O Michael Crotty Interpretativismo
Por: Izapireshf • 13/9/2018 • Trabalho acadêmico • 1.072 Palavras (5 Páginas) • 169 Visualizações
Izadora dos Santos Pires
Síntese dos Capítulos – 3 e 4
Michael Crotty aborda o interpretativiísmo como uma oposição ao positivismo, pois, o interpretativiísmo explica a realidade pela perspectiva do desenvolvimento de uma ciência natural e social, buscando elementos na cultura e na história. Além disso, destaca-se que a abordagem interpretativista é frequentemente atribuída ao pensamento de Max Weber. Esta abordagem apresenta uma oposição entre a vertentes compreensão (Verstehen) e de explicação (Erklären), evidenciada nos métodos de pesquisa qualitativos e quantitativos, que revigoram a discussões sobre a utilização destes métodos nas ciências humanas e naturais. O tema também é permeado por discussões sobre a distinção entre realidade natural e social, em que onde alguns estudiosos defendem que a distinção de ambos ocorre por meio da lógica e outros enfatizam que é por meio da pela metodologia utilizada).
Na perspectiva de Weber as ciências naturais e sociais podem preocupar-se respectivamente com questões nomotéticas, que explicam os fenômenos naturais e comportamentos ou com questões as ideográficas, que são voltadas para a singularidade de um contexto. Com base nestas discussões, Crotty enfatiza o interesse em compreender no mundo social aspectos ímpares, buscando no mundo natural identificar regularidades nos fenômenos mais abstratos por meio da empiria. Desta forma, Weber foi fundamental pois situou seus estudos no campo social, buscando trazer para a sociologia um método de validação empírico, desenvolvendo um processo interpretativo. Além disso, Crotty destaca que Weber se interessou pelas causas e em como explicá-las e entendê-las, acrescentando ainda a rejeição à ideia de métodos de pesquisa distintos para as ciências naturais e sociais. Destaca-se ainda que o que agregada abordagem Verstehen aparecem ligadas a hermenêutica, a fenomenologia e o interacionismo simbólico
O interacionismo simbólico, é apresentado como uma abordagem sociológica relacionada ao modo de vida americano, destacando também que as ideias de George Herbert Mead foram sistematizadas depois de sua morte por estudantes, sendo destacado por Herbert Blumer, três postulados interacionistas. Salienta-se que a filosofia americana possuiu diversas perspectiva pragmáticas, atribuindo a Charles Sanders Peirce o pragmatismo posteriormente denominado de pragmatismo. Peirce optou pela mudança de nome para desvincular seus estudos dos trabalhos de William James e John Dewey, que a princípio difundiram e popularizaram o pragmatismo, no entanto, para Peirce o estudo de ambos acrítico.
Mead vinculou a formação da personalidade as atividades sociais, argumentando que há uma interação simbólica consciente e inconsciente por meio de gestos significativos, sendo marcado pela capacidade de assumir o lugar do outro desde a com atos imitativos, sendo desenvolvido e posteriormente generalizado. Estas concepções no âmbito da pesquisa são caracterizadas em metodologias desenvolvidas nas pesquisas etnográficas. Desta forma, as pesquisas etnográficas devem ser norteadas pela busca em se colocar no lugar do outro a fim de compreender a cultura, documentando as suas práticas e a suas percepções de mundo. Segundo Crotty a investigação etnográfica pode ser realizada na perspectiva interacionista, apontando como exemplo as teorias de dramaturgia, de jogos, de ordem negociada e de rotulagem. Além disso, o interacionismo simbólico do ponto de vista metodológico gerou uma forma de investigação etnográfica dividida em passos denominada de teoria fundamentada. Esta metodologia contribuiu para identificação de questões de pesquisa e definição dos processos.
Na pesquisa etnográfica o pesquisador ingressa na cultural de um grupo buscando perceber padrões de comportamento enquanto que na fenomenologia visa entender as questões sociais aprofundando os conhecimentos na experiência. Outro aspecto destacado na fenomenologia e o exercício de olhar para os fenômenos, hábitos, entendimentos de mundo sem resquícios anteriores, buscando assim alcançar uma nova percepção de existência, livre de suposições e preconceitos. Desta forma para os fenomenólogos o mundo é repleto de significados em potencial para novos entendimentos, requerendo do .pesquisador assegurar a subjetividade das experiências, indo a campo “descobrir”, ou seja sem critérios prévios se colocando no lugar do outro a medida que se identifica, compreender as experiências subjetivas
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