Os Principais Fatos Que Marcaram A História Da Psicologia Até O século XXI
Ensaios: Os Principais Fatos Que Marcaram A História Da Psicologia Até O século XXI. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: karynacordeiro • 28/9/2014 • 2.857 Palavras (12 Páginas) • 1.281 Visualizações
Há milhares de anos atrás, o Homem se percebeu como um ser pensante, inserido em um complexo que chamou de Natureza, vem buscando respostas para suas dúvidas e fatos que comprovem e expliquem a origem, as causas e as transformações do mundo.
Não obstante, o comportamento e a conduta humana são assuntos que sempre nos fascinou e estão registrados historicamente ao longo desses anos. Isso faz com que a Psicologia seja uma das mais antigas e uma das mais novas disciplinas acadêmicas. Em um apanhado singelo, iremos citar alguns fatos que marcaram a história da psicologia.
Era antes de Cristo.
Tales (625-558 a.C.), Pitágoras (580-497 A.C.), Heráclito (540-470 a.C.), Parmênides (530-460 a.C.), são alguns dos pensadores dessa época, que inserem uma abordagem racional, por um lado buscando um princípio ordenador do universo e por outro desenvolvendo o uso da retórica1.
Já no século V a.C., Platão, Aristóteles e outros sábios gregos se viam com muitos dos mesmos problemas que hoje ocupam os psicólogos: a memória, a aprendizagem, a motivação, a percepção, a atividade onírica e o comportamento anormal. As mesmas espécies de interrogações feitas atualmente sobre a natureza humana também o eram séculos atrás, assim demonstra uma continuidade vital entre o passado e o presente em termos de estudo.
Era depois de Cristo.
406, 426 - Santo Agostinho termina de escrever "confissões, e a cidade de Deus", (a tradições do cristianismo e seus fundamentos racionais). 1020
Avicena sugere que os três ventrículos do cérebro realizam cinco diferentes processos cognitivos: senso comum, imaginação, cogitação, avaliação e memória. 1566 Bernardino Alvarez funda no México o Hospital de San Hipolito, o primeiro das Américas dedicado ao tratamento de pacientes com problemas psicológicos.
1637 - O filósofo francês Renê Descartes publica "discurso sobre o método" e em 1649 publica "paixões da alma", no qual postula a separação total do corpo e da alma. Em 1754, E. Condillac, no Tratado sobre as sensações, sustenta que as sensações são as únicas fontes de conhecimento, e no mesmo ano. 1768, R. Whytt utiliza a expressão movimento de um estímulo. 1771 Johann A. Unzer introduz o termo reflexo, diferenciando este tipo de ato daquele produzido de forma voluntária, ainda na década de 70, em 1774, F. Mesmer realiza a sua primeira "cura" utilizando o magnetismo animal, 1775 Johann Caspar Lavater publica "ensaio sobre a fisiognomia designado para promover o conhecimento e o amor da humanidade" e em 1777 o médico escocês William Cullen publica o livro "primeiras linhas na prática da medicina", onde usa o termo neurose para definir a doença mental.
1786 - Criado no Equador o hospital psiquiátrico San Lázaro. Em 1790, E. Darwin elabora uma teoria do comportamento humano que se sustenta em três categorias básicas: a estimulação, a contração muscular e o poder sensorial central. Em 1802 Pierre J. G. Cabanis publica "Traité du Physique et du Moral de l'Homme",
Thomas Young publica "Theory of Color Vision", onde cita que a retina está equipada com três tipos de receptores para as cores.
1821 - Burdach define a fisiologia de forma a incluir o estudo de temas psicológicos, 1822, o Barão Cuvier requere a utilização do termo inteligência, e não mais razão, durante a discussão sobre o comportamento inteligente dos animais. 1853 estabelecido no Chile o primeiro programa de saúde mental, "A Casa de Orates". Continuando em 1859, Darwin publica "A origem das espécies por meio da seleção natural", e surge a Psicologia Social.
1861 - Paul Broca demonstra que a perda da fala em alguns indivíduos é proveniente de uma lesão na terceira circunvolução do lóbulo frontal, em 1863 Wundt publica "Lições sobre a Psicologia Humana e Animal", I. M. Sechenov publica a monografia Reflexos do cérebro na qual defende que os processos mentais superiores podem ser analisados em termos do conceito de esquemas reflexos. Já no ano de 1865 Galton publica "Talento hereditário e caráter", e em 1869 passa a utilizar a curva normal com o propósito de obter classificações.
1870 - G. Fritsch e E. Hitzig realizam a primeira estimulação elétrica do cérebro, em 1876, Alexander Bain estabelece a revista Mind, a primeira do gênero dedicada à publicação de pesquisas psicológicas, Galton adota o método de comparação entre gêmeos. T. Ribot estabelece o periódico Revue Philosophique, no qual aparecem com frequência trabalhos de natureza psicológica, 1879 Lightner
Wittmer ocorre a primeira utilização do termo psicologia clínica. Wilhelm Wundt funda o primeiro laboratório de psicologia na Universidade de Leipzig, na Alemanha, e Galton usa o método da associação de palavras, 1880, Galton publica "Statistics of mental imagery", e passa a fazer o uso de questionários.
1881 - Max Friedrich, estudante de Wundt, torna-se a primeira pessoa a receber o título de doutor em psicologia, 1883 estabelecido o primeiro laboratório de psicologia da América, na Johns Hopkins University. W. Wundt estabelece um periódico dedicado à publicação dos resultados das pesquisas desenvolvidas no seu laboratório, o Philosophische Studien. 1885 Freud estuda com Charcot, em suas aulas Charcot reproduzia sintomas histéricos, como a paralisia de um membro, utilizando a hipnose, 1886 Victor Horsley descreve para os membros da Section on Surgery of the British Medical Association, a primeira cirurgia de epilepsia a apresentar sucesso, 1887 o Journal of American Psychology publica o artigo "Dermal Sensitiveness to Gradual Presure Changes" escrito por Hall e o pioneiro da psicologia japonesa, Yuzer em 1888 obtém o primeiro PhD em japonês com a tese "Exchange: Considered as the Principles of Social Life".
1890 - José E. Rodrigues inaugura as pesquisas sobre cognição2 com o trabalho Psicologia da Percepção e das Representações. No Brasil a Reforma Benjamim Constant introduz noções de psicologia nos currículos das Escolas Normais, 1892 Christine L. Franklin
termina o doutorado, mas não recebe o título então vedado às mulheres. Ainda neste ano uma versão da psicologia de Wundt foi levada aos EUA por seu aluno E. Titchener, que a alterou notavelmente, assim propondo uma nova abordagem que denominou estruturalismo. 1894 Alberto Seabra publica o primeiro estudo brasileiro de natureza psicológica sobre o tema da memória: "A Memória e a personalidade". Margaret F. Washburn torna-se a primeira mulher a obter o PHD em psicologia. 1895
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