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O problema do ensino da filosofia

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Por:   •  19/8/2013  •  Tese  •  1.161 Palavras (5 Páginas)  •  644 Visualizações

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FUNDAMENTOS FILOSOFICOS DA EDUCAÇÃO

PROF. DR. POTIGUARA ACACIO PEREIRA

CUIABÁ – MT

Setembro/ 2012

Introdução

“A filosofia é o lugar critico da razão” filosofar é pensar criticamente sobre os problemas, as teorias e os argumentos da filosofia.

Para desenvolver esta habilidade é preciso ter instrumentos críticos e informação adequada. O trabalho aqui apresentado tem por objetivo apresentar reflexões sobre os fundamentos filosóficos e como eles permeiam a educação brasileira desde o seu conceito até mesmo sua aplicação em nosso cotidiano escolar.

A importância da Filosofia na compreensão da sociedade e do mundo em que se vive e as dificuldades de implementação desta disciplina no currículo escolar.

Este artigo procura mostrar que a natureza da filosofia levanta dificuldades ao modo como esta disciplina é geralmente lecionada no Brasil. Argumenta-se que algumas das estratégias de ensino da disciplina resultam de uma incapacidade para assumir a natureza aberta e especulativa da filosofia, e explica-se como se pode ensinar filosofia de um modo que faça jus à sua natureza aberta. É importante compreender o que significa dizer que a maioria dos problemas centrais da filosofia continua em aberto. Esta afirmação não significa três coisas: Em primeiro lugar, não significa que não há resultados; claro que há — as diferentes ideias defendidas pelos diferentes filósofos são resultados da filosofia. Só que não são resultados substanciais consensuais, ou seja, resultados substanciais que a generalidade dos filósofos aceite. Em segundo lugar, não significa que não há alguns resultados consensuais em filosofia. Também os há, mas estes não são substanciais, no sentido em que consistem, sobretudo em resultados

negativos ou transversais. Os resultados negativos são a descoberta de que um determinado argumento ou teoria não funciona, como é o caso do argumento da causa primeira, ou a teoria verificacionista do significado. Em terceiro lugar, defender que a filosofia é fundamentalmente uma disciplina em aberto não é necessariamente o prelúdio de um elogio ao permanente “questionamento” sem rumo, ao amor pelo questionamento em si, desprezando resultados como os das ciências.

O problema do ensino da filosofia, poderá parecer que afirmar que a filosofia é uma disciplina em aberto, sem resultados substanciais consensuais, é uma forma de apoucar a disciplina, de denegri-la ou subalternizar. Em qualquer caso, é importante declarar desde já que o caráter aberto da filosofia em nada diminui o seu valor cognitivo ou social, a sua seriedade acadêmica ou escolar, ou a sua importância existencial. Em qualquer caso, as instituições de ensino — tanto universitário como pré-universitário — estão, sobretudo preparadas para ensinar aos estudantes os resultados consensuais substanciais das diferentes disciplinas das humanidades, das ciências da natureza ou da matemática. As instituições de ensino procuram apresentar aos estudantes tais resultados de modo a que este possa compreendê-los e passe a dominá-los com proficiência.

Ao estudante compete unicamente compreender os resultados fundamentais da sua disciplina, e eventualmente saber aplicá-los no desempenho de uma profissão associada.

Os problemas da filosofia esclarecida brevemente a natureza da filosofia, vejamos agora brevemente os seus elementos constituintes. A filosofia ocupa-se de problemas que se caracterizam, entre outras coisas, por não serem susceptíveis de serem estudados recorrendo a metodologias empíricas nem formais. Em termos mais positivos, os problemas da filosofia caracterizam-se por terem um caráter iminentemente conceptual. Isto não deve ser interpretado, contudo, como significando que a filosofia se ocupa de conceitos, e não de realidades extraconceptuais; ou seja, que a filosofia se ocupa da nossa concepção da realidade e não da própria realidade. Assim, os problemas da filosofia têm um caráter fortemente conceptual no sentido em que não parecem susceptíveis de qualquer tipo de abordagem empírica ou formal. Isto é verdade em geral, mas poderá haver algumas exceções, que acontecem, sobretudo quando a filosofia lida com áreas nascentes da ciência, ou que estão prestes a tornar-se ciência. São áreas de saudável intercepção transdisciplinar, que ocorrem quando as ciências lidam com,

aspectos fundacionais da realidade, ou tão

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