O conceito do toolkit como um gerador de conhecimento

Antes de tudo, gostaria de separar e definir os termos “Conhecimento” e “Instrumentação” de forma que se assimilem com clareza suas identidades específicas nos termos da morfologia e posteriormente quando a união dos termos transcorrer na construção dos argumentos, possamos entender a proposição do que se pode atingir no contexto.

O que é conhecimento ? Uma definição, aceita ainda hoje, foi desenvolvida por Sócrates, vistas em diálogos de Platão, tais como o Teeteto, Mênon, A República e o Timeu. Segundo esta análise, definida em tradicional ou “tripartida” do conhecimento, conhecimento seria uma opinião verdadeira e justificada. Nas palavras de Teeteto, “a opinião verdadeira acompanhada de razão é conhecimento, e, desprovida de razão, a opinião está fora da conhecimento”.

Retirando do parágrafo acima o conceito “opinião” acompanhado do termo “razão” ou “justificação” origina-se o termo conhecimento como proposto por Platão em seus diálogos. Pois bem, temos que ter em mente que para estarmos verdadeiramente corretos quanto a algo, tivemos que vivenciar e presenciar algo, ou seja, o conhecimento foi obtido através da vivência experimentada propriamente dita.

Neste caso opinião poderia se relacionar com experimentação, porém há de se convir que nem todos experimentam todas as coisas, as opiniões podem ser diferentes, porém para se ter razão ou justificação, é necessário crer que na experimentação haja as máximas coerências possíveis para que se atinja um entendimento comum e aceito, ou seja racional.

Bom, entendido o termo “conhecimento” definidos por termos coerentes e passíveis de interpretação simples, é preciso definir o termo experimentação.

A palavra instrumento do latin instrumentum, significa um objeto usado para um trabalho, que proponha uma ação coordenada para um determinado fim.

Entendido o conceito básico de instrumento descrito acima, conceituarei a instrumentação como geradora de conhecimento a partir de agora, dando ênfase em suas interações semânticas, baseando-se sempre na construção de um conceito contemporâneo no que se refere ao entendimento comum e objetivo do que pretende atingir.

É necessário aprofundar alguns parâmetros do que se entende por instrumentação e formação de conhecimento. A instrumentação enquanto apenas instrumento, ou seja, não racionalizada e destituída de conceitos análogos em relação as interpretações pré-existentes, é considerada ainda um conhecimento estéril e para que atinja de fato o campo do conhecimento aceitável, renovador ou mantenedor de ações beneficentes, a instrumentação necessita-se incluir como parte da razão que postula a interação do homem com a matéria promovendo conhecimento de utilidade saudável.

Um conhecimento gerado pela ação instruída mesmo que ainda não dissimulado, visto previamente como um conhecimento pré-conceitual, ainda é conhecimento, no entanto para que seja aceito e divulgado no meio comum, é evidente que se haja um subentendimento consensual para que o que se crie, prive uma organização e conceituação do entendimento dos recursos e de seus usos aceitáveis.

Quero destacar ainda, que os recursos em sua totalidade são relativamente iguais até que se tome uma ação coordenada