Nossa Geração
Por: Isadora Daltro • 26/3/2017 • Ensaio • 1.142 Palavras (5 Páginas) • 224 Visualizações
Hoje em dia as pessoas estão cada vez mais apreensivas e cautelosas, por medo. Medo de sentir e não ser correspondido, medo de arriscar e se frustrar, medo de ser você mesmo e ser julgado... Temos medo de tudo ultimamente. É preciso ter coragem para entrar em território desconhecido e esse território pode ser um país desconhecido, uma oportunidade de emprego, uma pessoa nova, um alguém além de suas superficialidades... É preciso coragem para conhecer qualquer coisa que você não conheça direito e que não pode controlar.
Somos uma geração de pessoas vazias com relações superficiais. Um mar de pessoas imediatistas, sem paciência e sem tempo para nada. Estamos sempre com pressa e nada pode esperar. Queremos tudo e agora. Essa pressa toda tem prejudicado as nossas relações, nos tornando pessoas frias, estressadas e distantes.
Certas coisas na vida requerem tempo e dedicação, como por exemplo: relacionamentos, resultado das idas a academia, passar em um concurso e crescer na empresa. Querer atropelar as etapas ou seguir por um atalho pode parecer uma boa opção para se alcançar os objetivos, mas nem sempre é assim, às vezes esse tipo de comportamento pode apenas te atrapalhar.
É preciso tirar o pé do acelerador e viver direito, observar como estamos levando os acontecimentos de nossas vidas e avaliar se estamos fazendo o certo ou podemos mudar para que assim as coisas ao nosso redor mudem também. É preciso ter consciência que as mudanças que almejamos devem estar de acordo com as nossas atitudes e pensamentos, pois nada vai adiantar querer mudanças e não fazer nada a respeito.
A vida é feita de reciprocidade, ou seja, se quer ser feliz transmita felicidade. O que fazemos hoje pode não ter resultado nenhum aparente
sabendo que
Algo que tem contribuído para isso é o avanço da tecnologia, pois
As tecnologias estão cada vez mais presentes em nossas vidas, porém é preciso limite
Vivemos em um mundo onde muitos sonham e poucos realizam ou fazem algo para que esse sonho vire realidade.
As pessoas têm agido, em diversas áreas da vida, como se tivessem acabado de descobrir que a Terra está prestes a ser atingida por um gigantesco meteoro. Tudo é urgente. Tudo é “pra ontem!”. Nada pode esperar o final do almoço. Os prazos já nascem estourados. E não estou falando apenas dos prazos que nos são empurrados por chefes carrascos, clientes insensíveis e por terceiros sem a mínima noção de humanidade. Refiro-me, principalmente, aos prazos que NÓS estabelecemos para o cumprimento de NOSSAS metas e missões. Prazos que criamos sem os pés no chão, e movidos por uma ansiedade que rói o nosso bom senso e turva a nossa paciência.
E você por acaso sabe dizer um dos fatores que, certamente, contribui para nos colocar nesse constante estado de urgência? Eu tenho um chute: a nossa tentativa de viver, em tempo integral, com o “modo carpe diem” ativado. Como assim? Simples: esse imediatismo incontrolável é, claramente, um dos efeitos colaterais dos tantos discursos com a pegada “VIVA JÁ, ANTES QUE SEJA TARDE!” que a mídia (incluo-me nela) vive a propagar, com o intuito de incentivar as pessoas a aproveitarem, cada momento, como se fosse o último.
Conheça os segredos do prazer feminino e tenha muito mais prazer
Não discordo de quem diz que a fragilidade da existência e a constante iminência da morte são ótimos incentivos para que não nos acomodemos sobre o perigoso terreno do “e se”. Concordo, também, com aqueles que falam para não deixarmos para amanhã aquilo que pode ser feito hoje. Só acho que precisamos aprender a separar as “coisas que realmente podem – e precisam – ser realizadas já” das “coisas que exigem investimento de tempo para serem feitas”. Entende? A real probabilidade de você não estar viva no mês que vem não deve ser um incentivo para que você decida trocar a sua saúde por métodos que prometem coxas grossas em, no máximo, vinte e nove dias. Sacou?
Nem tudo depende unicamente da nossa força de vontade ou apenas do nosso medo de morrer a qualquer momento. Certas coisas (como a faixa preta de uma arte marcial, a capacidade de tocar um instrumento ou uma barriga chapada) necessariamente levam tempo para serem conquistadas. Tempo que você precisa estar disposto a esperar – e investir – se realmente quiser chegar “lá”, onde quer seja o seu “lá”. E mesmo que não haja nenhuma garantia de que você viverá o suficiente para atingir o seu objetivo, não aceite atalhos desonestos que farão que com você, ao pousar direto no cume, diga apenas um desapontado “e daí?”.
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