Criticismo
Artigo: Criticismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Tayuane • 17/9/2013 • 931 Palavras (4 Páginas) • 1.511 Visualizações
Trabalho
De
Filosofia
Criticismo 2ºA
Alunos:
O criticismo kantiano.
Embora no chamado período pré-critico, entre 1755 e 1770, Kant tenha comungado com o racionalismo, tentando reestruturar a metafísica metodicamente, em uma tentativa de revesti-la de uma roupagem cientifica.
Após se tornar professor titular, com a defesa da Dissertação de 1770, Kant atingiu a maturidade intelectual, superando o dogmatismo e iniciando uma nova fase que daria origem ao chamado criticismo.
Contemporâneo da Revolução Francesa e Industrial, em um momento que os filósofos se encontravam divididos entre o racionalismo francês e o empirismo inglês, Kant propôs um terceiro caminho, criticando as duas tendências.
A postura criticista propunha a investigação dos fundamentos do conhecimento, repensando a filosofia para perguntar pela fonte do conhecimento, analisando o dogmatismo racionalista e o ceticismo empirista.
Em certo sentido, o criticismo kantiano se insere no iluminismo, mas termina indo além, pois pretende demonstrar que: “não se pode aprender a filosofia, somente se pode aprender a filosofar”.
É intenção do criticismo reconstruir a filosofia como uma ciência racional que pudesse abordar todo o conhecimento humano.
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O criticismo é o estudo metódico prévio do ato de conhecer e dos modos de conhecimento, ou seja, uma disposição metódica do espírito no sentido de situar, preliminarmente o problema do conhecimento em função da relação sujeito-objeto, indagando as suas condições e pressupostos.
Ele aceita e recusa certas afirmações do empirismo e racionalismo, por isso, muitos autores acreditam em sua autonomia. Entretanto, devemos entender tal posição como uma análise crítica e profunda dos pressupostos do conhecimento.
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Seu maior representante, Immanuel Kant, tem como marca a determinação a priori das condições lógicas das ciências. Ele declara que o conhecimento não pode prescindir da experiência, a qual fornece o material cognoscível e nesse ponto coincide com o empirismo. Porém, sustenta também que o conhecimento de base empírica não pode prescindir de elementos racionais, tanto que só adquire validade universal quando os dados sensoriais são ordenados pela razão. Segundo palavras do próprio autor: “os conceitos sem as intuições são vazios; as intuições sem os conceitos são cegas”. Para ele, o conhecimento é sempre uma subordinação do real à medida do humano.
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Conclui-se então, que pela ótica do criticismo, o conhecimento implica sempre numa contribuição positiva e construtora por parte do sujeito cognoscente em razão de algo que está no espírito, anteriormente à experiência do ponto de vista gnosiológico.
Todo o conhecimento inicia-se com a experiência, mas este é organizado pelas estruturas a priori do sujeito. Segundo Kant o conhecimento é a síntese do dado na nossa sensibilidade (fenômeno) e daquilo que o nosso entendimento produz por si (conceitos). O conhecimento nunca é pois, o conhecimento das coisas "em si", mas das coisas "em nós".
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Em oposição ao dogmatismo, que pressupõe sem exame a validade de nosso conhecimento, especialmente do conhecimento metafísico, e ao ceticismo, para o qual a dúvida universal continua sendo a última palavra, o criticismo em geral é aquela atitude mental, que torna dependente de uma prévia investigação da capacidade e limites do nosso conhecimento o destino da filosofia especulativa, e principalmente o da metafísica. Na maior parte dos casos, o termo "criticismo" tem um sentido acessório censurável, denota um excesso de crítica, uma super-acentuação unilateral da atitude crítica. Na acepção estrita, histórica, criticismo designa a filosofia, nomeadamente a epistemologia, de Kant. Como muitos de seus conceitos
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