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O Pensamento em Hegel

Por:   •  26/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  5.182 Palavras (21 Páginas)  •  823 Visualizações

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Índice

Introdução        4

1.        Vida e Obras de Hegel        5

2.        Os Escritos Juvenis e a Formação do Pensamento Hegeliano        5

3.        A Dialéctica Hegeliana        7

3.1.        A Concepção Hegeliana do Espírito como Infinito        8

4.        Hegel e a Fenomenologia do Espírito        9

5.        O Sistema Hegeliano        11

5.1.        A Lógica        11

5.2.        A Filosofia da Natureza        12

5.3.        A Filosofia do Espírito        12

6.        Princípios Fundamentais do Sistema Hegeliano        15

Considerações Finais        18

Bibliografia        19

Introdução

O presente trabalho intitulado O Pensamento em Hegel, propõe-se abordar, de forma profunda e concisa, sobre as teses fundamentais do pensamento filosófico hegeliano. O trabalho tem como objectivo geral “Compreender o Idealismo Hegeliano nas suas diversas articulações”; e tem como objectivos específicos os seguintes: Analisar, a génese do pensamento hegeliano; Identificar os momentos da dialéctica hegeliana; Caracterizar as diversas manifestações do espírito na perspectiva hegeliana.

Hegel, idealista por excelência, é um filósofo de importância singular. Com ele o idealismo atingiu o seu grau mais alto. Nenhum dos seus predecessores compreendeu o dinamismo da razão, o que constitui a crítica fundamental de Hegel contra os seus predecessores. Sua principal preocupação é encontrar a harmonia entre a tese e a antítese, mediante a síntese, é esta que opera tal harmonia.

A dialéctica, em Hegel, é o movimento do espírito. Ela também constitui o processo e método de estudo do espírito, cuja característica comum nada mais é do que a presença de contrastes. Enquanto procedimento por meio do qual se desenvolve o espírito, a dialéctica apresenta três momentos fundamentais: tese, antítese e síntese. A filosofia hegeliana é, toda ela, o movimento do espírito.

Em se tratando de questões organizacionais, o trabalho segue a seguinte estrutura: (1) Vida e Obras de Hegel; (2) Os Escritos Juvenis e a Formação do Pensamento Hegeliano; (3) A Dialéctica Hegeliana; (4) Hegel e a Fenomenologia do Espírito; (5) O Sistema Hegeliano; (6) Princípios Fundamentais do Sistema Hegeliano. O trabalho também apresenta a ficha bibliográfica, que serviu de fonte para a sua elaboração.

  1. Vida e Obras de Hegel

Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu em Estugarda (Stugard), aos 27 de Agosto de 1770 e faleceu em Berlim, aos 14 de Novembro de 1831, atacado de cólera. Terminados os estudos ginasiais na cidade natal, Hegel entrou no Seminário Teológico de Tubinga (Tubingen), cujos colegas foram o poeta Friedrich Holderin e o filósofo Schelling. Além do estudo teológico, cultivou fervorosamente a filosofia moderna (Hume e Kant).

Em 1793 conseguiu a láurea em Teologia. Depois de ter-se tornado tutor em Berna e Frankfurt, Hegel começou a leccionar na Universidade de Iena em 1799 onde trabalhou com Schelling e onde permaneceu de 1801 até 1806. Neste último ano, a cidade de Iena foi ocupada por Napoleão e a Universidade fechada. Hegel saiu de Iena, foi a Bamberg, onde durante dois anos trabalhou como redactor do jornal local e, em 1808, a convite de um amigo, passou a leccionar a filosofia num colégio de Nuremberg, permanecendo ali até 1816.

O seu ideal era de um dia ser professor na célebre universidade de Heidelberg, que era o centro nacional do romantismo alemão. Enfim, 1816 alcançou os seus objectivos quando foi chamado para suceder Fichte como professor na Universidade de Berlim em 1818, posto que ocupou até sua morte.  

Dotado de saber enciclopédico (excelente latinista e helenista), Hegel possuía amplos conhecimentos das ciências da natureza e das matemáticas. Não era um grande orador, se comparado Fichte e Schelling. Passou a vida inteira sem perturbações, dedicando-se aos estudos.

Hegel redigiu muitas obras, dais quais mais importantes são três: “Fenomenologia do Espírito” (1807); “A Ciência Lógica” (1812-13);  e “Enciclopédia das ciências filosóficas” (1817).

  1. Os Escritos Juvenis e a Formação do Pensamento Hegeliano

A estruturação do seu idealismo foi influenciada pela sua formação no Seminário Teológico em Tubinga. Seus primeiros livros “Vida de Jesus” e “O Espírito do cristianismo e o seu destino” têm um conteúdo teológico. Hegel começou a conceber o seu sistema filosófico quando ainda era bastante jovem, a ser assim, algumas de suas linhas basilares podem ser compreendidas nesses seus escritos juvenis.

Nesta segunda obra, Hegel dedicou-se profundamente a uma análise do significado da alienação, concebida como “uma experiência no plano da história em geral” (HRYNIEWICZ, 2002:417). Ademais, ele compreendeu que a alienação se dá no tipo de relação entre o humano e o divino, no tipo de relação que o homem estabelece com Deus. Assim, ele apontou três formas principais pelas quais o homem se relaciona com Deus: grega, judaica e cristã.

A primeira forma é propriamente do mundo grego, onde havia uma relação harmoniosa entre o divino e o humano, ou seja, Deus e Homem eram a mesma coisa. Portanto, segundo Hegel, na religião grega não havia separação entre Deus e os homens, e a consequência dessa relação era a felicidade.

A segunda forma de relação era tipicamente judaica, marcada pela cisão entre o divino e o humano, cuja consequência foi uma vida triste. Assim, a religião judaica serviu de ponte de separação entre o homem e Deus. Há cisão entre o finito e o infinito. Para Hegel, os judeus portavam-se como escravos diante do além.

Finalmente, a terceira forma de relação foi manifestada no Cristianismo, marcada pela reconciliação entre o particular e o universal, cuja consequência consiste na experiência do amor, o qual é regido pelo princípio racional. Importa realçar que Hegel se referia ao verdadeiro cristianismo, o qual estava centrado sobre o princípio do amor, e não aquele herdeiro do judaísmo, marcado pelo legalismo moralista.

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