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Por:   •  1/9/2014  •  374 Palavras (2 Páginas)  •  709 Visualizações

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A Metafísica é uma ciência. A Metafísica não é, pois, uma construção arbitrária, nem uma obra de arte, nem um objeto de crença irracional. A Metafísica é uma ciência, e, em certo sen­tido, a mais rigorosa, uma vez que seu objeto, estando acima da matéria e não submetido a transformação, não incide nas causas de erro que provêm dos objetos em perpétua transformação.

c) As condições técnicas e morais da Metafísica. O que é ver­dadeiro, contudo, é que a Metafísica, mais do que qualquer outra ciência, requer condições técnicas difíceis e condições morais par­ticulares. Ela procede por abstração e afasta, como perigosa, a in­tervenção da imaginação. Ao mesmo tempo, exige uma especial fir­meza lógica. De outra parte, trata dos grandes problemas da exis­tência e da natureza de Deus, de nossa origem e de nosso fim. O que dissemos mais acima (128), sobre o papel da vontade no juízo, é suficiente para chegar-se a compreender como a Metafísica exige, não apenas uma disciplina da inteligência, mas também uma dis­ciplina do coração.

4. A Crítica do conhecimento. — A Crítica do conhecimen­to, enquanto tem por objeto determinar o valor de nosso conheci­mento, e, particularmente, o valor do conhecimento metafísico, cons­titui uma necessária introdução ao estudo da Metafísica. Esta não poderá constituir-se validamente a não ser à base de uma razão certa da legitimidade e do alcance de suas investigações.

CRÍTICA DO CONHECIMENTO

172 1. Noção. — O problema do valor do conhecimento tomou, na filosofia moderna, após Descartes, uma tal importância, que pa­receu por vezes constituir sozinho toda a filosofia. Há nisto um excesso evidente. O operário não tem como tarefa única verifi­car seu instrumento de trabalho! Mas seria um outro excesso contestar a legitimidade da questão de saber o que vale nosso conhe­cimento. Os "erros dos sentidos", erros da inteligência, o conflito do conhecimento sensível e do conhecimento intelectual impõem, inevitavelmente, esta questão.

2. Divisão. — O problema crítico pode ser dividido em duas partes. A questão que se apresenta de início é a de saber se somos capazes de conhecer a verdade. Trata-se, depois de determi­nar que verdade somos capazes de conhecer, quer dizer, qual é a ex­tensão de nosso conhecimento.

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