Leitura e interpretação do livro “O mestre ignorante” de Jaccques Rancière e construir um texto de “improvisação” a partir do mesmo.
Por: Igor Macedo • 19/6/2019 • Trabalho acadêmico • 567 Palavras (3 Páginas) • 244 Visualizações
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Aluno: Igor Macedo Pereira
Professor: Jordi Carmona Hurtado
Disciplina: Leitura e produção de textos filosóficos l
Atividade: Leitura e interpretação do livro “O mestre ignorante” de Jaccques Rancière e construir um texto de “improvisação” a partir do mesmo.
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Objetivos: Verificar o conhecimento adquirido através da leitura e interpretação do texto, com ênfase no termo “tudo está em tudo”.
O texto de Jaccques traz uma nova perspectiva de aprendizagem, a respeito da relação “professor-aluno-livro”. Essa nova relação é construída através de uma vontade - que é a energia disponibilizada, do aluno, objetivando o aprendizado – visando à construção de relações entre o conteúdo a ser absorvido e o cotidiano, ou conhecimentos prévios do aluno. Alem disso, o autor também discorre de um pré-requisito, de que todos os indivíduos nascem com a mesma capacidade psíquica e intelectual, que no livro é denominado de Inteligência, para a obtenção da temática abordada.
Contudo, a partir desses dois pré-requisitos que estão inerentes a todos, seria possível, para Ranciere, e que é um exemplo dado no livro, em que um pai analfabeto consegue ensinar seu filho a ler através da oração do “Pai nosso”. Em que o filho tem o conhecimento prévio do conteúdo e da mensagem do termo “Pai nosso” e a partir disso consegue fazer relações entre os símbolos que definem a mensagem enquanto tal, e não outra. Sendo assim, num processo lento e gradual, e de grande importância para a obtenção do saber é a vontade do filho, o mesmo percebe que é capaz de ler toda a oração.
Outro exemplo dado no livro é a relação que o serralheiro pode fazer com as letras “O”, denominado por ele de “redondo”, e a letra “L” que é chamada de “esquadro”. Essa relação pode se dar de diferentes modos, esse é somente um deles, em que o objetivo do serralheiro seria o mesmo do filho, e através dessas relações entre os seus instrumentos de trabalho e as letras do alfabeto, se consegue chegar a palavras, de palavras a frases, de frases a textos e de textos a ideais.
Pois, o poder de emancipação, que o livro permite ao aluno, esta na própria linguagem, é através dela que o aluno conseguirá adquirir todo o tema abordado no mesmo. Além de que sempre, para uma leitura, se faz necessário ter um conhecimento prévio, por parte do interlocutor, para se conseguir entender e ter como fazer relações entre sua experiência particular e a constatação do autor.
Ou seja, a chave para a construção da emancipação, para Rancière, está na relação, ou comparação, que o interlocutor faz no momento da leitura do texto com seu cotidiano vivido, pois os indivíduos já nascem com a percepção, através dos sentidos, do meio que os cercam, como profundidade, altura e largura. E através dos anos vai se conseguindo “novos saberes”, porém todos tem a mesma capacidade de se alcançar o seu objetivo, que é o saber que o livro dispõe, mas não é todos que têm a vontade e a atenção necessária para tal atividade.
Portanto, o “tudo está em tudo” se dá a partir disso, o todo de seu conhecimento se relacionar com o – novo - todo do livro. Para que, a partir disso, seguir ao entendimento do texto, e o mesmo, garantindo para o leitor a emancipação a respeito do assunto.
Bibliografia
Rancière, J. (2002). O Mestre Ignorante. Belo Horizonte: Autentica.
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