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O Pensamento Nietzscheano

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Por:   •  19/5/2014  •  1.903 Palavras (8 Páginas)  •  557 Visualizações

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Histórico

Friedrich Nietzsche nasceu em 15 de outubro de 1844, em Rócken, Alemanha, natural de uma família de classe média, cujo pai era pastor protestante. Nietzsche teve uma vida de orgias, mas, abandonou-as por considerá-las corruptas de percepção e pensamento. Estudou Filologia nas universidades de Bonn e Leipzig, disciplina que lecionou na Universidade da Basiléia, na Suíça, onde fez estudos sobre a tragédia grega. Em 1867 foi convocado para o serviço militar, onde se acidentou quando montava a cavalo. Nietzsche aos 25 anos conseguiu precocemente o cargo de professor de filologia. Nietzsche se interessava por música e poesia e era visto como um dos mais influentes e importantes filósofos do século XIX. Em 1872, publicou o seu primeiro trabalho, “O Nascimento da Tragédia pelo Espírito da Música”. Adorava a França e a Itália, pois acreditava que era terra de homens livres. Teve uma vida errante com poucos amigos e sempre perseguido por surtos de doenças. Ele foi um filósofo Alemão que contestou a moralidade e o cristianismo. Acreditava no presente e no mundo em que vivemos. Nietzsche afirmava a vida e o honesto questionamento, sendo também aceito como um dos primeiros filósofos existencialistas. Sua irmã assumiu o papel de cuidadora após a morte de sua mãe e retrabalhou seus manuscritos para adequar à ideologia de seu marido anti-semita e nacionalista, além disso, ofereceu a bengala de Nietzsche a Hitler. Fatos que gerou um mal-entendido acerca da pretensa associação de Nietzsche à causa nazista e ao militarismo. Nietzsche faleceu em 25 de agosto de 1900 na Alemanha.

Referências

Pensador do século XIX, marcado por uma euforia moderna, pela crença na ciência e no pensamento como veículo de transformação social.

Nietzsche busca referenciar-se em pensadores Pré-socráticos, pois acreditava que estes eram os verdadeiros filósofos, que conjugavam de igual maneira a arte, a ciência e o saber. Era atraído pela idéia da transformação (no porvir), característica marcante desse período.

Critica o pensamento socrático-platônico do qual, segundo Nietzsche, nossa civilização é vitima. O modelo de pensamento atual nasce com Sócrates e Platão. Segundo Nietzsche, o homem construiu uma imagem de si muito superior ao que consegue ser, colocando-se no centro de tudo. A interpretação socrática do mundo acredita que o pensamento é superior ao corpo, e que existe outro mundo determinado por ele (pensamento). Acreditavam que a relação entre o homem e o mundo era de submissão (homem dependente da natureza), pois o homem só podia criar interpretações do mundo, mas nunca conhecê-lo em sua grandeza. Por isso, o homem criou o mito.

Nietzsche foi influenciado pela filosofia de Schopenhauer, concordando com a visão de mundo deste filosofo em três pontos principais: a inexistência de Deus; a inexistência de alma; e a falta de sentido da vida, que se constitui de sofrimento e luta, impelida por um impulso cego denominado vontade.

Muito das idéias de Freud estão refletidas no pensamento nietzscheano quando ambos apontam que o homem não se define pela racionalidade, que a mente humana não se caracteriza somente pela consciência, sendo o comportamento determinado por desejos e impulsos sobre os quais o homem não exerce controle. Suas ações e desejos têm como base os instintos e o inconsciente.

De seus estudos e da leitura de mundo que fazia em relação à modernidade, ao cristianismo e ao pensamento arcaico surgiu um pensamento afirmativo da vida, que se colocava, na visão de Nietzsche, como alternativa às ilusões criada pela religião e pela ciência. A reflexão sobre esses três elementos fez Nietzsche concluir que “Não sou um homem, sou uma dinamite!” explodindo o pensamento nietzschiano extremamente importante para a época, marcando o fim do século XIX e início do século XX.

As idéias

O pensamento Nietzschiano orienta-se pela experiência, para a investigação da existência humana. Acredita que o homem é estranho a ele mesmo e sua tarefa é de alcançar sua verdadeira existência, não deixando que ela resuma-se a um simples acontecimento insignificante.

A filosofia de Nietzsche propõe uma inversão das idéias filosóficas e dos valores morais tradicionais. Para ele, o homem construiu uma imagem de si mesmo muito superior ao que o homem consegue ser, que é o antropocentrismo, e que nossa civilização é vítima do pensamento socrático-platônico do mundo, que acredita que a idéia é superior ao corpo e que o mundo é determinado pelo pensamento e mais do que pelo corpo. Para o filósofo, o pensamento socrático-platônico matou o devir, o pensamento da Grécia arcaica.

Nietzsche procura criar um espaço ilimitado através do levantamento de questões críticas diante do que já está estabelecido. Ao invés de pensar quem possui a verdade? Ele questiona para quê e por que a verdade? E o que é a verdade. Para ele, não há verdade a respeito das coisas, somente diferentes interpretações possíveis da realidade, e ,por isso, tudo passa a ser possível. Cabe a cada um dos homens interpretar estas sugestões de interpretações, pois ninguém possui a verdade, o que devemos é buscar informações para nos referenciar. Considera que a verdade das coisas está presente nas questões que dirigem-se à elas e não nas afirmações que se possa fazer a respeito delas. Isto aponta sua paixão pela aventura, pela incerteza e pelas coisas que ainda não foram descobertas, identificadas.

Nietzsche considera o homem do futuro como aquele que é capaz de contradizer o que está estabelecido. A auto-contradição tem um papel importante para ele, pois para cada afirmação que faz, afirma também o seu contrário: contradiz o positivismo e sua crença no fato; contradiz os idealistas e historicistas; contradiz o espiritualismo e proclama a morte de Deus; contradiz a moral dos escravos e exalta a moral dos aristocratas; etc.

Segundo Nietzsche, a verdade é fruto do medo da morte. O homem construiu a idéia de verdade por não ser capaz de lhe dar com a vida como ela é. A história do conhecimento humano é a história da busca pela verdade. Por isso, o que Platão construiu como pensamento, o cristianismo carregou como religião: esta vida é um erro e a outra vida, o paraíso. Assim, o cristianismo é um platonismo do povo.

Niilismo (do latim nihil, nada) é quando todos os valores superiores perdem a importância; É a desvalorização e a morte do sentido, a ausência de finalidade e de resposta ao “porquê”.

O niilismo foi um movimento

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