles dá ao tema aqui trabalhado, vinculada a virtude, na caracterização do próprio filósofo como “disposição de caráter, concretizada pelo exercício e pelo hábito de boas ações conforme o que é o justo e correto.
Analisarei as espécies de justiça, que visam melhorar a sobrevivência e modo de vida das pessoas em sua pólis. Iniciarei caracterizando o conceito de justiça como virtude, e a justiça de modo geral.
A partir da explicação sobre justiça no âmbito geral, será descrita as divisões e subdivisões que Aristóteles da ao tema, a distributiva, a corretiva voluntária e involuntariamente, diferenciarei o que caracteriza justiça particular e universal, oferecendo exemplos que demonstrem suas diferenças.
A reciprocidade será pontuada neste trabalho rapidamente, como o autor a descreve e sua principal característica, após dissertar sobre o tema anterior, concluirei falando da justiça política, do papel do juiz na mediação e aplicação das leis, em como se deve governar sem tornar-se um tirano como Aristóteles descreve na Ética a Nicômaco livro V.
- 2 JUSTIÇA COMO VIRTUDE GERAL
No livro V da Ética a Nicômaco, o filósofo Aristóteles estuda e expõe os conceitos de justiça, partindo do senso comum, é necessário percorrer todos os conceitos básicos sobre a justiça, estudá-los e analisá-los afundo. Fica claro que logo no início da obra, Aristóteles caracteriza a justiça como uma virtude inteira, logo, a maior das virtudes. No começo do livro, Aristóteles nos mostra que a justiça é uma “disposição de caráter”:
Vemos que todos os homens entendem por justiça aquela disposição de caráter que torna as pessoas propensas a fazer o que é justo, que as faz agir justamente e desejar o que é justo; e do mesmo modo, por injustiça se entende a disposição que as leva a agir injustamente e a desejar o que é injusto[1]1
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