O Monge E O Executivo
Ensaios: O Monge E O Executivo. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jonas40 • 19/8/2013 • 476 Palavras (2 Páginas) • 445 Visualizações
NO FINAL DOS ANOS 1990, eu me sentia num momento de glória. Estava empregado
em uma importante indústria de vidro plano e era gerente-geral de uma fábrica com mais
de quinhentos funcionários e mais de cem milhões de dólares em vendas anuais. Quando
fui promovido ao cargo, tornei-me o mais jovem gerente-geral da história da companhia,
fato de que ainda muito me orgulho. Tinha bastante autonomia de trabalho e um bom
salário, acrescido de bônus sempre que atingisse as metas da empresa.
Eu e Rachel, minha linda mulher com quem estou casado há dezoito anos, nos
conhecemos na Universidade Valparaíso, no estado de Indiana, onde me formei em
Administração de Empresas, e ela, em Psicologia. Queríamos muito ter filhos e lutamos
contra a infertilidade durante vários anos, de todas as maneiras. Rachel sofria muito com a
infertilidade, e nunca abandonou a esperança de ter filhos. Muitas vezes a surpreendi
rezando, pedindo um filho.
Então, em circunstâncias raras mas maravilhosas, adotamos um menino assim que
nasceu, lhe demos o nome de John (como eu) e ele se tornou nosso "milagre". Dois anos
depois, Rachel inesperadamente ficou grávida, e Sara, nosso outro "milagre", nasceu.
Aos quatorze anos, John Jr. estava iniciando a nona série, e Sara, a sétima. Desde o dia
em que adotamos John, Rachel passou a trabalhar em seu consultório de psicologia apenas
um dia na semana, pois achávamos que era importante ela dedicar-se o mais possível a
nosso filho. Por outro lado, esse dia de trabalho lhe proporcionava uma pausa na rotina de
mãe, permitindo que ela mantivesse sua prática profissional. A vida parecia muito
equilibrada em todos os sentidos, e nós nos sentíamos gratos por isso.
Além do apartamento na cidade, tínhamos uma casa muito bonita à beira do lago Erie,
onde navegávamos num barco à vela ou que percorríamos em jet ski. Havia dois carros
novos na garagem, tirávamos férias duas vezes por ano, e ainda conseguíamos acumular
uma poupança respeitável.
Como eu disse, aparentemente a vida era muito boa, cheia de muitas satisfações.
MAS É CLARO que as coisas não são exatamente como parecem ser. Sem que eu me
desse conta, minha família estava se desestruturando. Um dia Rachel veio me dizer que
vinha se sentindo infeliz no casamento há algum tempo e que suas "necessidades" não
estavam sendo satisfeitas.
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