O Que Há de Errado com a Felicidade?
Por: isapicchi • 8/6/2020 • Artigo • 456 Palavras (2 Páginas) • 253 Visualizações
O Que Há de Errado com a Felicidade?
A sociedade moderna está tornando-se mais rica ao compará-la com épocas anteriores, porém, não se pode dizer que, por conseguinte, ela se está tornando mais feliz. Hoje em dia, parece que a busca da felicidade é sinônimo da busca de capital e riqueza. Além disso, ao aumentar-se a renda da população, a taxa de criminalidade aumentou proporcionalmente a ela, gerando uma incerteza permanente que paira sobre a sociedade, diminuindo a taxa de felicidade. Observadores têm apontado que aproximadamente metade das coisas que nos deixam feliz não são bens materiais, ou seja, não se compram com dinheiro. A riqueza que realmente faz diferença na felicidade pessoa é a quantidade suficiente para pagar as necessidades básicas, mas ao ultrapassar essa quantidade, o que influencia maiormente são as coisas subjetivas, como o amor, compaixão, amizade, autoestima etc.
No mundo contemporâneo e capitalista, os vendedores têm o principal objetivo, além do lucro, de reduzir o tempo de consumo. Isso afeta a vida do consumidor, o estimulando a consumir mais, já que ao reduzir o tempo gasto com uma atividade de consumo, mais tempo pode ser direcionado a outras atividades de consumo. Portanto, o consumidor entra em um ciclo de consumo, consumindo cada vez mais. Outro aspecto da sociedade moderna é a busca da satisfação instantânea. Aqui entra a razão pela qual as pessoas veem o consumo como a base da felicidade, pois ao comprar algo, elas se satisfazem naquele momento. Porém, ao longo do tempo, o objeto comprado não traz mais a satisfação que ele previamente concedeu, pois a pessoa não sente felicidade com a mercadoria, mas com o ato de comprar.
O estímulo à redução do tempo não é somente usado no consumo, mas isso se instaurou na vida cotidiana das pessoas, nos fundamentos da nossa cultura. Hoje em dia, a pressa prevalece sobre a espera e o relaxamento.
Comentários:
O sistema capitalista tem se enraizado nos fundamentos da cultura social de forma que ele remodelou os valores e pensamentos dos indivíduos. Hoje em dia, os valores humanos gravitam em torno de riqueza e trabalho, como se fossem o centro de gravidade da vida, o centro e caminho para a felicidade. Porém, isso é completamente falacioso, já que muita riqueza afeta a personalidade das pessoas, tornando-as mais ambiciosas e superficiais. Consequentemente, isso prejudica suas relações interpessoais, afetando negativamente o que realmente importa para alcançar a felicidade, que é o amor, carinho, amizade etc. Além disso, o consumo tornou-se erroneamente sinônimo de satisfação, já que este é obtido instantaneamente, dissipando-se ao longo do tempo e estimulando a pessoa a consumir mais.
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