O Dogmatismo e criticismo

Dogmatismo:

É a possibilidade do homem de conhecer verdade absoluta, confiar e se submeter a essa verdade sem questionamentos. O termo dogma é compreendido como relativo a uma doutrina, fundada em princípios.

Descartes pretendia evitar o uso do dogmatismo, porém, Kant opõe o dogmatismo ao criticismo. Augusto Comte define o dogmatismo como o estado normal da mente humana, como se o homem necessitasse de algo para confiar e assim viver utilizando sempre de uma crença. Para ele o ceticismo só poderia ser utilizado em um momento de crise, como necessidade de passar de uma crença pra outra.

O dogmatismo deve ser entendido como um dos meios que se utiliza para chegar a uma resposta.

Ceticismo:

O ceticismo consiste numa atitude duvidosa, mesmo a respeito de opiniões emitidas no recinto das relações baseadas em experiências. Essa atitude sempre prevalece no ceticismo, mesmo quando são enunciados juízos sobre algo de maneira provisória, sujeitos a desaprovar à testes mais “confiáveis”.

Ou seja, o ceticismo se distingue das outras correntes por causa de sua posição de desconfiança em relação às coisas.

O ceticismo prático é quando se nega absolutamente a crença ou parte do fenômeno em sai sua impossibilidade de manifestar na complexidade da realidade.

Conhecer nesse aspecto é como não saber, é projetar o que não sabe numa análise a transformando como verdade, tornando-a na prática apenas uma ilusão.

Criticismo:

É a teoria ou doutrina que desenvolve uma investigação acerca das possibilidades do conhecimento, tendo em conta as suas fontes e as suas limitações. Embora o criticismo esteja associado a Kant, existem outras classes de criticismo.

o criticismo de Kant repre¬senta uma manifestação particular do criticismo. A aceitação do criticismo geral nada significa reconhecer a teoria do conhecimento como disci¬plina filosófica autônoma e fundamental. Seria, de fato, uma contradição alguém querer assegurar a possibili¬dade do conhecimento pela via do conhecimento.

De acordo com o criticismo, pode-se dizer que tudo aquilo que está na inteligência é resultante da experiência dos sentidos, conhecemos algo quando são aplicadas faculdades intelectuais no objeto do conhecimento: o que se conhece dessa forma tem sua origem no objeto conhecido mas também por estruturas compostas pelas formas de percepção ou razão.