Karl Marx
Por: Camila Amorim • 18/11/2015 • Trabalho acadêmico • 2.073 Palavras (9 Páginas) • 441 Visualizações
Karl Marx
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Karl Heinrich Marx foi um filósofo, cientista político, e socialista revolucionário muito influente em sua época, até os dias atuais. É muito conhecido por seus estudos sobre as causas sociais.
Marxista toda sua filosofia está relacionada a Praxis, que tudo na vida tenha teoria, mas além da teoria também tenha pratica.
Teoria – Pratica = Idealismo
Aquele que só filosofa sobre o mundo e não busca transforma-lo não pensa em colocar a sua ideia em pratica é um idealista.
Pratica – Teoria = Ativismo
Se você quer mudar o mundo mas não reflete sobre ele, você é ativista, pois apesar de você boas intenções a sua falta de consciência da sociedade pode trazer consequências negativas de suas ações.
De acordo com Marx nenhum dos dois serviria. O melhor seria a junção dos dois e a efetivação da Praxis = Teoria + Pratica.
Ideologia – Conjunto de Ideiais(Segundo alguns pesquisadores) Para Marx seria uma “falsa consciência”.
“As ideias não valem nada se não pô-las em pratica.”
A ideologia é a manifestação mais evidente de um divorcio calculado ou consentido entre as palavras e coisas. Ela se libera da realidade ao pôr em cena uma ordem fantasmagórica. (Uma separação o mundo como ele é e como agente pensa.)
Exemplo:
Hoje você está desempregado, algumas pessoas vao falar que você está desempregado unicamente por não ter se esforçado o suficiente, pode até ser. Mas se você pensar historicamente você verá que os grandes momentos de desemprego não é por motivos individuais, mas por uma crise econômica, uma mudança e etc. Se você acha que foi mandado embora por sua causa, isso é uma ideologia.
KARL MARX Trataremos então, de explanar sobre o pensamento sociológico de Karl Marx. De acordo com as idéias expressadas nas suas principais obras - Manifesto do partido comunista, A luta de classes em França e O Capital, fica claro que seus trabalhos giram em torno de estudar, compreender e explicar o Capitalismo como sendo um fruto da sociedade moderna. Portanto, não se pode falar do pensamento sociológico de Marx sem falar do Capitalismo, pois um dos fatores que caracteriza esse sistema é a produção e, para Marx, o estudo do modo 5 de produção é fundamental para se saber como se organiza e funciona uma determinada sociedade. 2.1 MODO DE PRODUÇÃO COMO FENÔMENO SOCIAL Para Marx, as relações de produção são consideradas as mais importantes e consistentes relações sociais. Os valores sociais e culturais, os modelos de família, as leis, a religião, as idéias políticas são aspectos cuja explicação está no colapso de diferentes modos de produção. Marx parte do princípio de que a estrutura de uma sociedade qualquer reflete a forma como os homens organizam a produção social de bens, que engloba dois fatores básicos: as forças produtivas e as relações de produção. As forças produtivas constituem as condições materiais de toda a produção. As relações de produção são as formas pelas quais os homens se organizam para executar a atividade produtiva. Essas relações se referem às diversas maneiras pelas quais são apropriados e distribuídos os elementos envolvidos no processo de trabalho: os trabalhadores, as matérias primas, os instrumentos e as técnicas de trabalho e o produto final. Assim, as relações de produção podem ser: cooperativistas (como num mutirão), escravistas (como na antiguidade), servis (como na Europa feudal), capitalista (como na indústria moderna). Para Marx, a produção é a raiz, a base de toda estrutura social. Diferentemente dos demais pensadores citados anteriormente, Marx considerava que as condições materiais determinam as relações dos indivíduos na vida em sociedade conforme ensina Tomazi: Marx considerava que não se pode pensar a relação indivíduosociedade separadamente das condições materiais em que essas relações se apóiam. Para ele, as condições materiais de toda a sociedade condicionam as demais relações sociais. Em outras palavras, para viver, os homens tem de, inicialmente, transformar a natureza, ou seja, comer, construir abrigos, fabricar utensílios, etc., sem o que não poderiam existir como seres vivos. Por isso, o estudo de qualquer sociedade deveria 6 partir justamente das relações sociais que os homens estabelecem entre si para utilizar os meios de produção e transformar a natureza. (Tomazi: 2000, P.) Neste sentido, podemos entender que a sociedade para Marx, é impreterivelmente condicionada pelas relações sociais de produção. 2.2 CONCEITOS DESENVOLVIDOS POR MARX A trajetória de Marx é marcada pelo desenvolvimento de conceitos importantes, sendo os mais expressivos: classes sociais, alienação, mais valia e modo de produção. Esses conceitos, para Marx, seriam os fatores fundamentais para melhor explicar o processo de socialização. Vamos examiná-los a seguir. 2.2.1 CLASSES SOCIAIS Marx em seu pensamento sociológico nos transmite uma mensagem de que as relações sociais entre os homens se dão por meio das relações de oposição, antagonismo e exploração, sendo esta o principal mecanismo de sustentação do capitalismo. Opondo-se às idéias liberalistas, que consideravam os homens, por natureza, iguais política e juridicamente, Marx negava a existência de tal igualdade natural. Ao contrário dos liberalistas que consideravam os homens livres das desigualdades estabelecidas pela sociedade, Marx dizia que numa sociedade onde predomina o capitalismo as relações de produção inevitavelmente provocam as desigualdades sociais, sendo que essas desigualdades são a base da formação das classes sociais. Marx (ANO) foi o primeiro autor a empregar o termo “classes sociais” e, segundo ele: A história de todas as sociedades que existiram até hoje tem sido a história das lutas de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora aberta, ora disfarçada: uma guerra que sempre terminou ou por uma transformação revolucionária de toda a sociedade, ou pela destruição das duas classes em luta. (MARX: ANO, P.) 7 A divisão da sociedade em classes sociais pode ser explicada, segundo Marx, através da “forma como os indivíduos se inserem no conjunto de relações, tanto no plano econômico como no sociopolítico”. 2.2.2 ALIENAÇÃO Marx desenvolveu o conceito de alienação mostrando que o processo de industrialização, a propriedade privada e o assalariamento separam os trabalhadores dos meios de produção, ou seja, os trabalhadores, juntamente com as ferramentas, a matéria prima, a terra e as máquinas tornaram propriedade privada do sistema capitalista. Além da alienação econômica, o homem sofre também a alienação política, pois o princípio da representatividade, que é a base do liberalismo, criou a idéia de Estado como um órgão político imparcial, responsável por representar toda sociedade e dirigi-la por meio do poder delegado pelos indivíduos dessa sociedade. Marx mostrou, entretanto, que o Estado acaba representando apenas a classe dominante, ou seja, o Estado seria apenas um instrumento de garantia e de sustentação da supremacia da classe detentora dos meios de produção e só age conforme o interesse desta. As classes dominantes economicamente encontravam meios para conquistar o aparato oficial do Estado e, através dele, legitimar seus interesses sob a forma de leis e planos econômicos e políticos. 2.2.3 MAIS-VALIA Outro conceito bastante expressivo desenvolvido por Marx foi a mais-valia, que seria o valor que o capitalista vende a mercadoria menos o valor gasto para produzi-la. Para melhor explicar, suponhamos que um operário tenha uma jornada diária de nove horas e confeccione um determinado item em três horas. Nestas três horas, ele cria uma quantidade de valor correspondente ao seu salário, que é nada mais do que aquilo que ele necessita para a 8 sua subsistência, ou seja, o mínimo que ele necessita para sobreviver. Como o capitalismo lhe paga o valor de um dia de força de trabalho, o restante do tempo, seis horas, o operário produz mais mercadorias, que geram um valor três vezes mais do que o que lhe foi pago na forma de salário. Esse valor corresponde às duas partes restantes é a mais-valia. Mais-valia seria então o valor não apropriado pelo trabalhador, mas pelo capitalismo na forma de lucro. Por isso, Marx dizia que o valor de uma mercadoria era dado pelo tempo de trabalho socialmente necessário à sua produção. Sendo assim, os capitalistas podiam obter mais-valia com o simples prolongamento da jornada de trabalho. Maior jornada de trabalho, maior lucro. 2.3 COMUNISMO/SOCIALISMO Para solucionar ou pelo menos amenizar o problema da desigualdade e da exploração existente na sociedade capitalista, Marx propunha o Comunismo, um sistema econômico e social baseado na propriedade comum de todos os bens e na igual distribuição de riquezas, uma antítese do capitalismo. Para isso, segundo Marx, seria necessário a tomado do poder pelos proletariados, abolindo a propriedade privada dos meios de produção e consequentemente estabelecendo a igualdade social-econômica entre as pessoas. Isso foi dito por Marx (ANO) em uma de suas principais obras, Manifesto do Partido comunista, escrito em parceria com o amigo Friedrich Engels (ANO), como exposto no seguinte trecho: O objetivo imediato dos comunistas é o mesmo que o de todos os demais partidos proletariados: constituição dos proletariados em classe, derrubada da supremacia burguesa, conquista do poder político pelo proletariado. A revolução comunista é a ruptura mais radical com as relações tradicionais de propriedade; não é de se estranhar, portanto, que no curso de seu desenvolvimento rompa, de modo mais radical, com as idéias tradicionais. (MARX E ENGELS: ANO, P.) Essa revolução resultaria também, na extinção do Estado. Por isso, até hoje quando o capitalismo anuncia a crise de sua supervalorização surge o “fantasma” do comunismo, ou, pelo menos, do socialismo. Este último podemos definir como sendo um pouco de capitalismo e um pouco de comunismo.
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