Ludwig Andreas Feuerbach

Ludwig Andreas Feuerbach

Reconhecido pelo ateísmo humanista e pela influência que o seu pensamento exerce sobre Karl Marx, esse é Ludwig Andreas Feuerbach. O que destaca em seu pensamento filosófico é uma relação entre o idealismo Alemão e o materialismo histórico de Marx e o materialismo cientificista da segunda metade do século XIX. Ou seja, é caracterizado pela direção antropológica que Feuerbach leva a algumas categorias herdadas de Hegel.

Suas principais obras são: Da razão, una, universal, infinita (1828); Pensamentos sobre morte e imortalidade (1830); Sobre a crítica da filosofia positiva (1838); Crítica da filosofia hegeliana (1839); A essência do cristianismo (1841); Sobre a apreciação do escrito “A essência do cristianismo” (1842); Princípios da filosofia do futuro (1843); Teses provisórias para a reforma da filosofia (1843); Lutero como árbitro entre Strauss e Feuerbach (1843); A essência da religião (1846); Fragmentos para a caracterização de meu Curriculum vitae (1846); Preleções sobre a essência da religião (1851) e Teogonia (1857).

Feuerbach observa a alienação decorrente em cada indivíduo que busca uma relação considerável entre Homem e Deus, quando a alienação religiosa segue-se dentro de uma teoria teológica buscando a razão e a essência do homem no mundo, mas o homem é essencialmente antropológico na característica humana, pois adquire sentimentos e sensibilidade.

Esse pensamento foi influenciado pela teoria de Hegel, e logo após, de Marx. E nesses dois pensamentos, ele busca a fórmula do Homem vs. Deus vs. Religião.

Foi difícil situar-se entre essas teorias, pois foi na época em que seu país de origem (Alemanha), passava por uma mudança cultural, de onde vinha suas criticas. Pois, para Feuerbach, sua teoria era voltada para a própria teoria, já a de Marx era voltada para a prática, de onde vinha à lógica. Onde não era na teoria que busca a essência do homem, mas sim na pratica onde se relacionam, dizia Marx.

Por isso, ele, Feuerbach viveu em anos de turbulência política, por não aceitar os religiosos entre os anos de 1848 e 1849, foi considerado por diversos revolucionários, um pensador audacioso, inovador, de seu tempo.

A filosofia encontrada em suas obras é uma transição do idealismo alemão ao materialismo histórico de Karl Marx e ao materialismo cientificista da segunda parte do século XIX. Ao herdar ideias de Hegel, Feuerbach imprimiu suas inflexões antropológicas, o que caracteriza boa parte de seu trabalho.

A essência do cristianismo

Foi uma de suas principais obras, onde questionava a religião. O livro é considerado um clássico do humanismo e ficou conhecido como vanguardista da escola dos jovens hegelianos de filosofia.

Segundo Feuerbach, a religião se trata puramente de uma criação humana, e o comentário que ele usa para isso é a comparação do homem com os animais irracionais. Colocando eles lado a lado, o filósofo confirma que a diferença de origem entre os dois é a razão. Para ele, Deus não é um ser infinitivo, mas é a essência do homem, que deu suas capacidades aperfeiçoadas, a qual se tornou um ser supremo. Segundo ele, as atividades humanas na história são da sua importância. Ou seja, quem teria que ser um ser supremo invés de Deus seria a espécie humana, totalizando-os de forma absoluta.