O Paper Foucalt

Período final, o último Foucault:

Por meio da discussão sobre o conceito de cuidado de si introduzido por Foucault, transparecem a estética da existência e as práticas descritivas da vida humana vivenciada como obra de arte. Na antiguidade, os gregos modelavam suas vidas, usavam técnicas para moldar seu comportamento, trabalhavam constantemente sobre si mesmos e refletiam constantemente sobre os mesmos trabalhos que focavam o relacionamento com os outros, praticando a verdade e a honestidade. falar No entanto, todo o plano estrutural do sujeito, sua escolha de estilo de vida, foi realizado no quadro baseado em princípios e cercado pelos limites impostos pelas condições.

Orientados pelo antigo conceito de autocuidado, a estilização dos comportamentos possibilitou a reflexão moral e ética, onde os sujeitos são responsáveis ​​pela consciência de seus hábitos e liberdade, além da atenção e cautela constantes com práticas operacionais. Nesse sentido, o cuidado de si fornece suporte analítico para as práticas políticas dos governos dos homens, que afetam simultaneamente o governo de si e/ou dos outros.

“o cuidado de si, quando articulado a questões éticas e de liberdade dos sujeitos, pode tornar-se ferramenta de enfrentamento a práticas e discursos políticos que recheiam nosso cotidiano de dispositivos de verdade e de biopoder, e têm como principal objetivo manter controladas as práticas dos sujeitos, restringindo suas vidas a escolhas (ou falsas liberdades) “previamente demarcadas”, minando passo a passo suas vontades de sentirem-se livres - o que caracteriza, assim, um processo engessador de práticas e saberes, e normalizador da vida subjetiva dos indivíduos “

Quem cuida de si mesmo, de suas responsabilidades, responsabilidades de dono de casa, marido ou pai, sabe manter relações adequadas e atenciosas com seus entes queridos. Da mesma forma, as relações nos jogos políticos são construídas com sentido de moderação: aquele que se preocupa com os outros sabe até que ponto usa seu poder sem abusar ou negligenciar, forçar ou ignorar suas deficiências.

Nesse sentido, para uma abordagem ética auto conscientemente despertada para as relações dos sujeitos,  consigo mesmos e  com os outros,  Foucault introduz um sujeito ético-político ativo cujas práticas são apenas os planos que esses mesmos sujeitos encontram dentro de sua cultura. o que  sua sociedade e  grupo social lhe recomendam. Assim, a preocupação ética e política consigo e com os outros pode e deve estar presente e é possível trilhar caminhos comuns em benefício da coletividade. No entanto, a tarefa de cada sujeito é buscar uma posição ativa e arriscar-se exigindo suporte ético, pedagógico e ontológico nas relações políticas de hoje.