Mito E Senso Comum

Mito, senso comum e ciência estão interligados, porém são diferentes, sendo

os dois primeiros relacionados ao conhecimento informal e o último, baseado em

experimentos e passos científicos (observação e descrição do problema). Porém todas

as três são formas de conhecimento, ou seja, são modos como as pessoas entendem,

conhecem e interpretam o mundo. Cada um tenta responder e explicar os mistérios do

mundo da sua maneira. Por exemplo, um agrônomo vê uma plantação de mandioca a

partir de seus conhecimentos científicos adquiridos ao longo de seus estudos na

faculdade. Porém, um índio compreende que a mandioca surgiu no local onde foi

enterrada uma indiazinha chamada Mani, que morreu sorrindo, e em sua cova havia

crescido uma planta com uma raiz branca como a índia.

O mito é a primeira explicação da realidade e é repassado a outros

através da comunicação oral ou escrita. Pode ser definido também como a

narrativa popular sobre as forças da natureza e aspectos da condição humana.

O mito responde as questões fundamentais do ser humano, de forma não

racional, pois utiliza lendas e histórias sagradas para interpretá-las.

Já o senso comum é a forma de conhecimento mais presente no dia a

dia, e é uma forma de pensamento mais superficial, sem se preocupar com as

causas e fundamentos. É formado a partir da socialização do mito, englobando

opiniões formadas previamente e cultivadas ao longo do tempo. Dessa forma, o

senso comum pode ser considerado como um tipo de conhecimento popular,

superficial, baseado na troca de experiências sem comprovação científica e

está ligado a cultura do local.

Diferentemente do mito e do senso comum, o conhecimento científico

não é baseado apenas na opinião, buscando a realidade e porquês dos fatos,

tentando explicar de maneira concreta os fatos. Porém, embora o senso

comum seja resultado do saber e experiência popular, pode ser confirmado

pelo saber científico. Por exemplo, o uso de uma planta para combater

determinada doença ou sintoma, pode ser confirmado através de pesquisas

científicas. Na área ambiental, por exemplo, oceanógrafos observam os

pescadores para entender o funcionamento do regime