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O Émile Durkheim (1858-1917)

Por:   •  7/5/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.224 Palavras (5 Páginas)  •  142 Visualizações

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Émile Durkheim (1858-1917)

Durkheim nasceu em Épinal na França, em uma época assustadora e desafiadora, com as turbulências das Revoluções Francesa e Industrial, assistia no quintal de sua casa as constantes mudanças sociais que nos afetam até hoje. Ele é um dos três clássicos da sociologia geral, e é considerado por muitos pesquisadores da sociologia, da educação e das ciências sociais como o pai da sociologia da educação, isso ocorre pois se empenhou em transformar a educação em objeto de investigação cientifica. Assim como trabalhou pela consolidação da sociologia como disciplina cientifica acadêmica.

A problemática educacional pode ser considerada um componente central em toda sua teoria, apesar de alguns teóricos de sua obra não darem a devida atenção que demanda este tema. Seu pensamento é fortemente influenciado pelo seu conterrâneo, Comte, principalmente na concepção comtiana de sociedade e ciência, ou seja, na crença de um processo social evolutivo, regidos por leis naturais que ocorrem independentemente das ações individuais. Estas ações devem ser estudadas como fenômenos da natureza, no pensamento de Durkheim, e devem ser realizadas pelo pesquisador com atitude racional, neutra, e livre de preconceitos. Uma relação visível entre as ciências humanas e as ciências biológicas.

Conceitos

Na sua obra “Da divisão do trabalho social” (1983) Durkheim se questionava sobre o processo social que gerava a sociedade moderna: Por meio de quais mecanismos os indivíduos integram uma sociedade?; Como as atividades realizadas de maneira dispersa pelos indivíduos se tornam compatíveis com a existência de um todo social?; Como e sob quais condições surge um mínimo de consenso social, de identidade coletiva, que garanta a existência de uma sociedade?; Como surge e se desenvolve a divisão social do trabalho, com a consequente diferenciação entre as profissões e as atividades dos indivíduos na agricultura, na indústria, no comércio e nos serviços?

Para responder estes questionamentos ele desenvolveu o conceito de consciência coletiva, que sintetiza um conjunto de fenômenos sociais que garante a existência de um tipo de solidariedade entre os indivíduos capaz de levar à manutenção da sociedade. Esta consciência coletiva trata-se do conjunto de crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma sociedade. Este sistema de crenças tem vida própria, difuso em toda sociedade, independente das vontades individuais, passado de geração para geração, ou seja, não depende do indivíduo para a sua existência. Tem uma existência objetiva e exterior aos indivíduos, com característica coercitiva seja consciente ou inconscientemente.

Também desenvolveu no conjunto desta obra o conceito de representações coletivas, que expressa os modos de pensar que fazem parte da consciência que um grupo tem de si mesmo, na construção de sua identidade coletiva, que influência as relações que este grupo mantem com os outros grupos e com a natureza. Sendo que esta forma de agir e pensar são incorporadas nos indivíduos desde o momento do seu nascimento. Logo a vida social, nesta visão, é feita essencialmente de representações coletivas. Com isso só poderíamos explicar a vida social através das pesquisas das representações coletivas, pois são estas que expressam as concepções predominantes do grupo e da visão que estes tem dos outros grupos, descartando desta forma as vontades e/ou atitudes individuais.

Durkheim coloca os fatos sociais, como objetos por excelência da sociologia, que são as formas de agir e de pensar, passageiras ou duradoras, que podem influenciar as condutas individuais de forma coercitiva, impondo-se aos indivíduos muitas vezes sem que estes percebam a origem coletiva dessas concepções, praticas ou costumes. Estas imposições, fatos sociais, podem ser caracterizados como costumes, crenças, moralidade, educação etc. Estes fatos sociais, na teoria durkheimiana, fazem com que o ser social seja acrescentado ao ser individual, o ser moral seja acrescentado ao ser animal, o que leva os indivíduos a desenvolverem certas maneiras de pensar, de agir, de sentir.

Os fatos sociais podem ser reconhecidos pela coerção que exercem; por sua generalidade; por sua existência objetiva, independente e exteriores que podem ser conferidos por métodos matemáticos e jurídicos; pela sua causa social geradora; e pelas suas funções especificas de integração e desintegração de uma sociedade.

Para estudar este fatos sociais, o pesquisador, deve encarar este objeto de estudo como uma coisa, semelhante aos fatos físicos, químicos, biológicos, não podendo sua opinião afetar (contaminar) o resultado de estudo que realiza. As impressões do senso comum, do cotidiano, ou seja, os preconceitos, devem ser eliminadas dos estudos científicos sobre os fenômenos sociais. Para isso o sociólogo deve definir claramente

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