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ORIGENS DO TOTALITARISMO

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Por:   •  5/11/2013  •  9.782 Palavras (40 Páginas)  •  767 Visualizações

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HANNAH ARENDT

ORIGENS DO TOTALITARISMO

Tradução: ROBERTO RAPOSO

3° reimpressão

CQMK\NHIA D\S LETRAS

Copyright © 1973, 1968, 1966, 1958, 1951, 1949 by Hannah Arendt

Copyright renovado 1979 by Mary McCarthy West

Published by arrangement with Harcourt Brace Jovanovich, Inc.

Título original: The origins of totalitarianism

Capa: Moema Cavalcanti

Foto da capa: Patrícia de Filippi e Francisco Otoni

Preparação: Mário Vilela

Revisão:

Vera Lúcia de Freitas

Otacílio Nunes Jr.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Arendt, Hannah, 1906-1975.

Origens do totalitarismo : Hannah Arendt; tradução Roberto Raposo. — São Paulo : Companhia das Letras, 1989.

Bibliografia.

ISBN 85-7154-065-3

1. Anti-semitismo. 2. Imperialismo. 3. Totalitarismo I. Título.

89-1588 CDD-321.9

-305.8924

_________________________________________________-325.32

índices para catálogo sistemático:

1. Anti-semitismo: Sociologia 305.8924

2. Imperialismo: Ciência política 325.32

3. Totalitarismo : Ciência política 321.9

1998 Todos os direitos desta edição reservados à

EDITORA SCHWARCZ LTDA.

Rua Bandeira Paulista, 702, cj. 72

04532-002 — São Paulo — SP

Telefone: (011) 866-0801

Fax:(011)866-0814

e-mail: coletras@mtecnetsp.com.br

A Heinrich Blücher

Weder dem Vergangenen anheimfallen noch dem Zukünftigen. Es kommt darauf ein ganz gegenwàrtig zu sein.

Karl Jaspers

Não almejar nem os que passaram nem os que virão. Importa ser de seu próprio tempo.

I

ÍNDICE

Prefácio à primeira edição...................................... 11

Parte I ANTI-SEMITISMO

Prefácio..................................................... 17

1. O anti-semitismo como uma ofensa ao bom senso .................. 23

2. Os judeus, o Estado-nação e o nascimento do anti-semitismo......... 31

3. Os judeus e a sociedade........................................ 76

4. O Caso Dreyfus .............................................. 111

Parte II IMPERIALISMO

Prefácio..................................................... 147

1. A emancipação política da burguesia............................. 153

2. O pensamento racial antes do racismo............................ 188

3. Raça e burocracia ............................................ 215

4. O imperialismo continental: os movimentos de unificação ........... 253

5. O declínio do Estado-nação e o fim dos direitos do homem .......... 300

Parte III TOTALITARISMO

Prefácio..................................................... 339

1. Uma sociedade sem classes..................................... 355

2. O movimento totalitário ....................................... 390

3. O totalitarismo no poder....................................... 439

4. Ideologia e terror: uma nova forma de governo..................... 512

Bibliografia.................................................. 533

PREFÁCIO À PRIMEIRA EDIÇÃO

Duas guerras mundiais em uma geração, separadas por uma série ininterrupta de guerras locais e revoluções, seguidas de nenhum tratado de paz para os vencidos e de nenhuma trégua para os vencedores, levaram à antevisão de uma terceira guerra mundial entre as duas potências que ainda restavam. O momento de expectativa é como a calma que sobrevém quando não há mais esperança. Já não ansiámos por uma eventual restauração da antiga ordem do mundo com todas as suas tradições, nem pela reintegração das massas, arremessadas ao caos produzido pela violência das guerras e revoluções e pela progressiva decadência do que sobrou. Nas mais diversas condições e nas circunstâncias mais diferentes, contemplamos apenas a evolução dos fenômenos — entre eles o que resulta no problema de refugiados, gente destituída de lar em número sem precedentes, gente desprovida de raízes em intensidade inaudita.

Nunca antes nosso futuro foi mais imprevisível, nunca dependemos tanto de forças políticas que podem a qualquer instante fugir às regras do bom senso e do interesse próprio — forças que pareceriam insanas se fossem medidas pelos padrões dos séculos anteriores. Ê como se a humanidade se houvesse dividido entre os que acreditam na onipotência humana (e que julgam ser tudo possível a partir da adequada organização das massas num determinado sentido), e os que conhecem a falta de qualquer poder como a principal experiência da vida.

A análise

...

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