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PLATÃO: CONSTRUÇÃO DA "CIDADE IDEAL"

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Por:   •  24/5/2014  •  Seminário  •  587 Palavras (3 Páginas)  •  519 Visualizações

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PLATÃO: A CONSTRUÇÃO DA “CIDADE IDEAL”.

Pensar numa cidade ideal, onde a justiça acontecesse, onde as pessoas fossem felizes e não houvesse corrupção, pobreza, guerras ou violências de qualquer tipo é uma utopia, mas não necessariamente um devaneio.

Dentro da tradição do pensamento filosófico político, os gregos começaram essas reflexões, tendo em Platão e Aristóteles seus principais expoentes. Para o pensamento da época, a cidade – chamada de pólis – era o que hoje concebemos como Estado, ou seja, uma sociedade composta de membros que eram denominados cidadãos e que possuíam direitos e deveres, que podiam exercer diversas funções dentro dessa organização.

Essas funções iam desde um mandato político (função de governo), proteção desse Estado (polícia ou exército) ou a vivência comum do cidadão que construía a sociedade com o seu trabalho e participação política.

O objetivo do artigo é de fazer uma reflexão sobre o Estado moderno, e as contribuições para o conceito de Estado atual em duas obras, que são

consideradas fundamentais para pensamento político da modernidade: “O Príncipe” (1513), de Nicolau Maquiavel e o “Leviatã” (1651), de Thomas Hobbes. O trabalho revela o contexto histórico em que estavam inseridos os autores das obras. Maquiavel é apresentado como homem de ação, que pretende por em prática suas idéias, e que deve ser entendido como homem de seu tempo ligado as exigências de sua época, que era os conflitos dos estados italianos, e a necessidade de se achar o equilíbrio. Hobbes por sua vez está em meio à revolução inglesa do século XVII, onde monarquia e os democratas puritanos entram em conflito, Hobbes tem influência da revolução cientifica que se espalhou pela Europa a partir de 1600. Hobbes desenvolve uma idéia de homem artificial, que pode ser desmontado, analisado, mudado e montado como qualquer máquina, e que foi projetado com a finalidade da defesa e da proteção.

O trabalho está dividido em quatro partes: Introdução, em seguida a analise de “O Príncipe” sobre o argumento do Estado e do poder político; a terceira parte analisa “Leviatã”, entendido como Estado na teoria de Hobbes; a quarta e última parte destina-se a interpretação das principais contribuições e proximidades teóricas dos autores das obras.

O trabalho sustenta que Maquiavel faz uma relação entre o indivíduo e o poder, e

seu estudo sobre o Estado, passa pela preocupação em entender a natureza dos seres humanos, já que é de seres humanos que se constituem o Estado. “O Príncipe” foi produzido e impulsionado pelos conflitos dos principados italianos, e descreve como os mesmos devem ser governados e mantidos.

Segundo os autores, Hobbes diz que a formação do Estado é o principal motivo para os homens saírem da condição de guerra que é a conseqüência necessária das paixões naturais, quando não há um poder visível capaz de manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao comprimento dos seus pactos e aos respeito daquelas leis da natureza.

De acordo com os autores, Maquiavel, busca as regras técnicas que permite conquistar e depois conservar o poder, Hobbes preocupa-se em utilizar o poder político como

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