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Novas Correntes Filosóficas

Por:   •  26/4/2015  •  Relatório de pesquisa  •  846 Palavras (4 Páginas)  •  416 Visualizações

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Surgimento das novas correntes filosóficas

No século V~III a.C., os estudiosos filósofos já tomavam a Ética como área de reflexão filosófica, por conta dos conceitos tirados dos pensamentos de Sócrates. Desde então, a correta ação política do ser humano passou a ser repensada e valorizada. Com os acontecimentos desse século (conquistas de Alexandre, o Mágno, e de Roma), a crise da pólis grega contribuiu para que as pessoas buscassem um meio de manter sua tranquilidade através da ação moral, trabalhando a Ética. A partir dessa área, surgiram novas correntes filosóficas, que se aproximam do conceito de ‘filosofia de vida’ atual.

Para entendê-las, é importante saber o significado de duas palavras:

- Autarquia é a autosuficiência que o indivíduo sente, ao perceber que dispõe de tudo o que precisa para viver, ignorando qualquer luxo material.

- Ataraxia, ou Apatia, é o estado do homem onde ele não se deixa influenciar de maneira alguma por emoções. Ele torna-se inabalável tanto contra sentimentos bons, quanto contra ruins. Esse seria considerado, para ele, o estado máximo de felicidade.

2.1 Cinismo

O conceito antigo de Cinismo não tem nada em comum com o conceito atual, partido do princípio que o primeiro se trata de um modo de vida simples que desprezava os bens materiais, e o segundo é uma atitude de fingir-se de desentendido.

Baseava-se na ideia de uma vida privada de prazeres, sem luxo algum. Os cínicos possuíam apenas o necessário para se manterem vivos e nada mais. Isso significa que descartavam todos os bens materiais supérfluos e interações sociais, questionando a validade das normas morais e religiosas, o que levava os demais (não seguidores do Cinismo) a comparar tal estilo de vida ao dos ‘cães de rua’, pois cínicos só queriam estar em harmonia com a natureza e os instintos humanos, alcançando o que, para eles, era a Virtude Moral.

Esta se tratava da verdadeira felicidade, que correspondia à liberdade e ao auto-domínio. Não sendo estes dois conceitos físicos, não teria como alcançá-los por coisas concretas. Uma vez alcançada, essa felicidade jamais poderia se perder.

O maior representante do Cinismo foi Diógenes. Conta a história, que ele vivia nas ruas, e sua casa era um barril. Até que ele encontrou Alexande, o Grande, que perguntou o que poderia fazer por ele. Diógenes respondeu que não poderia dar-lhe o que não possuía, que era apenas poder usufruir do Sol, que estava sendo coberto por ele.

Alguns anos depois, perguntaram a Alexandre quem ele gostaria de ser. Ele respondeu: Diógenes!

O Cinismo foi alvo de admiração, ao mesmo tempo de críticas e escândalo.

2.2 Estoicismo

A palavra ‘Estoicismo’ vem de stoá, que significa ‘portal’. Esse nome foi escolhido devido ao fato do fundador (Zenão, de Cício) ser um estrangeiro em Atenas, e não poder adquirir imóveis para suas reuniões, tendo que se reunir com seus discípulos debaixo de um pórtico (portal).

O Estoicismo tomava o conceito de que as pessoas eram microcosmos (pequenos mundos), que estavam dentro do mundo real, o macrocosmo (um mundo bem maior, porém com a mesma organização). Essa reflexão dos microcosmos no macrocosmo era criada por uma razão divina, e regida pelas leis da natureza, fazendo com que

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