Metafísica de Aristóteles
Resenha: Metafísica de Aristóteles. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Clerton • 2/11/2013 • Resenha • 291 Palavras (2 Páginas) • 343 Visualizações
Metafísica de Aristóteles
Sob esse título estão reunidos 14 livros de Aristóteles que tratam do ser no sentido mais amplo ou mais radical. Duas questões se destacam na metafísica aristotélica: a da unidade do ser e a da existência de essências separadas.
Quanto à primeira, admite Aristóteles diferentes maneiras de ser, que ele denomina categorias, ressaltando dez: essência, qualidade, quantidade, relação, lugar, tempo, situação, o ter, ação e paixão. As categorias são os "gêneros supremos do ser", já que a este se referem diretamente, como suas determinações mais radicais. A ciência do ser tem um objeto real, aquele a que, direta ou indiretamente, se referem todos os "gêneros supremos": a essência. Aí se funda, para muitos, a teoria da analogia do ser, pela qual se conciliam a unidade e pluralidade deste. O ser unívoco existe, contudo, separado do mundo sensível: é pura essência, à qual não se pode atribuir nenhuma outra categoria além da própria essência.
A filosofia da natureza, um dos fundamentos da filosofia especulativa de Aristóteles, sustenta que a mudança nos seres não contraria o princípio de identidade, já que representa apenas a atualização da potência nelas contidas. A partir daí, o filósofo apóia sua física em duas teorias filosóficas: a da substância e do acidente, e a das quatro causas.
A substância é o que existe por si, o elemento estável das coisas, e o acidente, o que só noutro pode existir, como determinação secundária e cambiante. Graças à união entre os dois princípios, a substância se manifesta através dos acidentes: "o agir segue o ser". Por outro lado, dependem os seres de quatro causas: material, formal, eficiente e final, estando ligada, à primeira, a potencialidade de cada ser; à segunda, a especificidade; à terceira, a existência; e à quarta, a intenção.
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