O TRABALHO EM SALA DE AULA: TEORIAS PRA QUÊ?
Ensaios: O TRABALHO EM SALA DE AULA: TEORIAS PRA QUÊ?. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: tessmann • 21/11/2013 • 951 Palavras (4 Páginas) • 713 Visualizações
O TRABALHO EM SALA DE AULA: TEORIAS PRA QUÊ?
Segundo Paulo Freire, quando afirma que a Teoria não dita à prática; em vez disso, ela serve para manter a prática ao nosso alcance de forma a mediar e a compreender de maneira crítica do tipo de práxis necessária em um ambiente específico, em um momento particular.
Portanto, o exercício da docência, enquanto ação transformadora que se renova tanto na teória quanto na prática, requer necessariamente o desenvolvimento dessa consciência crítica. E neste sentido podemos dizer que o exercíco da ação docente requer preparo. Segundo Freire, “Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.
Quando observamos uma sala de aula, as impressões são contraditórias. Muitas coisas acontecem ao mesmo tempo e parece difícil decidir quais são os fatos pertinentes ao/ou relacionados com o processo de ensinar e aprender. Dizer que a dinâmica da sala de aula é complexa sintetiza de uma certa maneira este quadro, entretanto, na explica sobre os modos como, no interior dessa dinâmica, se produz a aprendizagem e se constrói o conhecimento. Todavia, destacar a complexidade da sala de aula, faz emergir um conjunto de problemas sobre o funcionamento do ensino e da aprendizagem em um contexto que supõe uma quantidade de elementos infinitamente superior àquela geralmente considerada pelas teorias que pretendem explicar estes fatos. Destacar a complexidade da sala de aula remete-nos, desta maneira, à questão da delicada relação entre a teoria e a prática. Ainda, esta reflexão somente se torna possível se considermarmos as condições concretas em que se desnvolve a prática pedagógica, e principalmente, se centrarmos o eixo da reflexão no professor.
Como o professor trabalha e que princípios sustentam a sua prática cotidiana? O que ele elege como relevante na organização do seu trabalho e o que o leva a tomar decisões com relaçao ao que fazer como ensinar e como agir com as crianças em classe?
Os modos de agir não estão sempre coerentes e inextricavelmente articulados aos princípios teóricos, mesmo quando estes existem claramente. Rotular um professor de “Freinetiano”, “Piagetiano”, “Vygostskiano”, etc. , é caricaturá-lo em relação a alguns aspectos específicos de uma outra teoria. A prática não é transparente nem homogênea. Ela é permeada por contradições que impedem identificá-la com uma única teoria. Em qualquer sala de aula um behaviorista, um construtivista, um sócio-interacionista, descobrirão princípios pertinentes às suas teorias e terão o que dizer sobre as relaçõpes do ensino. As teorias constituem, assim, um lugar do qual se olha a prática cotidiana.
No entanto, são muitos, também, os possíveis lugares teóricos de onde se pode olhar a prática cotidiana. Teorias de ensino, teorias do desenvolvimento, teorias do conheciemento, compõem um vasto quadro diversificado de pontos de vista.
Parece haver uma lógica da prática, forjada na dinâmica social, que é concebida em termos de conceitos, conheciementos, princípios teóricos mais ou menos explicitos para o professor. É o “dever ser” da prática pedagógica, que constitui o “ideal” não sendo o único, não sendo Estático e também não sendo homogêneo. Permeado por imagens e valores, mesmo tendo um caráter difuso, ele se constitui como ponto de referência, onde se configuram os parâmetros que orientam a prática. Para podermos então falar da ação, da prática de um professor, sem caricaturá-lo ou rotulá-lo, deveríamos, no mínimo, ter acesso às suas concepções. A explicitação de como o professor pensa o que fazer, como fazer e para que fazer, como ele se organiza e planeja, quais são
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