Mito de Dionísio

UNIFRA – CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO

CINTIA ROBERTA SCHNEIDER

RENATA CARGNELUTTI LONDERO

FILOSOFIA

MITO DE DIONÍSIO

SANTA MARIA

2015

Mito de Dionísio

Dionísio, conhecido como Baco pela mitologia romana, era filho de Zeus e de Sêmele, esta, filha de Cadmo. Sêmele foi seduzida por Zeus, em sua forma humana. Hera, esposa de Zeus, fez-se passar pela ama de leite de Sêmele para convencer-lhe a pedir uma prova a Zeus de quem ele realmente era, ou seja, que aparecesse para ela com todo seu esplendor, suas vestes brilhantes. Zeus, ao receber o pedido da amada, obrigou-se atender seu pedido, pois mesmo sabendo dos riscos que causaria a Sêmele, havia prometido ao rio Estige – da imortalidade – que realizaria os pedidos de sua amada.

Quando Sêmele viu Zeus em todo seu esplendor, transformou-se em pó, porque não suportou seu brilho. Como a princesa já estava grávida, Zeus salvou seu filho, retirando-o do ventre materno e gerando-o em sua coxa, até o nascimento. Logo após o nascimento, a criança foi entregue a uma tia, que com a ajuda das dríades, das horas e das ninfas, o educou. Conforme seu crescimento era perseguido por Hera, que inconformada com a traição de Zeus, enlouqueceu Dionísio.

Dessa forma, ele passou a vagar por todos os lugares, até encontrar Cibele, que lhe concedeu a cura e o formou diante das cerimônias religiosas que ela cultivava. Foi assim que ele se tornou o deus do vinho e da vegetação, Sileno lhe transmitiu a arte de semear a uva, cortar galhos e colher uvas para produzir o vinho. Assumindo assim, o papel de revelar aos mortais os segredos do cultivo da videira.

O vinho rendeu vários festivais em honra de Dionísio que também era ligado às atividades prazerosas, como erotismo e orgias. Segundo algumas leituras, o deus era muito simpático com quem lhe dedicava culto, mas podia causar loucura e ruína para os que menosprezavam os festins que lhe eram ofertados, os bacanais. Consta igualmente que ele sempre se recolhia na morte durante o inverno e voltava a nascer na primavera.

O mito quer significar que o detentor de um dos mais celebre cultos da antiguidade grega recebeu sua segunda gestação na coxa de um deus supremo, que pode no caso em pauta, ser considerado com um andrógeno inicial. Coxa, no duplo nascimento de Dionísio seria um mero eufemismo para designar o ventre materno.

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