Meios Morais

fazem assumir os riscos do caminho e as conseqüências. Contudo, isso quer dizer, que existe a liberdade da escolha ética, mas que essa liberdade tem suas responsabilidades nos riscos e nos resultados, ou seja, cada ação gera uma reação da qual deve se arcar com as conseqüências.

Em todas as correntes e orientações éticas há uma preocupação estável da qual é orientar a conduta humana para “o melhor”. Entretanto, o significado da expressão “o melhor” varia com inúmeros valores e tendências, já que não tem como existir uma única forma da conduta ética. Pode se disser que a ética acompanha o homem desde sua origem, já que o mesmo não lhe obtém com a vida, e sim vai crescendo, fortalecendo durante a vida humana. E, com isso, mudam sua concepção de autoconsciência, racionalidade, presença de alteridade. Em afirmação, a ética não nasceu pronta, mas sim acompanha o homem em seu percurso existencial e histórico, sendo assim, está ao seu lado em seus envolvimentos socioculturais.

Por fim, as normas éticas convivem com outras normas e forças sociais (econômicas, costumeiras...) e é justamente por isso que há deliberações individuais de comportamento. O homem quando age está colocando em “prática” sua ética, pois para agir necessita optar por valores, comandos de orientação de conduta, desejos, vontades, objetivos.

• Os Constituintes do campo ético

Para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente. A consciência moral não só reconhece a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vicio, mas também se reconhece como capaz de julgar valor dos atos e das condutas e de agir em conformidade com os valores morais, sendo por isso, responsável por suas ações e seus sentimentos e pelas conseqüências do que faz e sente.

O campo ético é, constituído pelos valores e pelas obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, isto é, as virtudes. Estas são realizadas pelo sujeito moral, principal constituinte da existência ética.

• O agente da moral

O sujeito ético ou moral (pessoa moral) só pode existir caso preencha quatro condições:

1. Ser dotado de vontade (saber controlar desejos, impulsos, sentimentos e ter capacidade de decidir entre várias opções possíveis)

2. Ser responsável (assumir o ato cometido, e responder pelas consequência do mesmo)

3. Ser consciente de si (ter capacidade de reflexão e de reconhecimento de outro indivíduo como sujeito ético e igual a ele)

4. Ser livre (ou seja, agir por si próprio não se submeter a desejos, opiniões, dando a si mesmo o poder de decisão).

A parti do ponto de vista do sujeito moral a diferença entre passividade e atividade é que: passivo é aquele (a) que deixa se guiar por seus impulsos, inclinações, circunstancias e pela opinião alheia não exercendo sua própria vontade, ao contrário, ativo é aquele que controla e não se deixa governar por paixões , pressões, impulsos e discute consigo mesmo e com outros o sentido de valores e dos fins estabelecidos ou seja um ser autônomo que responde pelo que faz ,e não se submete cegamente a opiniões