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Maquiavel

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Por:   •  8/10/2014  •  Tese  •  482 Palavras (2 Páginas)  •  351 Visualizações

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Todos vêem aquilo que pareces, mas poucos sentem o que és; e estes poucos não ousam opor-se à opinião da maioria, que tem, para defendê-la, a majestade do estado. Como não há tribunal onde reclamar das ações de todos os homens, e principalmente dos príncipes, o que conta por fim são os resultados.”

Agora leia esta tradução (questionável) de Sérgio Bath na edição do livro “O príncipe” pela Universidade de Brasília:

Todos vêem nossa aparência, poucos sentem o que realmente somos, e esses poucos não ousarão opor-se à maioria que tenha a majestade do estado a defendê-la – na conduta dos homens, especialmente dos príncipes, da qual não há recurso, os fins justificam os meios.

3. Virtù: tem virtù o governo que tem a capacidade de agir de acordo com as circunstâncias sem se deixar perturbar pela diferença entre virtude e vício. Com a virtù diminui-se o impacto da “fortuna”. Não tem a ver a virtude cristã. Por isso a VIRTÙ sempre é oscilante, flexível e só com ela pode ser enfrentada a FORTUNA. Para isso o príncipe tem que ser prudente, autoconfiante, firme, decidido, não ser odiado, tomar partido e não se manter neutro, ser sábio.

4. Exemplos de adotar valores de acordo com as circunstâncias:

a) avareza ou liberalidade? É melhor ser avaro – vício capital condenado pela tradição cristã - ou ter liberalidade – virtude aceita pela tradição filosófica e cristã? Não se pode absolutizar nenhuma nem outra. Depende da circunstância. Mas geralmente é melhor ser avaro na política. A atitude por exemplo de liberar dinheiro facilmente pode prejudicar o governante.

b) O príncipe deve ser amado ou deve ser temido? Nas nossas relações familiares o amor é um valor considerado bom. Mas na vida política o amor não é um valor universal. Por que? Para adotá-lo sempre na vida política implicaria que os homens o vivenciassem sempre. Isto não acontece. Os homens tendem mais para o mal do que para o bem: mentem, dissimulam. O melhor seria o governante ser amado e ser temido mas se não puder ser amado que seja temido para impedir a violência na política. O ser amado não pode ser essencial na política pois se perderia uma das dimensões da política que é a FORÇA.

c) Quando ser mal ou ser bom? Depende das circunstâncias. O fim sempre é o de preservar o poder, a ordem, a segurança, evitar a violência civil, “desejo de servir não os seus interesses pessoais, mas os do público, de trabalhar não em favor dos próprios herdeiros, mas para a pátria comum” (Comentários à primeira década de Tito Lívio, I, 9º). E Maquiavel diz que se o governante tiver que fazer o mal deve fazer logo porque o povo esquece com o tempo e isto é facilitado se mais adiante ele vê o bem ser feito. Mas este mal só pode ser feito em vista do coletivo e não do interesse pessoal.

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