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O Empirismo e Racionalismo

Por:   •  13/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.792 Palavras (8 Páginas)  •  693 Visualizações

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Empirismo: consiste em uma teoria que tem como base de conhecimento a experiência humana, por isso, sendo uma consequência dos sentidos. A experiência estabelece o valor e os limites do conhecimento.

John Locke (1632-1704)

- Foi o principal teórico do empirismo, que defendeu a ideia de que a mente humana é “folha em branco” ou uma “tábula rasa”. Com essa teoria Locke afirma que o ser humano nasce nessa “folha em branco”, ou seja, com uma mente limpa, e é moldado conforme experiências, erros, tentativas e acertos.

- Na sua obra Ensaio do Conhecimento Humano (1690) tem como tema principal o conhecimento humano Locke defende que a experiência é a fonte do conhecimento, que depois se desenvolve por esforço da razão.

David Hume (1711-1776)

- É considerado um dos pais do empirismo, acredita que todo o conhecimento tem como origem nas experiências, sendo os dados ou impressões sensíveis as suas unidades básicas. Para Hume, as percepções provocam impressões e estas são mais intensas e presentes (sensações e emoções) e as idéias derivam delas, ou seja, são produzidas a partir das impressões, como se fossem cópias das impressões guardadas na memória. Ressalta-se que as impressões são mais fortes porque são sentidas no momento com todos os seus sentimentos e emoções, sejam elas externas ou internas; já as idéias são mais fracas, pois são guardadas pela memória como imagens ou imaginadas a partir das idéias que já se tinha (por exemplo: uma pessoa quando passa por uma experiência de afogamento tem no momento toda a intensidade e vivacidade em sua impressão; depois de algum tempo tem em si a memória do ocorrido com uma intensidade menor; além disso, uma terceira pessoa que imagina terá menor sentimento do que a da idéia produzida)

- Na obra Tratado da Natureza Humana (1739), na qual Hume procurou examinar a base psicológica da natureza humana, esta posição o levou a concluir ser o comportamento humano governado pela paixão e não pela razão, argumentando contra o racionalismo, ao qual o empirismo se opunha com veemência. O desenvolvimento desta posição também o levou a afirmar uma ética sentimentalista, a qual seria baseada nos sentimentos ou emoções humanas, em oposição a uma ética baseada em princípios morais abstratos.

- Em Investigação sobre o entendimento humano (1748) A obra aparece ainda no segundo volume de suas obras filosóficas quase completas (pois excluíam textos póstumos e anônimos) herda boa parte do conteúdo do Livro I, excluindo-se as discussões acerca da identidade, do tempo e do espaço, mas incluindo-se querelas teológicas acerca da crença em milagres, estado futuro (isto é, após a morte) e providência.

Francis Beacon (1561 – 1621)

- É considerado o pai do empirismo moderno por ter formulado os fundamentos dos métodos de análise e pesquisa da ciência moderna. Para ele a verdadeira ciência é a ciência das causas e seu método é conhecido como racionalista experimental. Defendia que a obtenção dos fatos verdadeiros se dava através da observação e experimentação (regulada pelo raciocínio lógico), julgava os sentidos e as experiências como principais fatores fundadores da ideia.

- As obras filosofas mais importantes de Beacon são Instauratio magna e Novum organum.

- Na obra Novum Organum Beacon expõe sua filosofia da ciência onde salienta a primazia dos fatos em relação à teorização e rejeita a especulação filosófica como cientificamente válida. Instaruatio Magna o filosofo fala sobre a reforma do conhecimento sendo justificada em uma crítica á filosofia anterior, considerada estéril por não apresentar nenhum resultado prático para a vida do homem.

Racionalismo: consiste do uso da razão, afirmando que é o único saber, de modo que todos o conhecimento verdadeiro tem origem racional.

René Descartes (1596-1650)

- Descartes, por vezes chamado de o fundador da filosofia moderna e o pai da matemática moderna, é considerado um dos pensadores mais influentes da história humana. Afirmava que, para conhecer a verdade, é preciso, de início, colocar todos os nossos conhecimentos em dúvida. O racionalismo cartesiano indica que só é possível chegar ao conhecimento da verdade através da razão do ser humano. Para Descartes, existiam três categorias de ideias: as adventícias, as factícias e as inatas. As adventícias representam as ideias que surgem através de dados obtidos pelos nossos sentidos; factícias são as ideias que têm origem na nossa imaginação; e as ideias inatas, que não dependem da experiência e estão dentro de nós desde que nascemos. Segundo Descartes, conceitos matemáticos e a noção da existência de Deus eram exemplos de ideias inatas.

- O método cartesiano é baseado na dedução pura, consiste em começar com verdades ou axiomas simples e evidentes por si mesmos, e depois raciocinar com bases nele, até chegar a conclusões particulares. Descartes afirmava que tudo era duvidoso, nada podendo ser considerado “a priori” como certo, a não ser uma coisa: “Se duvido, penso, se penso, existo”: “Cogito, ergo sum”, “Penso, logo existo”, ponto de partida da Dúvida Metódica, de onde se constrói todo o seu pensamento.

- Discurso sobre o método (1637) foi escrito em vernáculo (os textos filosóficos costumavam ser escritos em latim), de maneira não-doutrinária, pois Descartes tentou popularizar ao máximo os conceitos ali expressos e de maneira não impositiva, mas compartilhada. Em toda a obra permeia a autoridade da razão, conceito banal para o homem moderno, mas um tanto novo para o homem medieval (muito mais acostumado à autoridade eclesiástica). A autoridade dos sentidos (ou seja, as percepções do mundo) também é particularmente rejeitada; o conhecimento significativo, segundo o tratado, só pode ser atingido pela razão, abstraindo-se a distração dos sentidos.

- No livro Dúvida Metódica para fundamentar o conhecimento, o filósofo deve rejeitar como falso tudo aquilo que possa ser posto em dúvida. A dúvida é, portanto, um momento necessário para a descoberta da substância pensante, da realidade do sujeito que pensa. Através da dúvida metódica, o filósofo chega à descoberta de sua própria existência enquanto substância pensante. A palavra cogito (penso) deriva da expressão latina cogito ergo sum (penso logo existo) e remete à auto-evidência do sujeito pensante . O cogito é a certeza que o sujeito pensante tem da sua existência enquanto tal.

Baruch

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