O despertar de uma rosa
Por: Lucas Zanon • 27/9/2015 • Trabalho acadêmico • 309 Palavras (2 Páginas) • 251 Visualizações
O DESPERTAR DE UMA ROSA
Caminhando, imersa em meus pensamentos,
Senti-me triste...
Quantas incompreensões, egoísmos e lutas,
Presenciava ao meu redor,
Quando tudo poderia ser tão diferente...
De repente, paro e olho inebriada
Para o doce e sublime espetáculo
Que se desenrolava a minha frente.
Sozinha, em meio à vegetação
Selvagem e agreste,
Surgia delicada e serena,
Uma bela roseira.
Curvado em um dos seus galhos,
Desabrochava ao contato dos primeiros raios de sol
Um pequeno, um pequenino
Botão de rosa...
Umedecido pelo orvalho
Da noite que se despedia.
Chorosa por ter que mostrar ao mundo egoísta
Toda aquela admirável beleza
De que tinha sido possuidora.
Ele agora resplandece
Em toda a sua plenitude,
Sabendo que isto tudo será passageiro
Que talvez, ao chegar a próxima alvorada,
Já não esteja mais lá,
Fenecendo ao sabor da incompreensão humana
Que não pode apreciar todo aquele encantamento.
Brancas, amarelas, vermelhas,
Não importando a cor,
Todas transmitem aquele êxtase
Que se sente
Ao se contemplar com emoção
Aquele profundo e infinito espetáculo.
Meu coração já não estava mais triste,
Seria um ingrato,
Se nele ainda pudesse imperar
A melancolia e desesperança,
Quando aquela pequena flor,
Mostrava-me todo um mundo maravilhoso
Que se passava ao meu redor,
Não tinha o direito a julgar-me incompreendida,
Quando tudo o que me cercava,
Clamava a minha compreensão;
Desde aquele simples botão de rosa,
Até aquele ser que me fizera sofrer,
E de quem injustamente,
Fiquei tão magoada,
Ele também possui uma rosa,
Que é a rosa da sua alma,
Porém, muitas vezes,
Ela nos parece escondida,
Ante tanta vegetação cerrada e forte,
Crescida pelo orgulho, egoísmo e vaidade.
Mas, eis que há de chegar o dia
Em que ela surgirá
Com toda a sua beleza
Refletindo a grandiosidade do seu Criador.
Não importa a sua aparência externa
Seja branca, amarela ou preta,
Pois ela será única,
Iluminando com a sua luz
Todas aquelas flores que ainda
Não puderam para o novo dia.
E cabe a nós,
Fazer desabrochar os botões da nossa própria roseira,
Não esquecendo, que embalde,
Os espinhos que possam vir a nos ferir,
Ou por mais oculta que ela esteja,
...