Medieval
Artigo: Medieval. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Denisefs • 26/3/2015 • 386 Palavras (2 Páginas) • 220 Visualizações
A Filosofia de Santo Agostinho (354-430)
O cristianismo estava consolidado nessa época: embora tivesse apenas quatrocentos anos, era considerado a verdade irrefutável. Apesar disso, Santo Agostinho, que nasceu no norte da África, numa cidade chamada Tagarte, nem sempre foi cristão. Fez os primeiros estudos na cidade natal e ,com a ajuda de um amigo foi para Cartago, aos dezesseis anos, completar os estudos superiores.
Não foi um bom aluno. Na juventude, detestava estudar grego. Interessa-se pôr filosofia ao ler uma obra de Cícero. Quando criança era cristão, mas depois interessou-se pôr outras religiões, como a dos maniqueus, que formavam uma seita, e dividiam o mundo entre o bem e o mal, trevas e luz, espírito e matéria. Com o seu espírito o homem pode transcender a matéria, para os maniqueístas. O maniqueísmo contém uma visão dualista radical, bem e mal são tomados como princípios absolutos. Posteriormente, Agostinho combateu essa doutrina, que foi criada pôr Manes.
De início ele recusava a ler a Bíblia, pôr considerá-la vulgar. Teve um caso de amor, interessava-se pôr questões mundanas e nasceu um filho, falecido ainda adolescente. Com vinte anos, perdeu o pai e ficou sendo o responsável pelo sustento de duas famílias. Foi professor de retórica em Cartago, mas depois mudou-se para Roma. Sua mãe foi contra a mudança e Agostinho teve de enganá-la na hora da viagem.
De Roma foi para Milão, onde foi novamente professor de retórica. Foi influenciado pelos estóicos, pôr Platão e o neoplatonismo, também estava entre os adeptos do ceticismo. Abandonou o maniqueísmo, que critica. Converteu-se então à fé cristã, depois de conhecer a palavra do apóstolo Paulo, e batizou-se aos trinta e dois anos de idade. Desistiu do cargo de professor. Voltou a Tagaste onde funda uma comunidade monástica, disposto a fundamentar racionalmente a fé, como foi comum na Idade Média. Mostrou que sem a fé a razão não é capaz de levar para a felicidade.
A razão, para Agostinho serve de auxiliar da fé, esclarecendo e tornando inteligível aquilo que intuímos. Ele tinha tomado contato com o pensamento neoplatônico de que a natureza humano contém parte da essência divina. Demonstra que há limites para a racionalidade, receberemos um saber que está além do natural. Com o cristianismo uma luz inundou seu coração, sua alma encontrou a paz. Virou vigário aos trinta e seis anos, praticando a vida ascética.
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