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Linha do tempo da história da Filosofia

Por:   •  2/12/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.924 Palavras (12 Páginas)  •  2.962 Visualizações

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LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA

        Anteriormente, o mundo, as pessoas, o funcionamento da vida e do universo eram explicados através dos mitos.

As pessoas buscavam compreender os processos naturais a sua volta por meio da visão dos deuses gregos. Elas se comunicavam com eles por meio dos rituais.

Em 700 a.C., Homero e Hesíodo escreveram algumas histórias mitológicas, que nos favorecem as melhores informações sobre os deuses gregos e sua influência nas pessoas.

ANTIGUIDADE – FILOSOFIA ANTIGA – por que o mundo e as coisas são assim?

        Filósofos pré-socráticos ou da natureza

Nos anos 600 a.C., os primeiros filósofos surgiram e eram chamados de filósofos da natureza, pois buscavam a origem de tudo, a substância primordial das coisas.

- Três filósofos começam a surgir na cidade grega de Mileto procurando uma única substância primordial:

  • 625 a.C. – Tales de Mileto – a água é a origem de tudo.
  • 610 a.C. – Anaximandro de Mileto – o mundo é apenas um de muitos que existem e se dissolvem no “indefinido”.
  • 585 a.C. – Anaxímenes de Mileto – substância primordial é o ar ou a névoa.

- Porém, alguns começaram a pensar que as coisas não poderiam ter origem de apenas uma substância, surgindo assim a questão da transformação.

  • 540 a.C. – Parmênides de Eleia – tudo o que existe sempre existiu. Usava o racionalismo, como forma de combater as ilusões dos sentidos, tendo a razão como principal fonte de conhecimento.
  • 540 a.C. – Heráclito de Éfeso – “Tudo flui”, nada é para sempre e a impressão dos sentidos é confiável.

- Contudo, temos idéias contrárias entre esses dois filósofos, surgiu então um outro filósofo para dar uma explicação:

  • 494 a.C. – Empédocles – nada se transforma (a água não se torna um pássaro) e também devemos confiar naquilo que nossos sentidos nos dizem. Natureza possuí quatro raízes: terra, ar, fogo e água. Havia também duas “forças”: o amor, que une as coisas, e o ódio, que as separa.
  • 500 a.C – Anaxágoras – não aceitava que as coisas fossem formadas pelas quatro raízes e sim por inúmeros pedacinhos imperceptíveis a olho nu. Acreditava que havia uma força que unia todas as coisas: o espírito ou inteligência. Disse que o Sol não é um deus e sim uma massa flamejante – muito interessado por astronomia.
  • 460 a.C. – Demócrito de Abdera – as coisas deveriam ser feitas de pedacinhos minúsculos, invisíveis, indivisíveis e imutáveis, chamados átomos. Pensava que a alma era feita de átomos e que quando uma pessoa morria, os átomos de sua alma poderiam se agregar a uma outra durante sua formação.        

        Filósofos humanistas

- Em Atenas, era importante saber a arte de falar em público e por isso era muito focado o homem no centro da sociedade. Com isso, um grupo de professores denominados “sofistas” migrou para a cidade, e cobravam para dar aulas. Um “sofista” é aquele que se denomina uma pessoa culta e detentora do conhecimento. Eles refletiam sobre o homem e seu lugar na sociedade. Diziam que não haveriam normas absolutas para o que é certo ou errado. Porém, apareceu Sócrates, que tentou demonstrar que há algumas normas que são absolutas e tem validade universal.

  • 470 a.C. – SÓCRATES – era de Atenas, sua vida foi conhecida por meio dos “Diálogos” de seu fiel seguidor, Platão.

- Não impunha ensinamentos às pessoas e sim dava a entender que aprendia com elas. - Ele não ministrava conhecimentos como os professores e sim dialogava com seus interlocutores.

- Primeiro fazia perguntas, depois levava a pessoa a reconhecer fraquezas do seu modo de pensar. Ele ajudava o indivíduo a chegar ao verdadeiro conhecimento e não “implantava” o conhecimento na cabeça do indivíduo.

- Por ‘cutucar’ o conhecimento, foi julgado a morte, mas não implorou por clemência, pois tinha sua consciência em mais alta conta que sua própria vida.

- Não se considerava um “sofista” (não queria dinheiro em troca de seu conhecimento). Ele se considerava um “filósofo” (tinha consciência que sabia pouco e por isso vivia buscando maior conhecimento).

- Com isso ele chegou a conclusão: “Mais sábio é aquele que sabe que não sabe”.

- Pensava que a pessoa deveria conhecer o certo para fazer o certo e ser feliz. E se alguém vê outra pessoa feliz desejaria ser feliz também e por isso buscaria fazer o certo.

        Filósofos pós-socráticos ou aristotélicos

  • 427 a.C. – PLATÃO – era de Atenas, discípulo fiel de Sócrates. Fundou a Academia, uma escola de filosofia.

- Estudava a relação entre aquilo que é eterno e imutável e aquilo que flui.

- Dizia que tudo que estava no “mundo dos sentidos” é feito de materiais que o tempo trata de desfazer, mas que as coisas nascem de uma fôrma atemporal, que é eterna e imutável.

- Com isso acreditava no mundo das idéias, onde existe a fôrma de cada ser vivo ou não vivo perfeita, que dá origem às coisas do mundo dos sentidos.

- Dizia que não conseguimos alcançar a verdade real usando impressões incertas ou conjecturas. Ela só pode ser alcançada por meio da razão.

- Segundo ele o homem é um ser dual, com um corpo que flui e uma alma que é imortal.

- Dizia que os filósofos devem governar a sociedade.

- Acreditava que as mulheres eram tão capacitadas quantos os homens para pensar filosoficamente.

  • 384 a.C. – ARISTÓTELES – aluno na Academia de Platão. Fez observações críticas sobre algumas teorias de Platão. Era da Macedônia, mas mudou-se para Atenas.

- Platão estava focado nas fôrmas que não percebeu as mudanças na natureza, mas Aristóteles o fez, e não apenas isso, investigou exatamente essas mudanças.

- Elaborou uma ordem comum a todas as ciências.

- Pensava que a fôrma ou idéia vinha depois do objeto. Cada objeto tinha em si uma fôrma que o distinguia das demais coisas.

- Confiava naquilo que sentimos.

- As coisas são feitas de substâncias (material que é feita) e formas (características).

- Pensava que deveria haver “o motor primeiro” ou “Deus” que faria todo o firmamento se mover.

- Três formas de felicidade: primeiro os prazeres e a satisfação, depois o cidadão livre e responsável, e por fim o pesquisador e o filósofo.

        Helenismo 300a.C. – 400 d.C.

Alexandre, o Grande, uniu à civilização grega o Egito e todo o Oriente até a Índia. Essa mistura de civilizações recebeu o nome de helenismo.

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